ato XII: turn the lights off

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Muitas pessoas dizem que sorte é algo que se herda desde o nascimento; outras dizem que sorte é uma dádiva criada pelo senhor onipresente e oniciente.

Entretanto, a sorte, para mim, está diretamente atrelada ao desejo de levar a culpa de uma ação para as dádivas do destino.

De fato, também estou pensando no quanto sou azarado e no que minha vida se tornou desde que aquele filhote de demônio entrou na minha vida.

E é isso que estou fazendo nesse momento. Culpando o meu próprio azar, retirando minha própria sorte na presença de um sentimento contínuo por um rapaz.

Ou talvez, meu azar seja uma consequência da maré de acontecimentos contrários as minhas regras e conceitos.

Quando eu conheci Jeon Jungkook, ele era um ogro; um playboyzinho nojento, isolado e completamente anti-social.

Entretanto, todos o amavam. Motivo? Ele era excêntrico. Excêntrico em sua atuação, no jeito de pensar, falar, olhar e de brinde, tinha a beleza mais estonteante que aquela universidade já tinha visto.

Mas, Jungkook não sabia disso. Não tinha controle sobre isso, sobre sua auto-estima, sobre o que queria e o que não queria, sobre ele como pessoa.

Essa foi uma das razões que contribuíram para o que aconteceu; sabe aquela famosa frase sobre amor próprio?

Se você não se ama, como diabos você vai amar outra pessoa?

Eu me amava. E talvez eu tenha o amado com todas as minhas forças.

Mas, infelizmente, também era como aquele famoso ditado popular, que incita em dizer que era apenas um amor adolescente, sem valor, sem condições.

Não éramos isso, apesar de termos esse rótulo.

Era muito maior, nós éramos incríveis, e apesar de ter que fazer muito esforço pra me aproximar daquela criatura petulante, havia valido a pena.

Jungkook foi meu primeiro, em muitas coisas. Em alegrias, tristezas, relacionamentos e decepções.

O que aconteceu foi um ponto na nossa - qualquer que seja - relação, de uma vez por todas.

Jungkook também era imaturo, não tinha concepção do que acontecia, e só acreditava nele, em seus próprios conceitos.

E de alguma maneira, ter ele comigo novamente me lembra de tudo que já passamos juntos. E não é porque, por um acaso, nós já tivemos algum tipo de envolvimento.

É porque Jungkook tem algo intrigante, excêntrico, que eu sempre procurei e nunca tive a oportunidade de encontrar.

Não sei se está no seu olhar, nos seus pensamentos, nas suas ações, na sua personalidade; mas, ele sempre me atraiu.

E não era coisa simples, uma atração simples, por um cara simples. Não era um envolvimento de uma noite, no qual, pela manhã, eu voltaria a esquecer seus nomes, suas nacionalidades.

Jungkook me dava vida quando olhava pra mim; com ele, eu me sentia confiante, imbatível e inquebrável, ele me fazia sentir tudo com apenas um olhar, um toque.

Na primeira vez que nos beijamos, eu estava confuso, entristecido e machucado. Na vigésima, eu estava feliz, perplexo e maravilhado.

Jungkook foi de longe uma das coisas que mais me fez feliz nesse mundo distorcido, e eu agora, sinto como se afastar ele fosse o magoar.

Não quero magoar ele. Nunca quis. E não vou querer. Depois que tudo aconteceu, eu só odiava o fato dele não ter acreditado em mim, mas, nunca desejei seu mal.

Disorder  | Jikook (Incompleta)Where stories live. Discover now