— Qual deles é o Thor?

— Tao.

— Aposto nele. Meu nome é Jungkook — tirei uma nota de 5.000 wons, ele puxou a nota e escreveu meu nome abaixo da foto de Tao. — Vou te procurar no fim do dia.

— Vou estar aqui até às sete. Boa sorte com seu amigo. E se procurar a casa do Destino, lembre-se de fechar as portas visíveis.

— O que isso quer dizer?

— Eu lá sei? Deuses são malucos. — Nos assustamos juntos, assim como vários ao redor, quando um trovão soou alto. — Foi mal! — o garoto gritou e ri um pouco me lembrando do dia que algo muito parecido aconteceu comigo. — Até mais, hyung.

Hyung. Era estranho alguém me chamar assim já que até na polícia eu era o oficial mais jovem. Observei-o ir e se misturar no meio da multidão que caminhava para as grandes embarcações que iam para alto-mar. Talvez se meu problema com a água não fosse tão ruim, poderia assistir aos jogos. Todos estavam felizes e parecia divertido.

Entretanto meu foco no momento era Taehyung.

Estava tentando convencer a mim mesmo que estava indo pela investigação, porém eu sequer trouxe meu distintivo. Admitir que estava ali somente por ele era sequer impensado e depois daquela bendita história do garoto.... Por que ele tinha de ir logo para Jeju? Tem tantos outros lugares que não tem nenhum feitiço ou profecia atrelado.

— Enfim, eu já estou aqui e vou tentar encontrá-lo. Não tenho com o que me preocupar, com certeza não estamos destinados a nada.

(...)

— Meu jovem, você vai embarcar? — um dos funcionários do barco me questionou. Ele era bem velho, talvez da idade do meu avô. Eu já tinha entregue o ticket, mas não consegui entrar na embarcação.

Por puro pânico.

— S-Sim. Eu só... eu... — recuei para o lado quando uma onda se chocou contra o barco e balançou um pouco, molhando os poucos turistas sentados do lado de fora, a maioria ficava nos compartimentos internos.

— Tem medo de barcos?

— S-Sim. Não. Quer dizer. Eu tenho... divergências com o mar — não sei se minha tentativa de soar menos ridículo funcionou.

— Deseja um colete salva-vidas?

— Eu gostaria. Quanto tempo demora até chegarmos?

— Duas horas e meia se tudo correr bem.

— Existe algum risco? O que a guarda costeira disse? — Eu bem sabia que estava soando como um garotinho em pânico, mas não podia evitar.

— Que o mar permanecerá calmo e tranquilo até o meio dia, quando começam os jogos. — Eu estava tirando a paciência dele, o ajusshi acenou para que eu esperasse e entrou na embarcação, em seguida voltando para me entregar o colete.

— É. Ok. Ok — me apressei em vestir a peça. — É mais seguro... aqui fora ou...

— Meu jovem. Só entre no barco, vamos achar um bom lugar para você — pediu. Assenti uma porção de vezes, arrastando todo meu medo pela curta passarela até o barco. Mas assim que pisei na embarcação, de repente me veio uma paz estranha, sentindo ser exatamente onde eu deveria estar. O funcionário olhou para mim, como se reconhecesse algo — Por que o senhor tem medo de barcos tendo uma benção?

— O quê?

— A benção do senhor dos mares.

— Como sabia? — "Algo em mim indicava isso? " Era visível agora que eu estava perto do mar?

God Killer - PRIMEIRA VERSÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora