Cap. 94

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...Assim que seguro na barra de sua cueca a porta abre e vejo meu pai surpreso mas logo muda de expressão.

- Luana, sua filha da puta. - ele fala entrando no quarto e vindo até nós dois, saio de cima de João levantando e me encolhendo na parede.

Jão entra na frente de meu pai para me defender mas nem adianta que o alvo sou eu, meu pai dá um soco na cara de JP e eu levanto.

- Pai?! Você enlouqueceu? - olho preocupada com João que mantém a mão encima do olho. - Meu Deus pai, desculpa João. - me agacho na frente do meu namorado tirando a mão do olho dele.

Daqui a um tempo fica roxo, meu pai só pode ser doido. Sinto ele segurar meu braço e me tirar do quarto a força.

Ele me puxa até o lado de fora fazendo o maior escândalo, todo mundo está olhando para nós dois e principalmente para mim que estou sem blusa.

Ele me joga dentro do carro e liga o mesmo saindo sem nem ligar para nada, menos de dois minutos ele chega na barreira, quase atropela os menores.

- Me diz se você é louca! Só me diz, desgraça. Você só tem catorze anos, caralho. Não pensa nas consequências não? Se eu não tivesse tão puto com você quebrava as costelas daquele moleque. - ele fala batendo no volante.

Em poucos minutos chegamos no Alemão e enfim em casa. Ele estaciona todo errado em frente de casa e eu saio correndo do carro.

Nem mais um minuto eu fico do lado dele.

Mas ele me puxa segurando forte em meu braço, certeza que vai ficar roxo amanhã, ele me joga de qualquer jeito no sofá e grita pela minha mãe.

- O que foi? Estão invadindo? - minha mãe desde correndo da escada quase caindo, se eu não estivesse com o cu na mão riria.

- Não, é só essa doente que estava prestes a fuder com aquele moleque. Eu não posso nem olhar para ela que eu quero enforcar ela, ouvir os ossos quebrando.

- Thiago! Filha sobe e tomam banho que a mamãe já vai conversar com você está bem, eu vou falar com seu pai.

Olho para ele e não penso duas vezes, subo as escadas e entro no meu quarto batendo a porta forte.

Caramba em, péssima hora para me buscar.

Entro no banheiro e ligo o chuveiro, nem tiro minhas roupas só me jogo debaixo da água.

Abraço meu corpo sentindo as lágrimas descerem, minha vida vai acabar assim que minha mãe entrar por aquela porta.

Meu pai vai fazer a cabeça dela até ela me enforcar.

Ouço alguém bater na porta e sem ao menos eu falar a pessoa entra. Olho Leo com a cara de que não sabe o que fazer, ele vem até mim desligando o chuveiro e pega a toalha me enrolando nela.

Me abraça beijando o topo da minha cabeça, ele me pega no colo e me leva até minha cama.

- O que aconteceu para o pai estar daquele jeito?

- Ele me pegou com o JP, quase fazendo aquilo sabe?

- Porra Luana, poderia ter trancado a porta não? O pai vai querer te matar 'cê sabe né? Mas não se preocupa que você tem o seu mano.

- Obrigada. - falo soluçando por ainda está chorando.

- Vem deita aqui enquanto a mamãe não vem te dar uma bronca. - ele fala e eu nego rindo deitando minha cabeça em seu peito e ele começa a fazer cafuné em mim.

*Laura narrando*

Vejo Leo passar para o quarto dele e eu o chamo, ele entra no meu e senta na cama dando uma tapa na minha testa.

- O que rolou?

- Ela disse que o pai pegou ela quase fazendo aquilo.

- Aquilo o quê? Transando? Uma palavra normal está bem, que aliás você faz, todo mundo faz. Mas enfim, coitada deve está morrendo de vergonha, ela é a princesinha do papai.

- A princesinha do papai é você, vou para casa da Mari, beijos na bunda e até amanhã.

Solto beijo para ele indo até a escrivaninha, prendo meu cabelo ligando para Bernado.

Coloco o celular numa posição boa para que ele me veja bem.

- Gostei do decote! - ele fala sorrindo.

- Cala a boca. Cadê o JP?

- Está na cozinha com um saco de gelo no olho, até agora não entendi o que aconteceu. Ninguém me falou nada.

- Eles estavam quase fazendo e o papai pegou, deve ter dado um soco no seu irmão.

- Caralho, meu sogro é brabo em. - ele fala rindo e eu reviro os olhos concordando - Se prepara para a briga do ano, meu pai vai aí no morro nestante.

- Como sabe? Ele falou que vinha?

- Me mate mas não toque nos meu filhos? Já ouviu por aí princesa?

- Espero que seja como seu pai, amor. Tchau, preciso terminar minhas atividades está bem? Eu te amo muito. Beijinhos!

- Também te amo, gostosa. Até! - ele desliga a ligação e eu coloco o celular para carregar deixando de lado.

Preciso estudar para o inferno das provas.

Pelo menos são as penúltimas, não vejo a hora de acabar o terceiro ano logo.

Pego meu caderno de anotações e ligo o notebook.

Continua...

A filha do dono do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora