God Killer - PRIMEIRA VERSÃO

Hyun

— E como o Jin está? — se é que era possível, a expressão de Hoseok anuviou mais — Pior? — assentiu.

— Eu tenho medo de perdê-lo também. Hera nunca foi uma deusa conhecida pela sua bondade, acho que ela era mais louca do que sã em certos aspectos. Seokjin a manteve sob controle por muitos anos, sempre achei ele perfeito para isso quanto mais o conhecia, mas Namjoon também parecia perfeito para conter Zeus. E sabemos como acabou.

— Não existe nenhuma possibilidade... talvez um resquício de energia, não sei, algo que mantivesse Namjoon vivo? — negou.

— Esses espíritos evoluíram em força rápido demais. Já tinham escapado do Tártaro há muito tempo, mas eles são bons em se esconder. Quando Zeus morreu, deu a brecha para que eles pudessem nos derrubar. A morte de um deus tão grande quando Zeus era essencial para a ascensão deles.

— E se estivessem juntos? Um deus pode dar... parte do seu poder para algo ou alguém?

— Teoricamente sim, não é algo como uma transferência, não é nada simples, mas é possível. Só não foi o caso, Namjoon está morto.

— Mas Zeus pode...

— Não pode, Jeon. Zeus e Namjoon estão mortos, acredite — era difícil acreditar depois de tudo que vi.

Mesmo diferente em certos aspectos, as visões não estavam totalmente erradas, então a possibilidade de Zeus estar vivo não devia ser descartada. Porém talvez, só talvez, Hoseok estivesse certo. Poderia ser um disfarce, não seria a primeira vez que um deles fazia isso, inclusive seus rostos atuais eram disfarces, roubaram a imagem de Taehyung e Yoongi para enganar humanos, quando seu plano chegasse ao fim.

Eu não era o assassino dos deuses para achar quem matou Namjoon. Ou para fazer mal a nenhum deles. Salvá-los era a razão da minha existência.

Falhei na assembléia, mas não o faria de novo.

— Taehyung. Chegou o momento — Yoongi chamou, e reparei, enfim, que todos tinham cercado os cinco. Era a hora de dizer adeus. A sensação era mil vezes pior do que foi com Namjoon, porquê dessa vez eu os reconhecia. Sabia seus nomes, não eram pessoas que só vi em algum momento aleatório na tv, eles pareciam muito mais reais para mim do que jamais foram.

— Adeus — todos falaram ao mesmo tempo, fazendo os corpos desapareceram em poeira de diamante, mesmo o de Mark, subindo bem alto até não sobrar nenhum vestígio de nenhum deles.

— Adeus... — murmurei depois de todos eles.

O silêncio remanescente era incomum, parecia ecoar dentro da minha mente, e doía de uma forma estranha, como se eu tivesse vivido algo assim, só que pior. Olhei para Kairós e Hansol, eles estavam bem diante de mim, mas pareciam alheios ao meu olhar, os dois saíram do círculo, deixando a sala. Eles não iriam voltar mais e eu sabia, Hansol voltaria para casa, Kairós para onde quer que vivesse. Até mesmo a partida deles me deixava com um sentimento estranho. Como se nunca mais fosse vê-los novamente.

— Adeus.

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PARK JIMIN

[EROS]

Eu olhava o relógio mais vezes agora do que em todo o meu tempo com Yoongi, isso sem motivo algum, já que não houve um momento que eu o visse, desde o fim da cerimônia quando encontramos Jungkook implorando por ajuda e Chanyeol e Ji sangrando até quase a morte. Não tínhamos sido rápidos o bastante para ajudar Jackson, infelizmente. O universo tinha me feito de idiota e agora estávamos todos esperando para morrer.

E eu nunca consegui aceitar a morte...

Yoongi era o deus que menos exibia sua forma divina, precisou de anos para que ele se mostrasse para mim, e seu fardo de angústia e luto eram difíceis de presenciar por muito tempo. A vontade de qualquer criatura viva era instintivamente se afastar dele, mas eu nunca o fiz. Foi quando tive certeza que o amava. Se você consegue ignorar seu próprio instinto de sobrevivência, não existe prova de amor maior.