CAP.18 - Apolônios se apaixona.

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— Podemos sim. — Disse a menina soltando todo o ar de seu pulmão. — Mas vamos fazer algo bom, não quero apenas saber de flores ou coisas do tipo, me prepare algo especial e quero um presente.

— Um presente? — Perguntou o rapaz sem entender.

— Lógico, não teremos um encontro? Você deve me dar um presente, algo bem precioso.

— Precioso? — Perguntou o rapaz incrédulo.

— Sim, se quiser sair comigo é desse jeito, se não, é melhor nem me procurar.

— Lhe darei algo caro, pode deixar. Te encontro em sua casa. — A menina apenas deu com os ombros e voltou a seus afazeres, enquanto o rapaz girava os calcanhares pensando em que poderia fazer para seduzir a menina.

— Isso mesmo Emma, ele é amigo do príncipe e parente do General, vai ser um bom partido para você. — Disse a mãe da moça.

— Bom partido? Esse daí é um perdedor, nunca fez nada que tenha sido reconhecido.

— Para uma cozinheira ele é ótimo, ou você quer um fracassado que nem o seu pai?

— Mas mãe, eu quero o príncipe. Quero morar nesse castelo, quero algo melhor.

— Você conquistando o príncipe Emma? No dia que isso acontecer eu troco o meu nome. — Respondeu a mulher.

— Troca o nome, é? Para qual? — Perguntou a menina, se sentindo divertida.

— Não sei você escolhe.

— Então vai ser língua de trapo, porque a senhora fala muito, e muita besteira. — Disse a menina gargalhando.

— Besteira nada, só acho que é bonita demais para ficar se enganando esperando um príncipe que nem da sua existência sabe, enquanto tem um bom partido como esse batendo em sua porta. Daqui a pouco ele se enche de você e arruma outra, aí você vai ficar chupando os dedos.

— Acho que prefiro chupar o dedo do que. . .— A menina olhou para a porta para ver se o seu inconveniente pretendente realmente tinha ido embora.

— Do que o que menina? — Perguntou a mãe.

— Do que nada mãe. — Disse ela soltando uma alta risada. — Vamos, temos muita coisa para fazer ainda hoje, e tenho que estar pronta para o encontro com o seu bom partido.

⁕⁕

Apolônios vagou perdido para o lavabo, teria que dar algo bom e de valor para a menina, mas não possuía nada desse tipo e seria bem complicado para arranjar, tendo em vista o curto espaço de tempo que teria. Tomou banho na grandiosa piscina, deixando seu corpo gritar de todas as feridas que havia recebido naquele dia. Quando finalmente relaxou, deixou sua cabeça a vagar, sentia uma vontade frequente de vomitar e parecia não mais manter seus pensamentos em ordem.

Sentia-se constantemente ofendido por não ter ido à viagem, junto a Roger e os outros. E todas as ofensas de Ragnar apenas pioravam o seu ânimo. Não entendia o motivo pelo qual o general o tratava tão mal, sempre se mostrava disposto a ajudar, fazer vontades e agradá-lo, mas nada parecia funcionar. Praticamente chegava ao ponto que realmente não dava mais importância para o que ele realmente achava, pensava em seu futuro e a única certeza que tinha era que precisava ter um bom desempenho na guerra que viria. Só assim seria reconhecido pelo general, se tornaria alguém de renome e prestígio em Soleria. Fora a sua principal ambição no momento, que era conquistar o coração da doce Emma.

Novamente sua cabeça matutava a respeito da promessa feita para a moça a respeito do presente precioso.

"O quarto do rei"

Soleria - A Canção de Dama LuaWhere stories live. Discover now