Sou uma pessoa teimosa. Escondo muito o que sinto. Talvez este seja o motivo pelo qual decidi escrever um livro onde deixo os meus pensamentos tomar conta do que fica registado. Não gosto de pedir ajuda. Não gosto de falhar. Ninguém gosta, de facto. Mas acho que, em alguns casos, sou exageradamente casmurro.
Quando estamos mal, não gostamos que os outros saibam. Sentimos a necessidade de estar bem nos olhos dos demais. E isso acontece por várias razões. Às vezes é por termos de ser um exemplo para alguém ou um grupo de pessoas. Pode ser também por sentirmos receio de expelir os nossos sentimentos - autor do livro. Ou então até pode ser pelo facto de não sentirmos confiança em revelar os assuntos pessoais.
Não sei o que mais posso dizer sobre este assunto. Aliás, este pensamento surgiu de um outro livro que eu estava a ler no momento anterior à escrita deste capítulo. Tudo na história se encaixa com as minhas palavras. Talvez, inconscientemente, eu tenha feito isso acontecer. Talvez seja uma regra. Quando estamos mal, estamos bem.
Antes de virar um autor muito famoso, vou esclarecer o que quero dizer com esta frase, apesar de ser evidente. Não quero que pobres miúdos tenham de fazer questionário sobre as minhas frases que apenas eu sei o significado delas. Quando estamos mal, temos de estar bem, na vista de todos. Isso porque alguns, infelizmente, alimentam-se da tristeza de outros. A ganância e a necessidade de poder transformam o ser humano. Sempre foi assim. Atualmente estamos em situações gravíssimas. Estaremos realmente perdidos? Estaremos prontos para assumir as consequências, a todos os níveis, das nossas ações? Talvez as possíveis respostas a estas perguntas estejam em outro texto, um em que pensarei melhor sobre o assunto. Um em que estarei disposto a refletir sobre o futuro da humanidade. Apesar de tudo, continuo a fazer parte desta sociedade, mesmo não concordando com ela. Por isso, também tenho de repensar nas minhas ações. Não sou santo. Não sou ativista. Sou apenas um quase adulto que divaga bastante.
JE LEEST
What I Learned With Me
Non-fictieNão me sinto capaz de caracterizar este livro. Posso apenas dizer que são pensamentos de um indivíduo quase adulto com demasiadas opiniões que, por algum motivo, são partilhadas para serem lidas por quem queira identificar-se ou apenas ler e critica...
