- Acho melhor não se aproximar muito, vai que uma louca comece a surtar. - falo tirando sua mão do meu ombro.

Ele nega olhando para Marina e depois volta a olhar para mim.

- O que foi desgraça? - falo quando percebo que ele ainda está me olhando.

- Nada não, estou vendo uma árvore caída ali ó - ele fala apontando - Espero que seja pequena.

- Pequena sou eu meu filho, isso aí é a metade da minha altura. - chegamos perto o suficiente vendo que dá para passar numa boa.

Pelo menos a gente, os menores que vão se ferrar. Chamo Lucas e Bianca e os dois vem apressados.

- Olha, o Pietro vai passar primeiro e depois eu ajudo vocês a atravessar mas não se preocupem que qualquer coisa ele está do outro lado.

- Sem blá blá blá! - Eduarda fala trombando o ombro em mim e atravessa a árvore com Helena.

Ela ao menos fez o favor de esperar a gente do grupo. Nem a nojenta da Marina, pensei que ela era melhor que isso.

Junto minhas mãos para que Lucas coloque o pé passando para o outro lado, assim que vejo Pietro o colocar no chão faço o mesmo com Bianca.

Espero Heitor passar e então subo no tronco vendo Pietro me dá a mão para eu pular.

Olho assustada para frente quando ouço um grito agudo, corremos até lá vendo que não tem ninguém.

- Aqui encima! - ouço a voz de Eduarda e olho para cima a vendo dentro de uma armadilha com Helena.

Rio alto negando com a cabeça, ninguém mandou a otária ir na frente sem esperar alguém.

Nem o casal 2.0 se segurou, caíram na gargalhada também.

Pietro pega o canivete dentro da mochila procurando a corda pelas árvores, assim que ele acha corta fazendo com que elas caiam no chão.

Rio mais ouvindo elas gemendo de dor. Ainda mais quando vejo Pietro segurando a risada por causa da namoradinha, certeza.

Seguimos o caminho quando elas param de choramingar, agora elas estão indo atrás de todo mundo.

Olho para trás quando vejo Lua me chamar, consigo ver uma pontinha de ódio em Helena. Ou talvez seja ela inteira ardendo em ódio.

- Pena que eu não trouxe a câmera, ia ser maravilhoso ver elas de novo lá encima.

- Eu estou cansado. - JP fala limpando o suor com a camisa.

- Amor, a gente está aqui a uns trinta minutos, quer água? - ele assente pegando a água e bebendo.

15 minutos depois

- Eu não aguento mais. - falo sentando numa pedra grande.

Todos param de andar por um minuto, eu só quero minha mãe.

Como o sanduíche natural que trouxemos.

Eduarda e Helena não param um segundo de falar, mando elas fecharem a matraca mas fingem que não me ouve.

Do nada Heitor começa a puxar a camisa de JP, olho sem entender para ele, o mesmo apontava para uma direção diferente da que vamos seguir.

- Não deve ser nada importante, vamos logo com isso. Preciso descansar para a festa.

Reviro os olhos levantando da pedra e limpando a poeira do meu short, seguro na mão de Heitor indo com ele para onde ele aponta.

- Você não fala não? - pergunto mas nem me importo com isso - O RIO! - grito animada, finalmente água, todos vem até nós dois.

- Isso aí Heitor! - JP fala - Pelo menos não vamos precisar dar uma volta para achar o rio, sabia que esse caminho que a Eduarda falou não presta.

A filha do dono do morroWhere stories live. Discover now