Cap. 18

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(Ouçam, esse cover é maravigold)

*Camila on*

- segunda-feira, 06:01 -

Fiquei só mais uns minutinhos depois que o despertador tocou e me levantei indo em direção ao banheiro.

Fiz minhas necessidades e me arrumei para escola, como ainda estava cedo dei uma caprichada a mais.

Desci as escadas com a mochila correndo a colocando no sofá e fui a cozinha pegar meu café.

- Bom dia Maria! - falei dando um beijo em sua bochecha. A mesma me responde alegre como sempre.

- O que você vai querer levar hoje, minha menina? - disse enxugando as mãos com o pano de prato.

- Pode ser um misto quente? - ela assentiu e foi pegar as coisas para fazer.

Fui a sala de jantar segurando a caneca de chocolate quente com cuidado, pus na mesa e peguei o celular para ver minhas redes sociais.

- Não se come com o celular, filha. - mamãe passou por mim deixando um beijo no topo de minha cabeça.

- Exatamente, se come com as mãos.

- Engraçadinha, bom dia. - ri e logo depois de terminar meu café fiquei conversando com a mesma.

*WhatsApp on*
Nanda ❤

Você: Bom diaaa ☀


Nanda ❤: Bom diaa
Nanda ❤: Vc não vem não é?


Você: Já já estou aí, bjs.


Nanda ❤: bjs 😘

*WhatsApp off*

Peguei minhas coisas e fui para o carro de papai que já estava lá fora, entrei apressada ligando na minha playlist bad do Spotify.

Cheguei na escola cumprimentando o povo que eu conhecia, de longe vi Kate sorrindo para alguém que estava atrás de mim.

Ela é do 9° ano mas não se engana porque já pediu para fuder com os meninos do 2° e 3° ano.

Vergonha na cara não tem né.

Entrei na minha sala, me sentando perto das meninas e indo fofocar sobre com quem elas ficaram ontem.

O professor de física entrou e começou a dar aula, só que ninguém entende e ficam conversando.

Depois dessas duas aulas de história, sai da sala na mesma da hora para o intervalo, só queria sair mesmo.

Me sentei na mesa das meninas, os meninos também estavam, e fiquei me perguntando onde Guga tinha se metido.

Faltava uns minutinhos para tocar e Nanda saiu comigo para ir na sala, estava passando pelas portas e vi dois vultos na salinha de limpeza, meti minha cara no vidro da porta e vi Kate rebolando aquela bunda seca no Gustavo.

Aquilo me destruiu por dentro de um jeito, na raiva dei um murro no armário e só me dei conta que tinha me machucado depois de ver o sangue na minha mão.

Me joguei no chão chorando por ter visto aquela cena patética, com raiva de mim por sentir isso de um favelado que me faz sofrer a cada vez que lembro dele.

A filha do dono do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora