Capítulo 9 - ALEX

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"— Assim acabara morrendo de um infarto do coração e de pau duro." — brinco.

"— Morrerei feliz, mas de preferência prefiro que meu pau esteja dentro de uma buceta quando isso acontecer por que imagina cair no chão durinho com o meu amigo apontando para o teto. Ninguém merece." — ele disse naturalmente.

Só Dereck mesmo para pensar em querer morrer enterrado dentro de uma vagina. Não é nada ruim, mas nunca pensei em morrer principalmente assim. Somente este idiota mesmo para esquematizar algo desse tipo. Morrer de pau duro.

Ouço a batida na porta em seguida a ser aberta.

"— Preciso desligar depois a gente se fala."

"— Tchau, viado."

"— Vai se foder!" 

Desligo o telefone na sua cara e me levanto quando avisto a figura do Senhor Lyndrax entrando no meu escritório.

— Alexander venho te trazer sua nova assistente pessoal. — disse George vindo na minha direção para me cumprimentar.

— Só espero que essa não vá me atacar. — eu brinco saindo de trás da mesa e indo para frente.

— Te garanto que não. — ele responde convicto. — Venha, filha.

Filha? Não pode ser possível.

Nesse momento a vejo entrando na sala toda certinha. Nada da roupa vulgar do tipo que usou na última vez que a vi. Maldição! O que essa garota faz aqui? Espera, ouvi certo? Minha nova assistente. Puta que pariu! Isso só pode ser uma piada. Não posso acreditar.

Rose ainda não me viu, mas quando me ver para imediatamente de andar e arregala os olhos em surpresa. Caralho! Merda! Droga! Cacete!

— Mais que porra! — ela solta em voz alta.

Sim, estou soltando inúmeros palavrões também querida só que mentalmente.

— Rosely! — Sr. Lyndrax a adverte com um olhar duro.

— Ops! Desculpa. — ela pede olhando para seu pai, mas quando seu olhar se volta para mim posso ver a raiva.

— Alexander essa é Rosely Lyndrax, minha filha e a nova assistente. — seu pai me apresenta. Ah Droga! "Seu pai", que coisa mais fodida.

Hora de se recompor do choque. Melhor fingir que não nos conhecemos. Sorrio para quão fodido o destino é, pois só ele mesmo para nos colocar para trabalharmos juntos.

— Prazer em te conhecer, Rosely. — a cumprimento sorrindo.

Ela apenas acena com a cabeça e força um sorriso falso.

— Apresentações feitas vou deixar vocês a sós para começarem a resolverem as pendências. — disse seu pai beijando o topo da sua cabeça e indo para a porta, mas antes para e olha para mim. — Cuide bem e tenha cuidado com a minha menina, Alexander.

— Claro, senhor. — afirmo. O homem se retira deixando nós sozinhos.

E agora? Aja naturalmente, Alex.

Rose me encara séria e fria. Essa não se parece a Rose. A garota que conheço sempre está feliz, sorrindo, tagarelando ou me xingando. Merda! Essa aqui me odeia e eu tenho total culpa nisso. Fazia três semanas que não a via e apenas menos de 24 horas que havia ligado para ela bêbado.

Sim, Rose me odeia.

Talvez eu devesse pedir desculpas pelas merdas que fiz e para que esquecermos o que aconteceu assim poderíamos trabalhar em paz sem esse clima tenso de ódio pairando aqui. Entraremos num acordo.

— Então o que devo fazer, Senhor Russell? — ela fala quebrando o silêncio formado entre nós.

Melhor resolver agora para assim seguirmos em frente.

— Rose...

— Trabalho, Alexander. — ela me interrompe fria como se fosse um maldito robô.

Pensando bem acho melhor conversar depois, pois posso ver que está com bastante raiva por mais que não esteja expressando ou demonstrando eu sei que está puta comigo.

Me recordo muito bem do Dereck contando que quando Rose está te dando um gelo, tratando você muito formal e como se não significasse nada é melhor ficar longe por que é nesse momento que a garota está por um triz de explodir e tudo se desmoronar. 

Acrescentou que uma vez quando sua irmã estava assim tentou conversar para ver se as coisas se acalmavam, mas tudo que conseguiu foi um olho roxo e quase ficar cego por que ela tinha jogado o seu salto alto na direção dele assim acertando na sua cara.

Indo em direção a mesa pego a papelada de cima e entrego. Me sento e começo a explicar o que se deve fazer. Durante todo o momento que estou falando Rose me ignora olhando para os papeis fingindo um enorme interesse. Isso acaba me irritando. Eu tento não me distrair com seu cheiro e aproximação. Ela parece não se afetar. A observo mexer em alguns dos papeis e apenas concordar com o que digo.

Ao terminar de explicar aproveitei para admirar o seu lindo traseiro redondo naquela saia justa sumir da minha vista quando Rose saí e fecha a porta sem se quer me olhar uma última vez.

Porra! Vou direto para o inferno e nem terei direito de passar pelo purgatório.  

Maldita seja!




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