Lembranças

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Ei ei ei monstrinhos tudo bem?.
Notei que chegou a meta que eu havia estabelecido, que lindo han?. Vocês são capazes de tudo não é?. Meu Deus eu fico até doida com o que vocês fizeram.
O que acham de 12K Leituras e 2K Votos para o próximo capítulo han?. Acham que vocês conseguem?. Eu acho que sim, então bora lá. Se cumprirem está meta eu atualizo antes de sábado.
Enfim, desejo que todos tenham uma boa leitura.

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A madrugada na mansão Jauregui estava agitada para Camila que se remexia desconfortavelmente na imensa cama king size de Lauren.

Naquela enorme casa Camila sentia as lembranças de seu passado virem átona por simplesmente estar morando novamente em uma casa daquele porte, se lembrava de seus pais e sua avó.

Camila se lembrava tristemente dos momentos felizes que tivera antes de ser descoberta e ter que se assumir, se lembrava dos Domingos em família com almoços quentes e reforçados após a missa, das noites agitadas com seus amigos, de sua avó contando histórias de quanto ela era adolescente e o quanto aprontava com seu avô para deixarem seus bisavós de cabelos em pé de preocupação.

Ela se lembrava de tudo, inclusive dos momentos tristes em que passou quando descobriu que não havia passado na faculdade em que queria, quando sua primeira desilusão amorosa aconteceu, quando sua mãe perdeu sua irmãzinha ainda em seu ventre... Camila se lembrava, ainda mais quando toda a verdade veio átona... Quando seu pai a viu com sua namorada trocando carícias em frente ao cinema que havia ido com seus amigos, se lembrava do tumulto que seu pai causou na frente de todos, de seu aperto em seu braço puxando-a violentamente até o carro para voltarem para casa.

Camila se lembrava dos tapas que havia recebido em sua face por seu pai, se lembrava das palavras cruéis que ele proferia enquanto sua mãe apenas os observava calada,  se lembrava de sua avó chorando enquanto pedia para Alejandro parar.

Camila se lembrava...

Se lembrava de mesmo após os tapas de seu pai em sua face, ele a havia expulsado de casa, se lembrava de sua mãe aparecer na porta com uma mochila em mãos após Alejandro joga-la a força no chão e chutar-lhe as costelas.

Camila se lembrava do quanto havia chorado naquele dia, tanto de dor quanto de desespero... Para aonde iria? O que faria? Como sobreviveria?.

O desespero-lhe tomou conta quando dormiu o primeiro dia na rua, abaixo de um toldo de uma loja... Camila se lembrava do frio, da fome, da dor, da falta de esperança e acima de tudo, Camila se lembrava do desespero.

Se lembrava de não conseguir arrumar um emprego, se lembrava do não que havia recebido de seus amigos por pedir apenas um lugar para dormir ou um prato de comida.

Camila se lembrava de tudo, e ficar naquela casa a deixava apavorada, suas lembranças a machucavam, a tomavam para si como um déjà vu.

Se sentia angustiada, com medo.

Camila se levantou da cama em que dividia com Lauren e saiu do quarto, descalça seus pés tocavam silenciosamente aquele chão frio.

A casa estava silenciosa por causa da hora e isso de alguma forma acalmou lhe proporcionando o tempo em que precisava para digerir tudo o que havia acontecido em sua vida.

Lauren não era como seu pai, Lauren não a bateria, não a expulsaria de casa, não a deixaria passar frio e fome... Lauren a amava.

Sentando-se no primeiro degrau da escada em que ligava o primeiro e o segundo andar, Camila abraçou seus joelhos e repousou sua cabeça sobre seus braços, deixando que suas lágrimas finalmente saíssem de seu corpo depois de anos de sofrimento, Camila chorou por horas sem notar.

Fast Contract - Camren G!P | EM REVISÃOWhere stories live. Discover now