27.

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Cinco meses depois...

Eu até hoje não conseguir responder a minha filha se o pai dela ia vim. A trocação naquele dia durou a noite toda e quase toda a manhã, só parou porque a polícia interveio. E com isso muitas pessoas rodaram, inclusive Ícaro, está preso no artigo 33, 14 e 16, 131.

Nesse meio tempo o Messias veio ao mundo dentro do presídio de Bicas 2. Foi tão humilhante para mim e para o meu filho que não merecia isso. Eu fiquei com tanta raiva do Ícaro que estou a exatamente dois meses sem o visitar, só cuidando dos meus filhos.

Ronaldo: CAROOOL CORRE AQUI! — Apareci na janela com o Messias pendurado no peito. — Sua irmã tá apanhando lá na praça. — Arregalei os olhos e sai da janela, tirei o meu filho do peito e sai de casa. —
Melissa: MAMÃE ME ESPERA. — Veio toda histérica atrás. Ajeitei o Messias no colo e fui andando rápido até a praça enquanto o Ronaldo me explicava o que tinha acontecido. —
Ronaldo: Ela ficou com o boy da Lorraine e é a Lo que tá batendo nela! Ta com tesoura e tudo!
Carolina: Porra, nera amiga elas?
Ronaldo: Mais sua irmã pilantrou ela ué! — Não rendi porque se ele tiver falando a verdade, tem nem como de defender a Camila. Quando chegamos ela tava de joelhos, com a cara toda ensangüentada e o cabelo no ombro. Entreguei o Messias pro Ronaldo e corri até elas, empurrando a Lorraine. —
Carolina: Para com isso, pirou?
Lorraine: Eu vou matar essa vagabunda, Carol. — Ela quis passar e eu a segurei. — ME SOLTA!!! Me solta. — Pediu chorando. — Essa piranha, desgraçada, talarica me traiu. Eu fiz tudo por ela, cobrei boi, entrei na bala por ela pra ela me atacar dessa forma. — Ela dizia indignada. — Você não merece ter esse lixo como irmã.
Carolina: Ei, lora, acalma! — Segurei no rosto dela. — Não vale a pena você brigar com ela por causa de macho escroto.
Lorraine: Meu namorado não tem culpa de nada! — Esbravejou. —
Carolina: Eu sei. Eu sei. Pensa na nossa família, de como éramos amigas antes de vim morar aqui.
Lorraine: Eu não penso sabe por quê? Porque ela não teve consideração nenhuma por mim, pela nossa família, pela nossa irmandade!!!
Carolina: Shi!!! Sei como está se sentindo, vamos conversar em casa? — Ela assentiou e eu tive que sair com ela, só peguei o Messias e puxei a Mel pela mão. Desta vez a Camila ia ter que ficar pra trás, porque a Lorraine tava desorientada e eu precisava de dá conforto pra ela. — Não chora, irmã. — Pedi com um nó na garganta. —
Lorraine: Eu to puta, cara, puta!!! — Chorou. — Eu fazia de tudo por essa menina e ela me retribuiu desta forma. Cara esse é o pior tipo de traição que alguém pode receber. Essa puta dormia era na mesma cama que eu, comia do meu prato, dizia sempre pra mim confiar nela e olha onde a confiança foi hoje, pra dentro do meu cu.
Melissa: Chora não, tia. — Lhe fez carinho e a Lorraine beijou a mão dela. —
X: Qual foi, Lorraine. Quero trocar uma ideia com você.
Melissa: Vovô! — Ela correu pro colo do meu pai. Hoje em dia ele é um amor e só com ela, custou a aceitar, mas hoje mima muito a netinha. A Lorraine levantou e saiu com ele pra varanda, Messias tava procurando peito e eu dei. —
Renato: Fica suave que eu vou resolver. — Voltou depois de um tempo falando. — Vai ficar aí ou vai lá pra casa?
Lorraine: Vou pra casa, pai, porque se ela brotar aqui vai ser sem massagem.
Renato: Vou te levar, bora!
Carolina: Tchau, meu amor, fica bem! — Dei um beijo na testa dela e ela retribuiu o beijo em meus filhos, dei um abraço no meu pai e eles se saíram. —
Melissa: Mamãe porque a tia Lo bateu na Camila?
Carolina: Coisa de adulto, filha! Agora vai ver se você acha o celular da mamãe por favor.

📲:
Carolina: E foi isso que aconteceu...
Flávia: Eu já to chegando em casa e se essa filha da puta tiver aí eu vou amassar ela na porrada! Muito desgraçada!!! Eu to decepcionada com ela, namoral.
Carolina: Ain mãe não fica assim não, são coisas que acontecem mesmo...
Flávia: Mais eu não ensinei, tem nem um histórico desse na nossa família pra ela se espelhar e por que tá fazendo? Juro que eu não sei mais o que faço com ela... — Respirou fundo. — Olha sinceramente, vou pegar meus netos e fugir daí!
Carolina: Ninguém tira meus cabritinhos de mim! — Falei na defensiva e ela riu. — Vou desligar.
Flávia: Tabom, já to chegando já! Ah merda era só o que me faltava ter blitz.... — A voz foi ficando distante e logo a ligação se encerrou.
📱

Deixei o Messias no bebê conforto e dei ele o bico pra parar de resmungar. Fui olhar a Melissa e ela tava escrevendo no quadro de brinquedo que a vó Sandra deu ela.

Fui a cozinha e fiz café, olhei se ainda tinha pão no armário e como tinha preparei três mistos. Dei um a Mel com café porque ela gosta muito e comi também. Depois ficamos no sofá assistindo tv.

Flávia: Olha só eu vou te matar, garota! — Ela entrou com a Camila e eu já estava quase cochilando no sofá. Sentei ainda sonolenta e reparei o rosto da Camila vendo os hematomas. —
Camila: É só matar, ué. — Disse arrogante, alterada. —
Flávia: Tá gritando comigo por quê? Esqueceu que eu que sou a mãe nesse caralho! — Deu um tapão nela. — E pode ir falando baixo que se você acordar as crianças vai olhar.
Camila: Vou olhar o cacete, não é filho meu. — Saiu resmungando escada a fora. Minha mãe se sentou no sofá e respirou fundo. —
Carolina: Mãe ela já tá de maior, não é mais responsabilidade sua. Tanto que a gente faz pra ajudar e ela não muda, poxa.... deixa ela quebrar a cara, uma hora aprende.
Flávia: Quebrar a cara mais quantas vezes?
Carolina: Olha pode até demorar mais um dia ela se endireita, se tá assim é porque a gente ainda da corda. Defende, se importa... ela tá merecendo o desprezo, corta a pensão, bota ela pra correr atrás das coisas dela.
Camila: Ué minha filha agora tá querendo mandar até no meu dinheiro? — Apareceu do nada. — Já tomou a casa, meus pais, e agora quer tudo que é meu? — Debochou. —
Carolina: Nunca precisei, Camila.
Camila: Ata. — Riu. — Tá mandando ela me tratar assim porque não pode ser igual a mim, né? Dois filhos na costas pra criar, sabe nem quem é o pai de um.. o pai do outro tá preso! Tá querendo falar da minha vida por que sendo que a sua nem exemplo é?! — Levantei sentindo meu corpo todo arrepiado, não dei tempo de ninguém se tocar e voei nela acertando seu rosto com um soco. —
Carolina: Não abre a porra da sua boca pra falar dos meus filhos! — Ela do jeito que é veio pra cima de mim e naquele momento queria muito respeitar minha mãe, mas quando a Camila me jogou no chão eu também reagi batendo nela. —
Flávia: Para, Camila, solta sua irmã! Solta... — Puxava a Camila mais eu não dei trela, continuei chacoalhando a cabeça dela e acertando seu rosto. Ela como ficou tempo na pista, trocando com varias na rua, me acertou firme também. — PARA INFERNO. — Ela acertou um soco na Camila que levantou com tudo indo pra cima dela. Mãe é sagrada! Peguei ela pelos cabelos e joguei no chão, chutei a cara dela com tanta força que o nariz sangrou na hora. — Para, filha. — Me afastou. —
Melissa: Mamãe. — Veio chorando até a mim. Naquele momento eu caí em si, olhei chorosa pra minha mãe. —
Flávia: Sobe pro quarto com ela. — E assim eu fiz. —

- METADE DO FIM! - EM PAUSA.Where stories live. Discover now