Capítulo 12: Zonas erógenas

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Julia

Gustavo teve que ir ao banheiro para se limpar depois que terminamos a sobremesa, e eu não conseguia me fazer parar de sorrir de satisfação, apesar de ele ter basicamente acabado de dizer que eu estaria comendo na palma da mão dele quando a noite chegasse ao fim.

Quando Gustavo sorriu para mim também, eu fechei a cara imediatamente. Aquele sorriso estava lá no rosto dele para me lembrar que eu havia estabelecido um desafio sexual que ele tinha total intenção de vencer.

Bem, eu não ia cair de joelhos sem uma boa briga. Trocadilho intencional.

No instante em que ele desapareceu pela porta do banheiro, eu corri feito doida nos meus saltos para o toalete feminino. Havia uma senhora de mais idade lá, que me deu um boa noite meio arrogante.

"E não é que é mesmo?" - eu respondi, deixando a mulher em choque enquanto rebolava para sair das minhas meias-finas bem lá na frente dela. Assim que me vi livre das meias, e da vovó escandalizada que deixou o banheiro com uma expressão perplexa, removi minhas calcinhas e vesti novamente as meias. Vamos ver quem ia ficar de olhos arregalados quando Gustavo descobrir o que está faltando por aqui.

Tentei não ficar analisando demais o fato de que eu nutria expectativas com relação a Gustavo colocar os olhos debaixo da minha saia hoje, ou na questão dele perceber que eu ainda era virgem, ou no motivo pelo qual ele realmente me ignorou há duas semanas atrás, ou o que aconteceria se ele descobrisse que eu estava seduzindo-o de caso pensado. Eu não tinha respostar para os meus muitos "e se?", então afastei todos esses pensamentos da minha mente.

Dei uma olhada rápida no espelho enquanto descartava minhas calcinhas no cesto do lixo, e aproveitei para agitar um pouco o meu cabelo e dar aos fios aquele visual sensual que o momento pedia.

Quando Gustavo saiu do banheiro masculino, eu estava encostada num pilar no foyer de forma provocadora, com os quadris e peitos empinados, provavelmente me fazendo parecer uma prostituta que cobra por hora.

Bem, se esse era o caso, a expressão nos olhos de Gustavo – quando ele se aproximou de mim e deslizou uma mão pelas minhas costas e posicionou o braço ao redor da minha cintura – dizia que ele não somente me contrataria pela próxima hora, mas também que acabaríamos sobre um piano ao melhor estilo de Uma Linda Mulher.

O dedão de Gustavo ficou desenhando círculos no meu quadril, enquanto o restante dos seus dedos estavam bem esticados a ponto de quase atingir o centro entre as minhas pernas na frente do meu corpo. Pelo jeito ele estava pronto para assumir o controle, porque eu jamais havia sido abraçada de forma tão possessiva em público antes.

Gustavo me puxou contra si enquanto esperávamos o manobrista trazer a Ferrari, e com uma mão impetuosa, ele inclinou meu pescoço para que pudesse devorá-lo com a sua boca.

"Está tudo bem, amor?" - ele perguntou, intercalando lambidas, tipo, lambendo mesmo o meu pescoço. "Você parece um pouco corada."

"Estou bem." Seu babaca. Ele sabia exatamente o que fazia comigo. Gustavo inesperadamente puxou meu cabelo para o lado, sobre um ombro, para que a ponta de seus dedos pudesse massagear minha nuca. Mordi meus lábios, selando-os com força, para que eu não começasse a babar nos meus próprios sapatos.

"Você sabia..." Gustavo começou, então, depois de contornar o lóbulo da minha orelha com a língua, usando seu hálito quente para estimular a região úmida, "...que tanto o ouvido quanto o pescoço são zonas erógenas?"

"Não, eu não sabia disso, você... você..." - tentei soar confusa, mas minha voz acabou saindo entrecortada, ofegante, e Gustavo ficava apertando minha nuca enquanto mordia minha pele na região onde o maxilar encontrava o ouvido, então, em poucos segundos, era só por causa do braço dele em volta da minha cintura que eu não desfalecia no chão de vez.

A SecretáriaWhere stories live. Discover now