ato V: i've missed you

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— Jungkook... — Suspiro, cansado o suficiente para responder negativamente.

— Diz que sim? — Ele insiste, com os olhos afoitos e apreensivos em minha direção.

Eu sempre tive um fraco ao vê-lo tão ansioso e reprimido, esperando uma resposta positiva da minha parte, querendo me fazer feliz e confortável.

Não pude negar. Não quando o tinha com um sorrisinho apreensivo nos lábios e os dedos próximos aos meus dedos.

— Tudo bem. — Respondo, positivamente, depois de um tempo mantendo contato visual.

Eu sinceramente já estou cansado desse papo de que nada iria acontecer, porque Jungkook com certeza supera minhas expectativas.

Mas, eu preciso confessar que estou tão calminho e tranquilo que as possibilidades de eu sair irritado com ele são quase nulas.

Afinal, qual seria a maldade e o risco em uma simples carona até a minha casa?

São apenas dois quarteirões, sou um garoto grandinho e consigo ficar bem com isso.

— Nossa. — Sua expressão se torna esquisita, dessa vez. — Tão fácil assim?

— Sim. — Dou de ombros. — Acho o que? Que teria que me amarrar e me levar a força?

— Você quer a resposta sincera, ou a resposta planejada pra te fazer derreter por mim? — Jungkook pergunta, soltando uma risadinha.

— Então você assume que realmente tá fazendo de propósito? — O respondo com outra pergunta.

— O quê? Nossa! Nunca! Que isso! — Jungkook dá de ombros. — Eu já te disse que não estou fazendo nada.

— E eu sou a Rihanna. — Respondo, revirando os olhos. — Vou cantar umbrella e dar com meu guarda chuva na sua cabeça.

— Não seja tão agressivo. — Jungkook passa a língua entre os lábios, preparando-se para começar a caminhar. — Na verdade, eu até gosto quando você fica agressivo.

— Eu percebi. — Respondo, afirmativo. — Porque foi isso que você provocou em mim à semana toda.

— O quê? Agressividade? — Jungkook ri. — Já te disse que você pode ser agressivo comigo, mas, só se uma maneira.

— Raiva. — Respondo. — Infeliz.

— Caso contrário, não pode ser agressivo porque eu sou um bebê. — Jungkook responde, ultrapassando a porta do teatro.

Nesse momento, nós somos dois rapazes estranhos, vagamente conhecidos, que agem como se nunca tivessem se conhecido.

Parte de mim sofre um pouco por ter que optar por esse lado e apagar tudo que tivemos, mas, a outra parte suspira aliviada por evitar desaforos.

— A última coisa que você é... — Suspiro, apressando o passo para caminhar em sua frente. — É um bebê.

— Tem certeza, hyung? — Ele pergunta.

Ah. Hyung.

Ele ficava tão bonitinho quando fazia biquinho, me chamava de hyung, e enterrava a cabeça no meu pescoço.

Tomara que eu exploda.

— A. — É a única coisa que consigo responder.

Por um momento, nós ficamos calados, e imagino que ele também esteja sendo bombardeado pelas memórias inesquecíveis em nossas mentes.

Disorder  | Jikook (Incompleta)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ