Cap. 92

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- 23:17 -

Chamo Bê para deitar comigo, ficamos por um tempo na sacada conversando sobre o nosso futuro e namorando um pouquinho.

Tranco a porta da sacada deitando na cama, meus pais não se controlaram e trouxeram um colchão para os meninos dormirem e eu sozinha na minha caminha.

Falo para Guga trocar de lugar comigo, e assim ele faz sem nem reclamar. Ele deita todo espalhado na cama, deito no colchão ao lado de Bê que me abraça.

Selo nossas bocas arranhando seu pescoço de leve, sinto sua mão descer parando na minha bunda e a apertando.

- Vão dormir caralho! - Gustavo fala e nós rimos - Vim aqui para segurar vela não e vê se solta minha mulher parça. - ele zoa Bê que manda ele ir para aquele lugarzinho querido.

Uso e abuso do meu namorado só mais um pouquinho e me concerto na cama numa posição confortável para mim.

- quarta-feira, 07:14 -

Passo a mão pelo colchão sentindo o espaço vazio, Bernado já deve ter ido embora. Pego meu celular para olhar as horas.

- Puta que pariu! Gustavo, acorda véi. - vejo que estamos muito atrasados, corro até o banheiro tirando minha roupa e entrando debaixo do chuveiro.

Tomo o banho mais rápido da minha vida indo até o closet para me vestir, grito mais uma vez com o mocinho que insiste em roncar.

É até fofo, mas isso não vem ao caso.

Abotoo a calça abrindo de qualquer jeito a porta do closet, balanço o queridinho que acorda parecendo um anjinho de tão despreocupado.

Falo para ele agilizar enquanto eu arrumo as coisas, ele levanta mais lerdo que um bicho-preguiça.

Desço as escadas notando que todo mundo já foi e deixou a gente aqui, são uns acéfalos mesmo.

Bebo o suco de maracujá que está no balcão e subo as escadas agradecendo à Deus por Gustavo já estar arrumado.

Pego dinheiro na gaveta e jogo os livros de qualquer jeito na mochila, pergunto se ele está pronto e ele afirma sorrindo.

Sorrindo em plena manhã? Estranho demais para o meu gosto.

Chamo um uber e coloco como forma de pagamento o lindo do cartão da minha mãe já que ela não acordou a filha mais bonita que ela tem, no caso eu.

Saímos de casa descendo o morro, suar para ir ver aqueles coisas de manhã cedo. Estou em tempo de tacar um tijolo na cara de cada um.

Chegamos na barreira e nada do uber, sento no banco da pracinha em frente esperando o moço vim logo.

Assim que vejo ele chegar levanto do banco indo até o carro e entrando no fundo, outro que está sorrindo em plena manhã.

Vai me dizer que você não acharia
estranho ele de mal humor?

É, o uber eu posso relevar

Parece que quanto mais atrasada você está mais o sinal de trânsito demora, respiro pela milionésima vez esperando abrir.

A filha do dono do morroWhere stories live. Discover now