CAP. 40- A revolta de Alfred.

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As únicas pessoas que permaneciam com Agnes eram a princesa Lorraine e a caçadora do vento. Ambas deram um demorado banho na menina e cuidaram de suas feridas. A garota chorou por todo o período um chiado baixo, magoado, quase sem força que doía a alma da princesa. Já Alicia, sentia ódio de todos aqueles piratas.

— Eu queria cinco minutos com ele! — Soltou entre dentes a caçadora.

— Agora isso não adiantaria mais de nada. — Resmungou a tímida princesa. — Nada vai mudar o que já fizeram com ela.

— Não precisavam nem ser cinco minutos, poderiam ser três! — Alicia pareceu não escutar a princesa.

— Agora vamos colocar algo em seu estomago, te colocar revigorada! — A princesa tentava animar Agnes.

— Eu o cortaria em pedaços bem pequenos. — Continuou a outra menina.

— Alicia! — Berrou a princesa, ficando avermelhada com o próprio berro. — Desculpa gritar, mas vamos encerrar esse assunto? — Disse baixinho cheia de vergonha.

— Você está certa. Vou buscar algo para ela comer. — A caçadora se alinhou e um vento agradável a levantou do chão e ela foi planando até a porta.

— Não a escute Agnes, já a machucaram bastante também. Porém, hoje ela é muito forte, quem sabe um dia eu não me torne forte que nem a Alicia? — Continuou a princesa com um sorriso forçado, enquanto a menina mantinha o fluxo de lagrimas.

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— O que fizeram com ela? — Perguntou Rick, quase com um sussurro. Tanto o Viking, quanto o pirata abaixaram a cabeça, e Ulthed percebendo o modo ao qual os dois pareciam percebeu.

— Eles a estupraram? — Perguntou ele, aquela foi uma das poucas vezes ao qual eu o vi com ódio. Suas mãos se fecharam automaticamente, enquanto ele pronunciava aquelas palavras e quando seu irmão fez um pequeno gesto de sim com a cabeça, ele deu um murro na proa do Quebra-Ondas, que se não fosse por sua armadura, teria esmagado a mão. — Malditos! Eles irão cair, eu juro! — Disse ele para o príncipe.

Para falar a verdade, não tínhamos entendido o que era um estupro, porém, quando o viajante nos explicou o que era, nosso espírito se inflamou. O príncipe ficou incontrolável e foi necessário que Alfred e mais quatro de seus poderosos Vikings o segurassem. Iríamos fazer aqueles malditos sofrerem.

— O que é estuprar? — Perguntou JP, fazendo Arthur me olhar envergonhado. — Você sabe? — Perguntou para o primo, que apenas deu de ombros e me encarou esperando uma resposta.

— Eles forçaram ela a fazer... — Maggie me interrompeu com a mão, me olhando brava. Entendi que aqueles meninos eram muito novos para os termos que eu iria usar.

— Eles forçaram ela...— Repetiu Elric.

— A namorar com toda a tripulação do Capitão Brown. — Disse Maggie depois de pensar em como colocar aquilo em palavras. — A fizeram dar beijos em todos aqueles piratas imundos.

— Eca! — Fez JP com uma cara de nojo. — Isso é muito ruim mesmo... por que eles iriam querer isso?

— Por que eles são maus. — Resumiu Arthur com uma chama em seu olhar. Ele havia entendido o que haviam feito com a menina e pude ver o ódio em sua expressão sempre serena.

— Prestem atenção, todos vocês! — Gritou o Viking. — Vocês possuem uma missão! — Para mim, parecia que o tempo corria mais devagar. Eu nunca pensei que alguém fosse capaz de fazer o que fizeram a nossa amiga. De onde eles tirariam essa ideia? A não ser para esmagar o espírito da pessoa. Corriam lágrimas flamejantes dos olhos do anão, que antes de escorrerem para as bochechas se evaporavam, tamanha era a sua raiva. Enquanto o príncipe desmoronava.

Soleria - A Canção de Dama LuaWhere stories live. Discover now