Cap. 89

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- segunda-feira, 04:28 -

Acordo com a claridade da luz do banheiro, esfrego meus olhos e sento na cama.

Bocejo fazendo um coque de qualquer jeito.

Levanto indo até a janela, abro a cortina me xingando depois por causa da claridade.

Noto o pouco movimento do morro, deve ser bem cedo.

Sinto a presença de alguém atrás de mim e eu me viro vendo Bernado, ele me puxa para ele fazendo nossos corpos chocarem.

- Bom dia, Bê. - falo beijando sua bochecha.

- Bom dia, nêga. Por que não volta a dormir? Está cedo ainda.

- Você vai aonde? - mudo de assunto.

Já estou acordada, voltar a dormir para quê?

Dormir é maravilhoso

Ok Jussara, volta a ficar quieta

- Vou na boca, resolver um k.ô, vai dormir.

- Eu vou com você, espera eu pegar minhas coisas, aí você já aproveita para me mostrar o que quer que seja.

- Então vai logo Laura, que tu é um ano para se arrumar.

Nego indo até o banheiro e pegando meu vestido, quase que esqueço do bafinho.

Pego a escova que tenho aqui colocando pasta de dente, escovo meus dentes fazendo careta.

Ouço a risada de Bernado atrás de mim e percebo que ele estava o tempo todo me observando.

Termino de escovar os dentes pegando meu vestido e desligando a luz do banheiro, calço meu sapato saindo do quarto com ele.

Desço as escadas fugindo de seus beijos e abraços de urso, ele me puxa para cozinha me pegando no colo e me colocando na bancada.

Observo ele abrir a geladeira e pegar um pote de sorvete de morango, meus olhos chegam até a brilhar.

Pego a colher que ele me dá pegando uma boa colherada de sorvete, está maravilhoso.

Assim que vou pegar mais uma colher meu namorado pega o pote tirando de perto de mim.

- Qual é? Só mais um pouquinho, vai amor.

Ele nega colocando o pote ao meu lado ficando entre minhas pernas, beija meu pescoço e morde o lóbulo da minha orelha.

- Me dá um beijo que eu te dou até o pote inteiro! - diz com sua voz rouca me fazendo arrepiar.

Dou apenas um selinho vendo ele rir de leve, já falei o quanto amo sua risada? Ele me puxa selando nossas bocas e passeando suas mãos pelo meu corpo.

O afasto pegando o pote de sorvete e me deliciando mais uma vez rindo da sua cara.

Saio da bancada guardando o sorvete no congelador e puxando ele para fora da cozinha.

Fecho a porta da casa pedindo para ele me esperar, todo apressado.

Antes de ir com ele, coloco minhas coisa no carro já que ele vai me levar para minha casa.

Junto nossas mãos entrando nos bequinhos, eu realmente não consigo pensar onde ele está me levando.

Subimos a ruazinha de Carol, uma antiga amiga minha ficando de frente para uma casa enorme.

Enorme mesmo, parece uma mansão, mas está destruída. Deve está uma poeira lá dentro que só Deus.

Ele abre o portãozinho enferrujado e me puxa para ir com ele.

A filha do dono do morroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora