God Killer - PRIMEIRA VERSÃO

Baco

— Baco. É ótimo vê-lo de novo — foi a primeira vez que vi Taehyung fazer uma reverência a alguém — Mas acho que preciso só do Baek dessa vez.

A aura em volta mudou completamente, por um momento me deixou ainda mais atordoado. O sorriso no rosto do deus mudou, parecia até mais jovem, naquele momento era apenas Byun Baekhyun. Jin estava certo em dizer que a logística divina dele era única.

— Tae! — Eles se abraçaram e sorriam um para o outro parecendo tão genuinamente felizes que não consegui evitar sentir um incomodo no peito, não que eu estivesse com ciúmes, é claro — Então... Jeon Jungkook. O policial esquisito que não sabe investigar — "Oh!" tudo bem que ele tinha razão, mas não precisava dizer em voz alta — Estão juntos?

— Ele é o que Moros me pediu para esperar — os dois olhavam para mim.

— Quase oitenta anos depois, Hansol é um filho da puta mesmo — "Baekhyun conhecia o Destino?" — Vamos, mostramos o hotel para o garoto e aproveitamos para procurar o Chan, eu o perdi desde hoje cedo.

Ele indicou a saída à esquerda, por onde Jeongy, Jongin e Seokjin foram, o hotel estava bem cheio, repleto de pessoas comuns que gastavam fortunas para passar alguns dias entre deuses. Foi estranho passar pelo restaurante e ver pessoas acenando para nós - no caso só para Taehyung e Baekhyun - como se fossemos astros de TV.

— Eu não pude ir ao hospital, mas como Jackson está?

— Inteiro. Vivo.

— E burro — Baekhyun completou — Por que esse idiota não falou das invasões antes?

— Achou que conseguia resolver sozinho, e era a responsabilidade dele, não podia entregar "vingança de Zeus" a outra pessoa. Agora ela é uma ameaça ainda maior.

— Colocar aquilo em exposição foi idiota demais até para os padrões dele. Hoseok e Seokjin aceitarem foi ainda pior — indicou um corredor. As paredes de vidro permitiam ver os funcionários da cozinha trabalhando. Acontece que não eram funcionários humanos, eram...

— O que são? — apontei para um deles, era como um robô humanoide, mas de um material diferente, como cobre ou ouro envelhecido, era possível ver as engrenagens funcionando.

— São autômatos. Shownu e Seulgi os construíram, humanos não conseguiriam manter o Arcádia em ordem — Taehyung explicou para mim rapidamente — Parece que Seokjin incentivou isso — falou com Baekhyun dessa vez — Estamos preocupados com ele.

— Deveriam mesmo, Hera é a deusa mais ciumenta do panteão divino, ela me deixou para morrer louco, se você acha que Seokjin sozinho vai estabilizá-la agora que perdeu Namjoon, está enganado... — deu para notar sua voz se elevando, a raiva surgindo — Calma, Baek. Eu estou calmo, Baek — respirou fundo, eu ainda precisaria de mais tempo até me acostumar com ele falando sozinho — Aqui ficam as lojas.

Indicou a mim. Lojas era dizer o mínimo, nós literalmente entramos num shopping, maior que a maioria dos que via em Seul.

— Você pode encontrar o que quiser em Arcádia. Nós temos literalmente tudo.

— Onde estamos indo? — perguntei.

— Achei que gostaria de explorar o local, ver onde Namjoon costumava ficar quando nos visitava — assenti, ele indicou mais um corredor de lojas com uma porta no fim dele, chegamos em um novo corredor, se não fossem as placas indicativas ali, poderia facilmente me perder. "É como um labirinto".

— Na verdade nós temos um labirinto de verdade se quiser conhecer — uma voz falou atrás de nós. Chanyeol surgiu de lugar nenhum, ele tinha o sorriso fácil e passou um braço em volta do pescoço de Baek e Taehyung, puxando os dois num abraço forte demais — Estamos juntos de novo!