Capítulo 8: A conversa I

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- Polisso que eu vou embola!

- Embora? Não, cindy (de cinderela) você não precisa ir embora. Eu e sua mãe estamos tristes mas isso não quer dizer que a gente não te quer por perto. Você é a nossa alegria agora.

- Não palece. Eu só tago mais tisteza pa vocês. - Um biquinho irritado se formou em seus pequenos lábios e eu sorri.

- Olha... Me desculpa por dizer aquelas coisas a você mais cedo, okay? Eu não estou em meu melhor momento, um dia você vai entender, mas eu te amo, certo? Eu estava com raiva e disse aquilo tudo sem pensar, não deveria. E não faça as coisas sem pensar antes, okay? Nunca! Isso pode causar problemas. Quanto a Dinah, eu a amo muito e é isso que você precisa saber.

Ela nada falou e abaixou seu olhar para as minhas mãos.

- O que foi?

Seu olhar levantou de novo e parou na barraquinha de algodão doce atrás de mim, já que eu ouvia uma voz jovial gritar pelos mesmos.

- Eu quelo dois e eu te ajudo a namolar a mamãe.

A olhei indignada por tamanha audácia. Mas cedi os algodoes doces a ela, já que não tinha muito a ser feio.

- Trato feito, pigmeu.

Nós compramos o algodão doce e ela me abraçou e eu não podia estar mais feliz por este abraço. Seu coração é puro e ela consegue perdoar as minhas palavras rudes muito facilmente, eu não reclamo, claro, mas é fofo.

- Vamos voltar para o Hotel. As meninas devem estar preocupadas com você.

...

Bea veio nos meus ombros e enquanto ela sujava meu cabelo com aquele doce grudento, eu estava pensando em como eu e as meninas estamos afastadas uma das outras. Aconteceu tudo rápido demais, uma cai e todas caem juntas e a gente está tão mal que não consegue se ajudar e eu sei que a culpada de tudo foi eu, mas chegar e ver como elas dão muito mais atenção a Dinah do que a mim me machuca demais. Estou distante delas e isso é horrível.

- Meu Deus... - Sussurrei tocando meu cabelo que estava grudendo por causa do açúcar. - Você vai lavar meu cabelo.

- Não vou não! - A tirei dos meus ombros e a deixei em meus braços mesmo e bati na porta do quarto de Dinah que foi aberta por ela mesma que chorava desesperada e eu quase chorei junto. Eu já disse que odeio ver ela chorar por qualquer coisa? Então...

- VOCÊ SEQUESTROU A MINHA FILHA!

Ela gritou comigo, puxando Beatrice dos meus braços. Eu não pude fazer nada, na verdade eu estou sem reação alguma e eu só sinto ela me socar dizendo palavras horríveis. Eu sei... Ela está magoada e eu estou deixando ela me socar até que pare sozinha e eu nem liguei para o fato das meninas estarem nos assistindo e não estarem ajudando a nos "separar" porque fizemoa uma regra de nunca separar a briga dos casais.

Minha barriga e peito ardiam pelos socos de Dinah, mae não ardia e doía menos que meu coração por vê-la chorar tão desesperada. Céus! Ela está tão machucada. O que eu fiz?

Seus braços estão apoiados no meu peito e eu abraço sua cintura com toda a calma do mundo. Até parece que meu coração se encheu de novo. Ela soluça contra o meu pescoço e eu tento encontrar respostas para isso tudo, para nós duas.

- Dinah... - A chamei enquanto ela ainda chorava, mas eu não tive resposta alguma. - Hey...

- Cala a boca, droga.

Fiquei calada por um tempo tentando ver se ela se acalmava, e para ajudar, meus dedos passeavam pelos cabelos da sua nuca e isso funcionou. Ela se afastou e ajeitou seus cabeloa desgrenhados e caminho para um pouco longe de mim.

Senti um completo vazio quando tive que solta-la, mas tenho que tentar tê-la de volta para meu coração se encher de novo, certo? Certo.

- Bem... Antes que me acuse de novo, eu não sequestrei a Bea. Eu estava esfriando a cabeça e a vi no parque sozinha. - Me expliquei sem tirar meus olhos dela que por sua ves não me encarava de volta. - A gente conversou... Ela me perdoou, sabe?

- Que bom. Ela tem educação.

Não contive a vontade de rolar os olhos então o fiz.

- Sim, ela tem...

Ela sabe que precisamos conversar já que a gente nunca fez isso desde a traição. Da uma vergonha dizer que traí, mas eu preciso entender que isso é o fluxo ds gabi.

- Acho que... A gente tem que conversar, né?

Ela, que estava encostada na parede balançou a cabeça em positivo e eu suspirei, olhando o chão.

- Se quiser conversar comigo, passa no meu quarto às 20:00hrs... A porta vai estar aberta e eu juro responder toda a verdade para você se ainda quiser conversar comigo.

Dinah balançou a cabeça de novo e esperou por mais alguma coisa que eu iria falar, mas como não falei, ela virou de costas e passou pela porta.

E se foi.

É isso.

Só me resta saber se ela vai continuar tão brava e fechada desse jeito.


capítulo pequeno pra dizer que; I AM BACK BITCHES!

Our Little Girl - NorminahWhere stories live. Discover now