21.

5.4K 377 28
                                    

Carolina: Para de ser sem o que fazer. — Falei balançando a Mel no bebê conforto. —
Sheila: Quê que tem é só um mêsversário!
Carolina: Ela nem entende das coisas ainda, melhor não, tia. — Amanhã a Mel ia completar um mês de nascida e ela inventou de fazer uma festinha, com bolo e balão. Achei desnecessário porque é um dinheiro gasto atoa. —
Sheila: Ta vendo como sua mãezinha é chata? — Falou com ela que abriu um sorriso todo banguela. É muito meu amor, sério! Todos estavam apaixonados com minha filha, ela nasceu um bebê tão lindo que até eu duvidei de ter saído de mim. Mas o pai era muito lindo, só tinha a cor do petróleo, mas era lindo! Uma pena ele não querer ter aceito viver esse momento.

Já o Ícaro é apaixonado na garota, fala pra todo mundo  que a menina é dele, meu pai até brigou por causa disso e ele sustentou. Com isso meu pai voltou a querer se relacionar comigo, mas não é a mesma coisa e nem vai ser.

As vovós babam, minha mãe nem saindo não tá. Me ajuda sempre, mas quando chega na madrugada é só eu mesmo que banco. Camila nos primeiros dias era amor da tia pra cá e pra lá, mas rapidinho a empolgação passou e ela nem sequer para em casa pra ver a sobrinha.

Eu andei ligando o foda-se pra tantas coisas sabe? Que pra mim tá sendo tanto faz e tanto fez! O que importa é minha menininha com saúde e perfeita.

Falando em perfeição, ficou uma cicatriz bem pequena na cabeça dela e nisso o doutor me fez entrar com um processo na costas da médica que fez meu parto. O instrumento que ela usou era proibido o uso, a não ser que eu estivesse desmaiado ou a cabeça do neném já estivesse pra fora, mas não. Ela tirou de lá de dentro.

Eu até estou mexendo com esse processo, tudo indica que ela perderá o cargo e eu irei receber uma indenização. Mais isso é o de menos, eu agradeço mesmo é por minha filha não ter tido nenhuma sequela.

Estava só pela espera em que ela completaria três meses para que eu a apresentasse na igreja evangélica. Minha vó já queria que isso acontecesse antes, mas eu quero esperar por esse tempo.

Zatão: Cadê a princesa do pai? — Invadiu meu quarto de madrugada. A Mel tava acordada e eu conversava com ele pelo wpp, tava de plantão e largou agora as três da manhã e veio pra cá. Quando a Mel escutou a voz dele deu um sorriso. Essa é toda sapeca. — Ih tá acordada até agora é? Só dando trabalho pra sua mãe, filha. — Deu um cheiro nela e ela se arreganhou ainda mais, soltou uns sonzinhos pela boca. —
Carolina: To tão cansada, amor. — Soltei um suspiro e ele se sentou do meu lado, ficou com a Mel nos braços. — Ta cheiroso em! — Dei um beijo no ombro dele e ele sorriu. —
Zatão: Passei em casa antes de vim pra cá. — Ficamos ali só de olho na nossa filha, percebi que ele tava com sono e peguei ela. —
Carolina: Dorme, amor, eu me viro aqui. — Falei levantando, coloquei o peito pra fora e deixei ela mamando enquanto balançava de um lado pro outro. —
Zatão: Quer que eu coloco ela pra arrotar?
Carolina: Pode deixar. — Dei um meio sorriso e fiz ela arrotar, coloquei um bico na boca dela e ela fez hora pra pegar, mas quando pegou também respirei aliviada. Sabia que ela ia dormir até ao amanhecer. Coloquei ela no berço e cobri com a manta, apaguei a luz e deitei na cama. — Boa noite! — Beijei a costas nua dele que já tinha apagado. Fiquei abraçadinha naquele corpo quente e dormir.

Levantei às oito e meia da manhã juntinho com a Melissa. Dei nela um banho, coloquei um roupa confortável e fresquinha, esquentei um chá e botei na chiquinha, esperei esfriar e dei a Mel.

Deixei ela no carrinho na porta do banheiro enquanto tomei um banho bem rápido, me vesti com um vestido e sai do banheiro. Tirei a chatinha do carrinho e fui pro quarto, dei ela o bico e deixei deitada na cama do lado do Ícaro.

Flávia: Me da ela aqui pra você almoçar. — Entreguei a Mel pra ela e finalmente fui comer. Tinha arroz, feijão, purê de batata e frango frito, boca saliva até demais. Comi rapidinho pra poder pegar a Mel. — Eu vou lá, beijo, com Deus!
Carolina: Com Deus, mãe! — Ela ia viajar pra São Paulo a trabalho. —
Flávia: Eu volto pra apresentação, ta?. — Concordei. Faltava 15 dias pra Mel completar três meses e nesse dia já estava marcado pra ser apresentada.

Minha mãe nos deu um beijo e se foi deixando eu e a Mel só, em casa. Camila tava quase que morando na casa de um boy aí.

Lorraine numa prostituição que só, pegou um bandido do Braúna e depois começou a colar com os meninos da BK, ih deu mo treta e quase que a Barbie fica careca. Agora tá num tal de visitar macho na cadeia.

E a Vitória nem bota a cara na rua. O tio dela mandou dá uma coça nela por causa de uns vídeos aí, que a bichinha tá marcada até hoje! Morre de vergonha de pisar na rua.

E eu a cada dia que passa agradeço a Deus por não ter passado pelo o que elas passaram. No início da minha gestação fiquei tão inconformada porque não ia poder acompanhar as meninas, mas hoje eu percebi que galinha que acompanha pato morre afogado.

Alice: Me da esse pedaço de asfalto aqui. — Pegou a Mel do meu colo e sentou no banco. —
Carolina: Não fala assim da minha filha, sua rata! — Peguei a toalhinha e bati nela. —
Alice: É muito meu amor essa garota. — Encheu a Mel de beijos. — Ih não resmunga pra mim não em.
Carolina: Para de atormentar minha filha, para. — Falei rindo. — Você tem visto a Rafaela?
Alice: Uhum. — Colocou a Mel no carrinho e balançou com o pé. —
Carolina: Hum... esses dias vi uma mensagem dela no celular do Ícaro.
Alice: Af você é muito boba. Se isso tivesse acontecendo comigo eu já tinha pulado nela e desimbolado.
Carolina: Eu prefiro ignorar sabe, amiga? Ele nem me assumiu, não me pediu em namoro e nem nada. Nosso relacionamento é fixo, mas sei lá.
Alice: Nada disso, ele te assumiu como mulher, é pai da Melissa e você acha que ainda não tem nada sério? Fica então com outro pra você ver o problema que vai da.
Carolina: To correndo de problema, amiga. Por isso que prefiro ficar na minha, só cuidando da minha filha, nem esquento cabeça não sabe?
Alice: Se eu fosse você tirava satisfação mesmo com ele! Eu em nunca que ex de homem meu ia ficar mandando mensagem pro celular dele. Ata. Num to morta! — Ri do modo que ela falou. — Muito boba você.

- METADE DO FIM! - EM PAUSA.Where stories live. Discover now