A filha do dono do morro

Cap. 63

- terça-feira, 05:21 -

Chego no hospital desesperada já que alguém tinha me ligado dizendo que Bernado sofreu um acidente, o avião teria caído por um problema no motor.

- Senhora, se acalme, sente aqui por favor. - a recepcionista fala me dando um copo de água.

- E-eu quero v-ver e-ele. - falo com dificuldade sentindo minha cabeça latejar.

- Sinto muito, no momento ele está em cirurgia e não vai ser possível vê-lo. - assinto ligando para os pais dele.

Ele deve ter salvado meu número como de emergência, o tio vai ficar desesperado imagine a tia Isa.

...Respiro fundo vendo o médico se aproximar, toda sua família estava aqui esperando alguma notícia.

- Família Bragança? Bom, o paciente Bernado Nunes Bragança chegou aqui em situação crítica, perdeu muito sangue e infelizmente ele não resistiu. Sinto muito. - ele fala abraçando tia Isa e eu me jogo no chão sabendo que não vou mais ver o amor da minha vida.

Por que? Por quê que eu não o impedir de ir é tudo culpa minha.

Só acontece merda na minha vida, será que eu não posso viver em paz? Sem dor e sofrimento.

Sinto meus tios me acolherem em um abraço chorando.

Acordo suando frio com o pesadelo que tive, aliso minha barriga ainda pequena.

Minha filha linda sobe em minha cama com a escadinha que tive que colocar.

A mesma sobe encima da minha barriga querendo dormir.

Rio beijando muito ela.

- Aysha, sua linda! - falo e ela late para mim querendo ir embora - É assim que você me trata né? Não te dou mais ração.

Deixo ela de lado pensando no pesadelo que tive.

É melhor falar com Bernado,
não é?

Tá esperando o quê minha filha?

Tá, tá bom

Pego meu celular na cabeceira desconectando o cabo do carregador.

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amor

você:
Bê? Você pode voltar?

amor:
Só se eu pular do avião

você:
Nem brinca com isso idiota

amor:
Tbm te amo, quer que eu volte por quê?
Aconteceu alguma coisa com nosso filho?

você:
Não aconteceu nada, eu só estou com saudades de você

amor:
Até parece que é amorosa, daqui a pouco volto tá?

você:
Traz presente

amor:
Vou pensar, tchau