Apollo

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— E então, Hobi? O que ele é?

Depois que me livrei da espada - no caso, coloquei ela bem longe de mim, no canto mais distante do cômodo - os quatro deuses me rodearam. Hoseok apoiou uma mão em meu ombro e começou a discorrer todas as doenças que tive desde os 2 anos de idade, eu tinha lido sobre ele ser o deus da medicina. Ou dos médicos... meu trabalho de pesquisa não foi dos melhores. Balancei as pernas me sentindo uma criança, sentado na mesa muito alta, meus pés não alcançavam o chão.

— Biologicamente falando, é um humano. Saúde normal também. Mas pare de comer só lámen, vai morrer antes dos oitenta — alertou. — Mas não tem nada diferente nele, é um humano comum.

— Como ele poderia segurar a espada? Como a espada o escolheu? Um humano não poderia fazer isso — Yoongi comentou, eles começaram a se inclinar em minha direção, recuei instintivamente. — Já não bastava um assassinato, agora isso.

— Certeza que ele não é um deus? Talvez seja a encarnação de Perséfone — Taehyung lançou um olhar perverso para Yoongi.

— A minha dor é engraçada para você?

— Qualquer desgraça que não seja a minha própria é engraçada. — Yoongi olhou-o com tamanho ódio que se Taehyung não fosse um deus, teria sido desintegrado. — Por essas coisas que eu vivo sozinho.

— Você vive sozinho porque não gosta de ninguém. — Era estranho justamente o deus dos mortos estar falando sobre isso.

— Isso é verdade.

— Podemos voltar ao assunto principal? — Jongin pediu, se colocando no meio deles. — Nós temos um problema aqui — apontou para mim.

— Não, não temos. Eu sou um humano como o Hoseok disse. E eu não quero essa espada, nem vou usá-la, então não importa. Tenho coisas mais importantes para me preocupar, tipo resolver esse caso e salvar minha alma de queimar no inferno.

— Talvez seja o melhor. Já tem confusão o bastante — Taehyung disse. — Mas não vai dar para simplesmente ignorar. Nós só precisamos achar alguém que saiba dizer o que você é — suspirou. — Namjoon saberia.

— Podemos achar outro deus que saiba enquanto continuamos investigando — sugeri.

Não conseguia identificar suas expressões. Hoseok ainda tinha a mão em meu ombro, talvez tentando achar algo que lhe passou despercebido, Jongin afastou-se, indo para mais perto da espada, parecia incomodado. Talvez comigo ou por não saber uma resposta. Yoongi se manteve quieto desde do assunto de Perséfone, eu perguntaria a Taehyung depois sobre. Enquanto o último... O modo como olhava para mim não era agradável.

— Acho que é o bastante por hoje — Taehyung empurrou a mão de Hoseok para longe do meu ombro. — Vamos, Jungkook — me puxou pelo braço, me desequilibrei, mas cai de pé no chão. — Eu te levo para casa, até mais crianças — seguiu me arrastando até saímos do cômodo, ninguém se manifestou contra ou a favor ao que ele fazia.

— Qual é, eu sei o caminho — me ignorou. — Me solta!

— Tchau, Holly! — ele disse ao cão que latiu em resposta, abriu a porta da frente e me empurrou para o corredor, finalmente me libertando.

— Qual o seu... — Não tive tempo de finalizar antes de me pressionar contra a parede, suas mãos em meus ombros, o rosto a centímetros do meu.

— O que é você? — conseguia sentir o ódio em cada palavra. — Você é uma armadilha? Porque comum você não é, tem algo de muito errado contigo e aquela espada sabe. Então é melhor dizer agora antes que eu te dê de comida para os tubarões.

God Killer - PRIMEIRA VERSÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora