Sou estudante. Já ouvi e proferi a frase "Aquilo que damos não nos será útil na vida real!". Bem, eu mudei. Já não penso isso. Acredito que existe tantas coisas que são úteis. Sinto-me marginal por não ser igual a toda a gente, visto que o processo de socialização assim o exige. Aprendi na escola. Irónico.
Camões falava sobre os falsos amigos. Hoje, se formos ao Twitter, vemos que 90% das pessoas sofrem desse mal. Diz também que somos bichos da terra tão insignificantes comparados com a Natureza. Já pensaram na verdade desta afirmação? Podemos estar bem num momento e, no a seguir, estar soterrados nas ruínas de um prédio que desabou devido a um terramoto.
Eça de Queirós falava da hipocrisia, da necessidade de sermos como os demais. Nada melhor para definir a atualidade. São poucas as culturas que não se misturam com as restantes. Vivemos numa sociedade em que sentimos necessidades de estabelecer padrões universais. Existe sempre a imitação do próximo. Estar melhor que ele. Com que necessidade?
Deixando os autores de lado, passemos a mais exemplos. Estive uma semana a participar numa mobilidade de ERASMUS que consistia no debate sobre a importância dos oceanos. Nessa semana, fomos a um laboratório de química. Fora de contexto, não? Nesse espaço, vimos todas as reações dos poluentes face aos oceanos. Foi um contraste total. Entrei a pensar que iria perder tempo. Saí a querer ficar mais tempo.
Também temos exemplos em uma das disciplinas mais assustadoras para o povo estudante: Matemática. As probabilidades são problemas reais. Que existem em massa. Que são constantes e inconscientemente resolvidos no nosso quotidiano.
Não quero dizer que tudo é importante. Acredito que, dependendo da função futura, existem matérias que serão descartadas. Mas é-nos dado várias opções para que tenhamos mais habilidades possíveis. De seguida, cada um que escolha o que gosta. Somos todos diferentes.
Apesar de tudo, existe situações que seria fundamental que fosse ensinado. Fazer o IRS, saber melhor acerca do estado e das funções, nas várias vertentes. Entre outros. Por enquanto, estamos assim, mas quem sabe?
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What I Learned With Me
Non-FictionNão me sinto capaz de caracterizar este livro. Posso apenas dizer que são pensamentos de um indivíduo quase adulto com demasiadas opiniões que, por algum motivo, são partilhadas para serem lidas por quem queira identificar-se ou apenas ler e critica...
