The One That Got Away

Chapter XIX

Entro no avião ja procurando onde iria me sentar, após me acomodar fico encarando a janela sem nem prestar atenção na aeromoça que dava as instruções antes da decolagem, tudo o que eu conseguia pensar era que daqui a alguns minutos eu estaria cara a cara com a Júlia.

A ansiedade batia forte e eu tentei me acalmar ouvindo minha Playlist com músicas calmas mas não adiantou então parti para o meu vício mais antigo: comer minhas unhas. Tenho certeza que até o fim do vôo eu estarei com os dedos em carne viva de tanto arrancar unha.

Desço do avião e vou buscar minhas malas, não consigo disfarçar minha ansiedade já que estou andando tão rápido que as vezes esbarro nas pessoas. Pego a mala e vou para a saída e vejo ela, linda mas diferente da última vez que a vi. Ela estava de salto preto, com uma camiseta branca coberta por um terninho cor de rosa com detalhes preto e uma saia cintura de sarja preta não tão colada que estava também por cima de sua camiseta. Seu cabelo não estava mais tão longo, ele ia até a metade de suas costas e estava repartido de lado e solto.

Ela ficava olhando ao redor provavelmente me procurando, quando me viu abriu um sorriso enorme e veio correndo em minha direção. Joguei as malas no chão e ela pulou no meu colo me dando um abraço apertando.

Como senti falta disso.

— Meu Deus você está aqui mesmo! — diz com voz de choro — eu não acredito que veio me ver.

— Eu não deixaria essa oportunidade escapar por nada na minha vida — viro o rosto e beijo sua bochecha.

Ela desce do meu colo e pega uma mala, eu sorrio e pego a outra. Não sei se devo mas pego em sua mão e na mesma hora ela me olha e abre mais seu sorriso. Como ela estava linda.

— Aqui é quente pra caralho, meu Deus, nem parece que ainda estamos no sudeste — ela ri.

— Com o tempo você acostuma — ela aperta minha mão e eu a olho — eu tô louca pra te levar na praia, eu sei o quanto você ama o mar.

"Eu amo mais você, mas ok né" penso.

— Vou amar, mas antes seria ótimo ir pro hotel.

Entramos no carro que a Júlia ganhou assim que entrou pra faculdade e ela parecia estar super animada, ela não parava de falar e de apontar pras coisas nem por um segundo e eu estava achando aquilo a coisa mais fofa do mundo. Quando me viro pra olhá-la comprando uma bala no farol percebo que ela usava um anel de namoro mas logo abaixo de sua mão estava em seu pulso a pulseira que dei quando fizemos 1 ano de namoro, sorrio de ponta a ponta pensando que ela ainda sentia, nem que um pouco, algo por mim.

— Que foi? — ela me olha sorrindo — por que tá me olhando assim?

— Nada Morena, é que você ainda tá usando a pulseira — ela olha pro pulso e cora.

— Sim, é uma linda pulseira — diz olhando fixamente pra rua.

Meu Deus, me dê força pra não puxar essa mulher pro beijo e jogar pro alto todo o plano de reconquistar ela aos poucos.

Chegamos no hotel que ela tinha feito reserva pra mim e subimos pro quarto que é simplesmente o quarto mais lindo que eu já entrei na vida. Ele era cor de pêssego, tinha uma cama king size com lençóis brancos e de frente pra cama uma TV bem grande e na lateral janelas enormes que davam pra uma linda vista da cidade. Lindo o quarto que transarei com ela.

Saio do transe e percebo que ela está falando alguma coisa sobre os planos que ela tinha feito pra que eu conheça os lugares que ela mais gosta enquanto colocava as roupas da minha mala no guarda-roupa. Espera, foi nessa mala que eu coloquei os vibradores e dildos que trouxe pra usar com ela. Arregalo os olhos e puxo a mala, ela me olha confusa e pergunta: