Capítulo 10: Doente

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P.O.V Normani

Quando eu e Val fomos tomar café da manhã, nenhuma das meninas estavam mais lá. Acho que se alimentaram e foram procurar o que fazer, e eu comi sem ânimo algum ao lado do meu namorado de mentira.

- Por que só está nós dois aqui? - Ele pergunta interessado em puxar algum assunto, mas eu não estou para conversas.

- Porque elas comeram e depois saíram da mesa? - Disse obviamente, alternando meu olhar para o meu garfo e a minha panqueca.

- Elas não gostam mais de você, Normani.

- E muito menos de você.

Ergui meu olhar para ele e logo me arrependi. Aquele sorriso nojento estava lá e eu tive que voltar a olhar para o meu prato e comer o mais rápido que eu conseguir.

- Tá com medo de mim?

- Eu quero mesmo é ir embora daqui.

- Normani. - Ele segura o meu braço e eu tento puxar, mas ele faz eu olhar em seus olhos.

- Caralho, o que você quer?

- Não é óbvio?

Óbvio que eu comecei a rir e a forçar o meu braço para trás, tentando sair do aperto da sua mão.

- Cara, desiste dela. Ela já te odeia e eu sei que você gostou do meu beijo. Dinah não é nada comparado a mim.

- Infelizmente eu tive um momento de fraqueza e acabei beijando você. E a Dinah é TUDO e você é um nada. Agora me solta!

Eu estava prestes a gritar ajuda por alguém. Val nunca tinha me tratado assim ou falado essas palavras para mim, mas estou tentando ser o mais calma possível.

Não consegui.

- Preciso conversar com vocês dois. - A voz enjoada da Tara faz ele soltar o meu braço e eu não sei se a agradeço por isso ou fico puta por ela sempre estar no meu pé. - A sós.

Larguei o garfo no meu prato e me levantei. Que droga, nem terminei de comer. Filha da puta!

Mentalmente me despedi da minha comidinha e segui a Taranajura pelo hotel, até chegar em uma espécie de sala. Onde que ela encontra essas coisas tão facilmente num hotel tão grande como esse? Eu hein.

Me encostei em um dos sofás e cruzei os braços esperando que ela começasse o falatório.

- É o seguinte. Você, Normani, precisa ser mais natural. Sério, que porra era aquela? Chorando?

Pronto. Vai começar. Mais uma vez, mais uma cobrança e mais um sermão. Ninguém merece.

- Eu não mando na porra dos meus sentimentos!

- Eu não tô nem aí para os seus sentimentos! Só quero que aja naturalmente! O que acha que as pessoas vão pensar em te ver chorando enquanto abraça o SEU namorado?

Vão achar que ele é louco e você é mais ainda!

Eu juro que só não soco essa mulher porque meu contrato não deixa, mas eu ia deixar um belo roxo no olho dessa tábua de passar roupa!

- Da próxima eu quero mais naturalidade! Ria olhando para ele, finja que ele é a Dinah.

- Que? Você tá louca?

Ela balançou a cabeça em negativo e ajeitou sua bolsa em seu braço e saiu andando para fora da sala, me deixando sem resposta e puta.

Desencostei do sofá e só aí percebi que o meu outro rabo ainda estava na sala.

Our Little Girl - NorminahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora