Capítulo 10: Doente

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- O que é?

Perguntei ao perceber que ele me olha de uma forma estranha, mas mesmo assim dou de ombros e caminho em direção a porta, mas ele segura meus ombros e me coloca onde eu estava de novo, encostada no sofá, mas agora suas mãos estão presas no mesmo, me prendendo entre ele e o móvel estofado.

- O que foi, cara? Enlouqueceu?

- Não. Só vamos terminar aquela conversa.

- Não tem o que terminar! Eu já disse o que tinha para dizer a você! - Empurrei seus ombros mas ele nem se mexeu.

- Eu sou melhor que ela. Vamos! Me dê uma chance!

Rapidamente neguei com a cabeça e continuei a empurra-lo. Meu Deus! Que agonia.

- Pare com isso! Me deixe sair daqui! Por favor!

Ele negou de novo e o meu desespero só aumentou quando senti suas mãos descerem para a minha bunda e a apertar com vontade. Ele não tem pegada e isso dói.

- Eu sou melhor que ela. - Tornou a repetir. - Você precisa me dar uma chance, Normani. Você vai ver.

Eu não consigo lhe dizer nada, estou assustada demais para mais alguma ação a não ser o olhar fixamente, sem reação alguma.

Ele subiu suas mãos por minha costa e voltou a descer para o meu bumbum, mas aí as firmou na minha cintura. Elas se moviam lentamente e o que eu tinha era nojo, nojo dele e dessa... Merda toda!

Quando sua mão parou na parte interna da minha coxa, próximo a virilha, eu reagi e meti a mão no sei rosto lhe acertando um tapa.

- Nunca mais faça isso! Idiota!

Gritei com ele e saí correndo o mais rápido possível, com medo de que ele me agarre ou me alcance.

Eu chorei a tarde toda e nenhuma das meninas vieram meu procurar. Também não tive mensagens, eu só queria um abraço delas. Porra, Normani!

P.O.V Dinah Jane

Talvez eu seja uma covarde por fugir dela, uma pessoa que me faz feliz. Mas eu só estou tentando entender o que está acontecendo com ela. Eu não quero ser usada de novo, eu não quero ser iludida de novo, isso machuca de verdade e eu não quero que isso aconteça outra vez.

Por isso estou procurando a me dedicar apenas no pequeno ser, que agora está com febre. Eu acho que é aquela tal de febre emocional ou algo parecido. Não me julgue! Eu nunca lidei com uma coisa dessas, na verdade já mas era diferente, eram meus irmãos.

Eu sei que ela morre de saudade da mãe dela, e eu não sei o que fazer para essa dor e esse sentimento passar, mas, em compensação, agora ela está enrolada em cobertores e assistindo TV enquanto eu termino de falar com a minha advogada, estava quase tudo pronto para mim receber a guarda definitiva de Beatrice e amanhã já poderíamos voltar pra casa. Não sei se ela vai gostar de casa, eu tenho uma casa só minha, mas por agora eu vou ficar nos meus pais que é bem melhor, eles vão me ajudar e Bea precisa conhecer eles e conhecer os meus irmãos. Tenho certeza que ela vai adorar e vai se sentir muito amada no meio daquele povo todo.

- Mamãe... - Falando nela, a pequena chama por mim e eu desvio meu olhar do tablet para ela. - Acabou o desenho.

Ela sai do meio dos cobertores e desce da cama em uma rapidez absurda, corre até mim e sobe em minhas pernas.

- O que está fazendo?

- Conversando com a advogada. - Ela deita a cabeça nos meus seios e me olha.

- Posso chamar a tia Mani?

Mas não era ela que estava triste com a Normani? Ai, meu Deus.

- Acho que a sua tia Mani deve estar cansada agora, meu amor.

Our Little Girl - NorminahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora