35.

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Carolina Narrando.

Eu estava bem chateada com o que o Ícaro falou, acordei indisposta mais mesmo assim eu agi. Deixei a Mel na escola, o Messias na creche e voltei pra casa, terminei de me arrumar e fui pro ponto de ônibus pra poder ir trabalhar.

(...)

Alice: Ain agora eu to com medo, esse Zatão é doido.
Carolina: Fica suave, amiga, ele nem é doido de fazer nada com você! Mais agora alguém que tava domingo agiu muito na falsidade.
Alice: Tinha muita cabeça não sei pensar em quem foi.
Carolina: Ah mais deixa isso pra lá. — Tinha encontrado ela quando cheguei do serviço e chamei ela pra vim aqui pra casa. — Banho, Melissa. — Ela largou o tablet que a madrinha deu e foi batendo os pés, não aguentei e joguei o chinelo em direção dela. — VOCÊ TÁ É MUITO ABUSADA PRO MEU GOSTO!
Alice: Calma amiga criança é assim mesmo.
Carolina: Ah mais eu não tenho paciência. — O Messias tava no cercadinho com os brinquedos e eu passei a limpar a casa escutando um som em volume moderado. — Menina nem precisava.
Alice: Então pera aí que vou sujar tudo. — Rimos. Limpei o chão da cozinha já que ela tinha lavado vasilha, limpado fogão e passado pano nos armários. — Bora tomar umas?
Carolina: Vou nada amiga, amanhã eu ralo e você sabe que eu não aguento nadinha.
Alice: Então vou lá que a Brenda tá me chamando. — Ela me deu um beijo. —
Carolina: Tabom, valeu em! — Ela assentiou e saiu. Passei o olho na Melissa e ela tava tentando se vestir, ajudei. — Seu lanche tá lá na mesa, come sem se sujar em. — Descemos juntas e ela foi pra cozinha, peguei o Messias e dei um cheiro nele. Subi e dei banho, botei fralda e blusa e desci. Preparei rapidinho uma mamadeira de toddy e dei ele. —
Melissa: Mamãe também quero mamadeira. — Fiz o dela e coloquei na garrafinha, dei ela e deixei os dois na sala assistindo desenho. Subi e tomei um banho daqueles, botei blusão e short de pano.

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Carolina: Oi?
Zatão: Você acha que eu falei tudo aquilo brincando, né? Pode crê!
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Ele nem falou mais nada e desligou, mandei varias mensagens no WhatsApp mais não obtive respostas. Af.

Fiquei o restinho de tarde com meus filhos. Minha mãe tinha saído com a Camila que enfim decidiu ir pra casa de recuperação, minha avó já tinha ido embora.

(...)

Naiara: Quem é viva sempre aparece, né? — Abracei ela de lado e coloquei Messias no chão. — Vocês tá bem?
Carolina: Graças a Deus sim e você? — Notei sua fisionomia, estava acabada! —
Naiara: To bem! — Sorriu de lado tentando me convencer. Sentei no sofá e ficamos batendo papo por horas. — Eu vou te contar, tá? — Assentiei ninando a Melissa. — Seu pai tá me traindo.
Carolina: É o quê? Depois de velho querendo arrumar moda.
Naiara: Não é arrumando moda, eu só to pagando o que fiz com sua mãe! — Diz chorosa. — Eu vejo tudo que ele e a murcha da mulher conversa porque o whats dele tá clonado no meu notebook.
Carolina: Ela é daqui?
Naiara: Da favela não, mora lá em baixo na Savassi.
Carolina: Porra cara não acredito.
Naiara: E o pior é que ela sabe que ele é casado, ele desconfia que eu sei e por isso me deixa trancada dentro de casa. Eu não to vivendo mais, Carol. — Desabou. — Eu não sei mais o que fazer! É isso com seu pai, é problema com a Lorraine e eu to a ponto de surtar, só queria desaparecer!
Carolina: Não fica assim, Nai, a senhora é muito boa pra passar por isso tudo. — Abracei ela. — Se você não suporta mais, da um tempo você tem direito.
Naiara: Ele não vai deixar.
X: Um um. — Alguém arranhou a garganta e a gente olhou pra porta. —

Naiara narrando.

Ele entrou e a Carol saiu com as crianças. Tanto tempo eu passando por isso sozinha e quando resolvo desabafar com alguém, ele vem e descobre.

Renato: Tá chorando por quê? — Eu ignorei. — Tá muda é?
Naiara: Namoral, com a raiva que eu to nem chega perto de mim pra gente não desentender.
Renato: Não desentender por quê? Da o papo.
Naiara: Você é um filho da puta miserável, você não tem mais um pingo de respeito por mim! — Levantei explodindo. — Tá a meses em um triângulo amoroso, me fazendo de corna perante a todos, me privando de ser livre.
Renato: To te privando de nada não parceiro. Infelizmente aconteceu, eu conheci outra pessoa que me despertou o interesse e ela tá me fazendo bem pra caralho, tentei evitar entende? — Ele mal me encarava. — Mais foi forte, a mina é... — Eu não deixei ele terminar, avancei com tudo acertando soco pra tudo quanto é lado. Ele me imobilizou e eu chorei forte. — Para parceiro, tá doida? Queria que nada disso tivesse acontecendo não, mas o bagulho foi a vera uai. Quero só me desculpar com você, não tem mais a gente, já deu no que tinha que dar. — Eu sentia que estava vivendo tudo que a Flávia viveu um dia, ela me avisou que eu ia passar também e esse dia chegou. —
Naiara: Eu te odeio!!! — Me soltei dele e soquei seu peito com toda força, ele se afastou. — SOME DA MINHA CASA, DA MINHA VIDA!!!! SEU IMUNDO, LIXO, FILHO DE UMA PUTA!!!
Renato: Ofende minha mãe não pô, tá aí de cabeça quente atoa. Sua sorte é que não sou covarde se não ia te arrebentar todinha só por causa da rebeldia, mas tenho consideração por ti. Pode ficar com a casa, a vontade na favela, se envolver com quem for que a partir de hoje você não me deve satisfação tendeu?
Naiara: VOCÊ É UM INGRATO! — Eu estava desesperada, ele era minha âncora em meio de todos os caos. —
Renato: Sou não, ao contrário sou grato a tudo que você já fez por mim, pelas minhas filhas, mas deu parceiro não da pra insistir em uma relação na qual só um ama. Não quero te sugar mais não, Naiara.
Naiara: Não faz isso por favor. — Me joguei aos seus pés. —
Renato: Para cara, você não merece tá passando por isso não ou. Levanta daí namoral. — Ele me puxou e me colocou sentada no sofá. — Você vai seguir sua vida, tá? Da forma em que te conheci, linda, determinada, não deixa homem algum se crescer pra cima de você. Não faz do nosso término uma coisa ruim pra sua vida, a gente pode ser amigo pô, quero continuar te acompanhando. Você é a terceira pessoa que acho incrível como mulher. — Meu rosto estava tomado pelas lágrimas e além das palavras dele só se escutava os meus soluços. — Eu te amo, fica bem! — Ele beijou minha testa e saiu por aquela porta pra, talvez, nunca mais voltar!

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- METADE DO FIM! - EM PAUSA.जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें