ato XXVI: cuddles & toblerone

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[🐣+🐰]

Agressão e violência psicológica.

Todos os dias, nós passamos e assistimos diversas situações simultâneas no nosso mundo contemporâneo.

As agressões podem ocorrer em qualquer parte da sociedade, sendo você homem, mulher, criança ou até mesmo, um recém nascido.

As agressões não são inevitáveis ou se tornam acidentes que não poderiam ter sido evitados caso houvesse uma conversa prévia e um cuidado direcionado.

Agressões podem ser evitadas a todo custo. E infelizmente, eu não fiz nada que pudesse mudar esse papel.

Por outro lado, a violência psicológica atua em diversos outros locais distintos do nosso dia a dia.

A violência psicológica começa a partir daquele fiapo minúsculo pulando para fora do tecido de uma roupa, que com o tempo, começa a ser repuxado até desfazer parte da costura, até que por fim, não lhe sobre mais tecido.

Sobram somente as linhas. Linhas infinitas e inacabáveis, linhas que não podem ser desfeitas e esquecidas tão facilmente quanto um lanche que você fez num dia anterior.

Não pode ser esquecido facilmente quanto uma peça de roupa que você escolheu em uma loja, como o pagamento atrasado de um cartão, como alguém que você se forçou a esquecer.

A palavra agressão psicológica é o tipo de hostilidade que inviabiliza um indivíduo de maneira que ele fique a mercê dos favores alheios.

Ao longo dos anos, a sociedade finalmente começou a dar um cenário em pauta para esse tipo de assunto, para um tipo de assunto que precisa ser discutido.

O termo agressão psicológica também influencia os pensamentos de uma pessoa que visualiza por fora e julga toda a situação como inválida. Te faz virar alvo de comentários ainda piores que os que você escuta dentro de casa.

Agora se imagine passando por isso, todos os dias, todos os momentos, sendo julgado injustamente, sendo caçado, atacado e violentado por ser quem você é. Isso mesmo. Por ser quem você é.

Como o termo agressão psicológica soa pra você agora?

Ruim? Péssimo? Hostil? Soou dessa maneira pra mim durante toda a minha vida, sem descanso.

Jimin, você precisa se casar com uma boa garota e dar orgulho aos seus avós por parte de pai!

Jimin, você precisa se casar com uma garota que me dê netos, eu adoraria ter um neto.

E ah. Papai. Papai também tem suas pérolas.

Jimin, você precisa se ingressar na carreira médica pra conseguir um bom diploma e orgulhar sua família.

Tudo começou com um simples hábito de me forçar a estudar algo que eu nunca desejei. Nunca.

E, ah, Jimin, nunca esqueça de baixar a cabeça, desse jeito você fica parecendo um baitola.

Um baitola. Um fragote. Um viadinho. Um pecado. Existem variações diferentes para cada dia e cada momento.

Eu particularmente gostava mais de ser chamado de Jimin, mas aberração sempre me soou como um segundo nome.

Park Jimin, aberração. Park Jimin, pecado.

O começo do fim começou com suas idas e voltas num expediente extra após o trabalho.

Todos os dias eram expedientes a mais, até que mamãe começou a reparar nos cheques dos salários que nunca ganhavam um aumento por conta dos expedientes.

Disorder  | Jikook (Incompleta)Onde histórias criam vida. Descubra agora