— Está espremendo minha cara! — Baekhyun resmungou — E seja educado, não leia a mente do garoto — ele apertou os lábios, dando um sorriso como se fosse uma criança que foi pega aprontando. Os cabelos estavam uma confusão, num tom de cinza claro, a camisa sem mangas mostrava os braços um tanto finos demais. Alto, magro e com o sorriso mais infantil que já vi. Esse era o deus do sexo.

— O acesso do cais já está pronto, seu filhote chegou, Taehyung. Aquele tubarão é mais inteligente que todos nós.

— Isso eu não tenho dúvidas — eles continuaram pelo corredor e os segui, me sentindo terrivelmente deslocado, Chanyeol ainda falava animado sobre uma ponte de pedras, caminhando vários passos à frente de nós, Baek moveu-se para o meu lado, passando um braço pelo meu ombro.

— Quer ver um truque legal? — disse em voz baixa, precisei de um segundo para me envolver novamente por sua aura embriagante, sua pele era tão bonita, brilhava...

— Baek... O garoto não é tão acostumado assim com nosso mundo — Taehyung resmungou ao meu lado e o outro riu.

— E ele não viu nada ainda — o sorriso de mil segredos retornou, ele voltou-se para Chanyeol que àquela altura já estava uns bons metros longe de nós — Pothos! — chamou em voz alta. Chanyeol parou, curvando o corpo pra frente. Congelei no mesmo lugar, incapaz de dar um passo adiante. Quando se virou para nós o rapaz ainda parecia o mesmo, mas completamente diferente. Como um upgrade em um milésimo de segundo. Seus braços tinham músculos, bem mais trabalhados que os meus, seu olhar mudou, era intenso, pesado. Um de seus olhos estava azul e o outro negro, se o sorriso de Baek guardava mil segredos o de Chanyeol revelava todos eles. Ele chegou perto, bem perto. Os três deuses estavam me cercando e de repente eu nunca senti tanta tensão sexual junta. Queria respirar, mas não conseguia sequer piscar corretamente.

— Como se chama mesmo? — Chanyeol disse, sua mão segurou a minha, brincando com meus dedos, um arrepio percorreu minhas costas.

— J-Jung... Ju-Jungkook — ele riu baixo e cheguei o rosto mais perto, os olhos dele pareciam fascinantes.

— Eu sou Pothos, Jungkook — engoli em seco, minha mente não funcionava direito, estava ocupado demais pensando em como sua pele parecia quente — Eu espero que tenhamos chance de nos conhecer bastante.

— Ah... — foi tudo que consegui dizer.

— Eu gostei dele. Boa escolha, Poseidon.

Se é que fosse possível senti os três chegando mais perto.

— Foi um ótimo começo — olhei para Baekhyun, a taça de vinho voltou para suas mãos, ele bebericou um pouco, senti as mãos de Taehyung em meus ombros, apertando de leve, a ponta de seu nariz em minha nuca, seu hálito quente soprou em minha pele. Definitivamente não era só eu que estava afetado pela dupla — É melhor deixar isso para outro momento — lancei um olhar para Taehyung. Eu queria muito que ele me beijasse, eu nem pensava que estávamos com outras pessoas, no meio de um corredor que deveria transitar diversos hóspedes, só precisava muito da boca dele — Até logo, Pothos.

O impacto veio como um soco no estômago, Chanyeol voltou ao normal - ou o máximo que alguém como ele podia ter de normalidade - Taehyung e eu nos afastamos, meio aos tropeços, ambos respirando com dificuldade. Baekhyun olhava em volta, como se tivesse esquecido de onde estava.

— Nossa... Foi bem forte dessa vez — Chanyeol apertou os próprios ombros, massageando-os levemente e respirando fundo — Até doeu. Isso de deixar ele quieto tanto tempo não foi muito bom.

— Teremos uma festa em poucos dias e você e P podem se divertir, querido — Baekhyun disse, bebeu mais um gole de vinho e pressionou um beijo no rosto do rapaz, que fez a expressão mais adorável que já vi, abraçando o namorado ou talvez esposo, não sabia sobre a relação deles.

God Killer - PRIMEIRA VERSÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora