37 | Aquela Conversa

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      Depois que eu cheguei em casa, tudo melhorou

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      Depois que eu cheguei em casa, tudo melhorou. Eu tomei um banho refrescante, cuidei do que tinha que cuidar e lavei a minha saia manchada.

A estava estendendo junto com a minha calcinha numa cordinha preta, que servia como um varal, do lado de fora, quando alguém entrou gritando dentro de casa.

— MEL? — me chamou primeiro — CADÊ VOCÊ??

— AQUI ATRÁS! — gritei pra Kailana que apareceu na porta dos fundos da cozinha com uma cara de espantada.

A menina pulou os degraus de madeira, parando em minha frente, onde me agarrou com suas mãos desesperadas.

— O que você tá sentindo? — perguntou enquanto puxava a minha linha d'água para baixo para verificar meus olhos — Acha que precisa ir ao médico? Eu liguei para a minha mãe no caminho, ela está esperando alguém ficar no lugar dela para conseguir vir pra casa.

— Espera, o quê? — me perdi.

— Acho que você não tá com febre — ela disse depois de por uma mão no meu pescoço e a outra no dela para medir nossas temperaturas.

— Lana, pera aí! O que aconteceu? — eu a afastei, atordoada, o que fez ela unir as sobrancelhas em confusão.

— Como assim "o que aconteceu"? Você não tá passando mal?

— De onde você tirou isso? — franzi todas as minhas linhas faciais e balancei a cabeça, tentando entender o que diabos estava acontecendo.

, o Benício me procurou no intervalo dizendo que você não estava se sentindo bem no primeiro período e que não conseguia achar você, então quando eu me dei conta que você tinha vindo pra casa, deduzi o pior, porque, bom, se você precisou vir pra casa, então você devia estar péssima, né? — abri a boca em um "a" e arqueei as minhas sobrancelhas quando finalmente entendi o motivo daquela bagunça.

Eu tinha me esquecido completamente do Ben, e ele devia estar preocupado.

— Tá tudo bem — achei melhor a tranquilizar primeiro, antes de dizer o que realmente havia acontecido — Eu não fiquei doente, eu só tô naqueles dias.

Aaaaah! — Lana suspirou, aliviada — Nossa, do jeito que o Ben te descreveu, eu jurava que você tava com uma tuberculose!

Sorri culpada.

— Eu acho que tenho uma pequena culpa nisso, entrei um pouco em pânico quando senti que havia sujado a minha saia — olhei para a peça de roupa atrás da gente, justificando o porquê de eu estar naquela parte da casa em primeiro lugar.

De Sol a SolWhere stories live. Discover now