Chapter VI

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Dias atuais

Escrevi e reescrevi muitas vezes o que iria mandar pra ela, eu sei que eu preciso acabar com isso e sei que vai me acalmar conversar com ela de novo, até que lembro:

— Não posso fazer isso — coloco o celular encima da mesa.

— Por que não? Já tava tudo certo mulher — Bruna cruza os braços e me olha com tédio.

— Ela quem pediu pra não mandar mensagens — Catarina me olha confusa.

— Aquele era outro tempo, tinha acabado de acontecer toda a merda — faz sinal pra que eu lhe dê a mão pra e assim faço — manda a mensagem, por favor.

Pego o celular e entro novamente em seu perfil, tento escrever de várias formas até que a Bruna diz:

— Me dá, eu escrevo — e puxa meu celular.

A vejo digitar rapidamente e logo depois me entregar o celular, mesmo com medo me forço a olhar o que tinha escrito.

Camille Vieira:

Oi Júlia, tudo bom? Estive pensando em você nesses dias e quis saber como estava.
17:25

— Ótimo Bruna, me fez parecer uma carente que ainda é apaixonada por ela.

— Mas você é uma carente que ainda é apaixonada por ela — ela ri — tá, desculpa, mas se você quisesse ter dado outro parecer pra mensagem você não teria arregado — levanto uma sobrancelha.

— Um dia eu ainda saio no soco com você.

— Também te amo — Bruna senta no meu colo e me abraça.

Estávamos todas rindo do jeito fofo e estranho da Bruna de demonstrar que se importa com a gente, até que as brincadeiras param quando vemos a Patrícia se aproximando.

— Ah, agora entendi porquê terminou comigo, queria roubar a namorada do seu amigo — nos olha com deboche.

— Na verdade amor eu terminei porque você é meio louca e tentou me enfiar num relacionamento no qual eu te disse que não queria — Bruna se levantou do meu colo e se sentou na cadeira.

— Eu não vou discutir isso na frente da sua nova puta — Bruna se levantou com tudo e foi peitar a Patrícia.

— Melhor ser uma puta do que não se valorizar aceitando migalhas das pessoas — me levantei pra impedir que as duas briguem — você é uma piada Patrícia.

— Seu namoradinho já sabe que você anda traindo ele com a amiga de infância dele?

— Primeiro que o Pedro não é mais meu namorado, segundo que eu não sou que nem você que aceitaria ficar com alguém que ainda tem sentimentos pela ex — olho pra Patrícia e vejo que ela ficou vermelha de raiva — que é? Ainda não aceitou que ela fodia com você pensando em outra?

Nem deu tempo de tentar impedir a Patrícia de dar um tapa na cara da Bruna, quando vi as duas já estavam puxando uma o cabelo da outra, quando fui pedir ajuda pra Catarina vi que ela estava gritando com alguém por ligação. Tentei puxar a Patrícia mas foi em vão, as duas estavam muito puta pra que eu conseguisse acabar com a briga puxando só uma.

Do nada escuto o Pedro gritando e indo puxar a Bruna, agora essa briga acaba, ele puxou a Bruna e eu a Patrícia que não parava de se debater.

— Para porra, já brigou demais, não acha? — digo tentando segurá-la.

— Você é um lixo Camille, eu te odeio com todas as minhas forças — ela grita e eu a solto.

— Então para de brigar por mim e vai pra sua casa — pego sua bolsa que caiu no chão e a entrego — vem, eu te levo pra casa.

— Não preciso disso — disse tentando arrumar o cabelo — eu sei ir sozinha.

A vi caminhar pra longe e quando olhei em volta tinha muita gente olhando pra nós, fui até a Bruna e entreguei seu celular que havia caído no chão.

— Desculpa por tudo isso, não queria que se machucasse.

— Não tem que pedir desculpas, essa vadia que é louca — ri da forma que ela disse.

— Alguém pode me explicar que porra aconteceu? — Pedro pergunta visivelmente bravo.

— Terminei com a Patrícia e vim pro bar com as meninas, quando ela viu a Bruna me abraçando achou que eu terminei porque tava com outra — ele me olhava atentamente — e aí elas começaram a xingar uma a outra e deu no que deu.

— Ela achou que você tava com a Bruna? — assinto — que bom que você terminou, ela é louca — rimos.

— Dá pra vocês pararem de conversar como se eu não estivesse aqui? — a olhamos, nossa, ela tá com a cara vermelha — vamos Pedro, me leva pra casa.

— Ué, você não tinha terminado comigo? — ela se levanta e o olha.

— A gente termina de verdade por acaso? Vamos logo — ele se levanta sorrindo e a beija, legal, fiquei de vela — tchau Cams, obrigada pela briga.

— Tchau Bru, se cuida — a abraço.

Ela se despede da Catarina que estava sentada mexendo no celular provavelmente vendo algo sobre o teatro. Me sento na mesa e volto a beber, até que ela para de mexer no celular e logo começa:

— Que bom que liguei pro Pedro pra te ajudar a separar essa briga — enche o copo de cerveja e bebe.

— Ah sim, nunca no Brasil que você arriscaria um machucado perto da estreia né? — rimos.

— Claro, todo cuidado é pouco — ouvimos o barulho da notificação do meu celular — é ela?

Pego o meu celular e olho pra tela:

Júlia Sales:

Sério? Haha também estava, coincidência não é mesmo? Estou bem sim e você?
17:50

— É ela menina — a vejo abrir um sorriso — vou beber pra comemorar!

— Cams — diz em tom de ameaça.

— Vai ser só pra comemorar, relaxa — encho o copo.

— Sempre que você bebe faz coisas sem pensar — puxa meu copo.

É, realmente.



Opa, sei que o capítulo foi pequeno mas relaxem que segunda eu vou postar de novo (tô animada demais pra ficar sem postar). O que acharam da nova capa? Votem e compartilhem a história, boa noite galera.

The One That Got AwayWhere stories live. Discover now