Capítulo 9: Insinuação

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Julia

Para meu espanto, tão logo as portas do elevador iam se fechando, a pasta de Gustavo se chocou entre elas, dando espaço para que ele entrasse.

Eu fique ali estacada de frente para as portas fechadas, esperando conseguir sobreviver aos próximos quarenta e cinco segundos, quando ele se virou de frente para mim.

Eu me recusava a olhar para Gustavo, embora pudesse sentir seu olhar intenso sobre o meu rosto.

"Srta. Savinnon – Julia. Por favor, olhe para mim. Por favor."

Como eu não fiz nada a não ser continuar a fitar meus próprios pés, vi Gustavo estender o braço e apertar duramente o botão de emergência do elevador, largando sua pasta no chão.

"Estou pedindo gentilmente, Julia." Ele me avisou, indicando que isso poderia mudar se eu não fizesse conforme ele ordenava. "Mas, não vou pedir de novo."

Sabendo que isso era bem verdade, ergui a cabeça, levantando o queixo, desafiante. "Eu não vou fingir ser sua se você vai ficar me tratando como lixo a semana toda."

Ok.

Então, provavelmente, isso foi a coisa errada de se dizer.

Eu poderia chamar Gustavo de qualquer nome que pudesse imaginar, de filhinho de mamãe até filho da mão bastardo, e ele não ia se importar. Mas, não acho que falar para Gustavo que eu não era dele foi a ideia mais brilhante que já tive. Especialmente quando eu estava confinada neste ínfimo espaço com ele.

O olhar penitente que havia em seu rosto mudou até que finalmente tudo o que eu podia ver era apenas uma máscara inexpressiva. Somente o lampejo predador, remanescente em seus olhos verdes, me dizia no que eu havia me metido.

"Eu queria me desculpar com você, anjo. Queria te fazer se sentir melhor, te mostrar como eu estava arrependido." Gustavo falou de forma amorosa, doce, enquanto se aproximava de mim. Instintivamente, recuei até estar de costas para a parede. Ele parou quando seu corpo estava a centímetros de distância do meu, trazendo seu rosto para baixo, nós dois na mesma altura, olho no olho. "Mas, claramente, você ainda não aprendeu sua lição. Você. Pertence. À. Mim."

A ponta da língua aparecia entre seus lábios, tamanha era sua antecipação enquanto falava, "Eu vou te levar para casa e foder essa sua boquinha linda com ele bem duro. Isso te faz minha." A mão dele puxou bruscamente meu vestido para cima, até a cintura. "Vou te comer todinha e tão forte que você vai ficar tremendo por uma semana. Isso te faz minha." Ele encostou todo seu corpo no meu agora, e eu senti sua ereção empurrando dolorosamente na minha barriga. "E, o mais importante de tudo, não vou te deixar gozar até a porra do sol nascer, amanhã de manhã. Porque você é minha pra eu fazer o que quiser."

Ele colidiu sua pélvis contra mim, e mais uma vez senti seu membro empurrando minha pele de forma incômoda. "Sente isso? O que acontece comigo quando fico perto de você?" Ele empurrou seu quadril pra frente de novo, me esmagando com força contra a parede. "Vamos ter que cuidar disso antes de eu te levar para casa, não é mesmo, anjo?"

E, assim, rápido, senti seus lábios se grudando nos meus, seus dentes me mordiscando, até que eu automaticamente abri a boca para respirar, totalmente sem fôlego. Gustavo se aproveitou dos meus lábios abertos, imediatamente me invadindo com a sua língua que se curvou ao redor da minha. Ele estava me beijando como se quisesse me devorar, se chocando contra a minha boca como se eu fosse uma ferramenta para ser usada à sua vontade.

Eu adorei cada segundo daquilo.

Ainda mais quando as mãos dele deslizaram pelo meu corpo para agarrar meu bumbum, praticamente me levantando do chão com esse movimento. Gustavo tomou vantagem desse novo ângulo, dobrando um pouco os joelhos para que pudesse encaixar seu corpo no meu em mais um empurrão. A cabeça grossa de seu membro, impedida somente pela minha calcinha fina e a calça dele, se esfregava diretamente sobre o meu clitóris.

A SecretáriaWhere stories live. Discover now