23.

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As próximas semanas foram um pouco puxada. Ter que voltar à rotina não é nada fácil, mas eu que não ia largar os estudos já que é a única coisa que está prestando ultimamente.

Sandra que olhou a Melissa todas as manhãs pra que eu pudesse estudar. Eu não tenho nada a reclamar porque as pessoas tão sempre me ajudando, hoje mesmo é sexta e eu estava esgotada. Mega cansada.

Sheila: Você precisa de um tempo pra você. Deixa ela dormir comigo. — Ela queria porque queria ficar com a Mel pra eu ir pro baile. —
Carolina: E se ela chorar? Eu não quero incomodar de verdade!
Sheila: Eu criei foi cinco filhos. — Acabei cedendo. Liguei logo pra Alice e chamei ela pra ir comigo e ela topou na hora. —
Carolina: Vai trabalhar hoje, amor?
Zatão: Vou ficar de ronda. — Assentiei e levantei da cama. A gente tinha acabado de ter uma transa daquelas, estava toda ardida! Quando escureceu ele tomou banho, se arrumou todinho, ficou cheiroso e saiu fora. Fui embora pra casa pra arrumar.

Coloquei um body branco de costas aberta e frente decotada, um short jeans preto curtinho e chinelo. Coloquei meu colar da Barbie, pulseira e relógio. Deixei cabelo solto, joguei pro lado e passei uma make.

Tirei algumas fotos, mas nem postei pra não da alarme. Só a Sheila e a Alice que sabiam que eu ia pro baile, queria ir na calada pra ninguém ficar comentando que deixo minha filha com os outros pra curtir.

Minha amiga chegou de vestido curtinho, uma beach slide no pé e metade do cabelo solto com o resto preso em um coque em cima.

Carolina: Ta linda em! — Peguei cinquenta reais do dinheiro que meu pai sempre manda pela Nai. Chave de casa e meu celular. Saímos era quase uma da manhã. Andamos pra porra e enfim chegamos na rua do baile. — Mereço até uma aguinha de tanto que andei.
Alice: Num é! — Comprei uma água mineral e ela comprou uma lata de skol beats, demos uma volta no baile. — Vamos parar nesse cantinho aqui. — Ficamos atrás de uns meninos. —
Carolina: Sei nem como dança mais. — Fiz cara de sofrida e ela riu. — Desacostumei, menina, credo.
Alice: Muito tempo que não vem né? — Assentiei. Ficamos de canto e ela só bebendo, e eu tomando minha primeira lata de refrigerante ainda. Cada vez enchia mais, todo mundo se acabando de dançar, beijar, tava um verdadeiro furdunço. — Olha ali teu boy de motoca. — Procurei com os olhos e achei, ele tava virando a rua com a Rafaela na garupa. Senti meus pelos do corpo tudo se arrepiar. — Calma, mana, vai da um troço aí!
Carolina: Ain que ódio! — Puxei a mão dela e comprei bebida. Que se FODA! Comprei quatro latinhas de skol beats, duas pra cada e virei tudo rapidinho. Comprei mais outra e sai andando, parei perto de um carro e comecei a dançar. Já sentia tudo mais leve. — Vai me regular ou me acompanhar?
Alice: Desgraçada! — Riu e comprou mais bebida. Ficamos só bebendo e dançando muito! Juntamos com umas garotas e uma delas até me ofereceu paiol, dei um trago mais me bateu uma tontura que não aguentei. — Para, amiga. Só beber tá suave, agora fumar não. — Vi meus best friends e puxei a Alice até eles que se assustaram quando me viram. —
Ronaldo: Que milagre é esse? — Me abraçou. —
Camila: Ih hoje é tudo nosso, irmã. — Me abraçou beba já, me deu um selinho e me virou de costas pra ela e sarrou. — OLHA PRA CARA DA NOSSA TROPA, VAI COM O RABETÃO NO CHÃO. — Jogamos juntinhas. Comprei água e chiclete, tomei tudinho, peguei um trident e passei a cartela pra Alice. Prendi o cabelo num coque e passei a mão na testa que tava suada. —
Ronaldo: QUANDO É PRA FUDER ESSAS MINA PULA ATÉ MURO.
Camila: PEDE QUE EU TE DOU TOMA COÇA DE PAU DURO! — Os quatros alterados. —
Alice: A Vitória não vem?
Camila: Ela tava aqui mais foi ficar com um menino e até agora nada, daqui a pouco volta apanhada. — O viado riu. Gastei minha onda todinha com eles, dancei muito que sentia minha perna bambear e a cabeça tava girando. Encostei num carro vendo alguém vim empurrando todo mundo pela frente, quando consegui ver direito engoli a seco. —
Zatão: QUAL FOI DA TUA, CAROLINA? — Me pegou pelos braços, o olhar pegando fogo e a respiração pesada. — EM PORRA!! Ta fazendo o que aqui? — Me balançou. —
Carolina: Para, cara, me solta eu em! Vim curtir, posso não?
Zatão: Lógico que não! Você tem uma filha pra criar, porra, cadê a menina?
Carolina: A MINHA filha está bem cuidada e em bons braços. Ah que saber... não te devo satisfações, me erra! — Num solavanco eu me soltei dele e sai andando sentindo os olhares na gente. Ele veio atrás e me puxou pelo braço. — Me solta, Ícaro!
Zatão: Te soltar uma porra, aqui não é lugar pra você tá entendendo? É a última vez que você vem rachar a cara em baile.
Carolina: Ih sai fora você não me manda! — Empurrei ele. — Não quer que eu venho pra não ver você desfilar com sua ex na garupa?
Zatão: Deixa de ser idiota, garota. Aquela mandada não é minha ex!
Carolina: Ta mentindo pra mim, poxa? Logo eu que vi. — Falei no cinismo. — Me poupe!
Zatão: To mentindo não! Dei só uma carona pra mina. — Soltei um riso debochado e esbocei um ATA. — Ri mesmo filha da puta, acha que não vi você jogando pros garotos que tava atrás de sua tropinha né? Tá com o cu cheio de cachaça dando mole pra macho.
Carolina: Ih para de querer virar pra mim. — Sai andando novamente. Sentia minha cabeça explodir de dor. —
Zatão: Espera aí, Carolina, que vou buscar a moto se você sair daí vou passar com ela por cima de você. — Ele saiu andando e eu aguardei só pra não ter que andar isso tudo. Caminhada muito longa rs! Logo ele voltou, subi e ele arrancou com tudo, firmei as pernas e não segurei nele. Hum. — Quero só ver como vai amamentar a criança com o rabo cheio de cachaça! — Gente eu já tinha comido, vomitado, tomado banho e agora to deitada e ele ainda tá falando. —
Carolina: Ai me deixa, cara! Apaga essa luz. — Ele ainda fez hora, cobri minha cabeça e rapidinho barguei.

- METADE DO FIM! - EM PAUSA.Onde histórias criam vida. Descubra agora