Capítulo XXXVII - Uma Vida por uma Vida (Parte II)

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       Ela fitou o portão, cuja luz verde projetava-se sobre si, como uma grande lareira verde em chamas. Ela respirou fundo e fechando seus olhos e luz entrou em meditação com o intimo e sua magia. Novamente puxou o ar para seus pulmões e o expirou rapidamente fazendo com que uma luz fosse emanada de si, formando um circulo de luz no mármore ao seu redor.

— *Cum sol nocte periit — ela começou a invocar imersa em concentração e poder, invocando os Seres de Luz para o fechamento do portal — Alas diu et, cum luce apparuit — enquanto ela invocava os Seres de Luz, ela podia sentir sua magia se expandindo, indo de encontro as bordas do portal — O filiis lux, ad ostium de claudere mala quæ retribuit mihi? Ego flere! — ela clamou com grande voz — Ego Flere! Ego Flere! — ela clamou pela última vez, ainda mais alto do que a anterior, finalizando assim sua invocação. Ao fim de suas frases, ela abriu os olhos em luz, vendo o portal rodeado de magia branca, que as poucos fora consumindo suas bordas diminuindo seu tamanho pouco a pouco.

        A alguns metros de si, ela ouviu o som dos escombros onde o corpo de Elizabeth havia sido soterrada se movendo lentamente. Ela olhou para o local alarmada, pois a partir dali ela sabia que seria bombardeada com a ira de Elizabeth, o que poderia facilmente parar o fechamento e selamento do portal. Ela tinha de ser rápida. Ela olhou novamente para o portal e logo percebera novos servos das trevas a tentar sair do portal, mas rapidamente ela os queimou com sua magia, destruindo-os ainda dentro do portal. A magia em volta da passagem consumia ainda mais a magia de Elizabeth. Novamente o som dos escombros ficara ainda mais alto, e as pedras sobre o corpo de Elizabeth despencavam rapidamente ao chão, deixando o tempo de Alninaram ainda mais escasso.

       Elizabeth se erguia ainda mais consumida de ódio. A magia ao seu redor formava uma proteção ao seu redor, logo a ajudando a retirar os escombros sobre si. Sua respiração era pesada, furiosa ela se erguia com os olhos cheios de trevas a consumi-los intensamente. Então ela respirou fundo, fechando seus olhos e punhos, logo inspirando o ar devagar. Ela refez o mesmo processo de respiração e inspiração mais alguma vezes, até sentir uma fumaça verde de magia emanar de seu corpo rapidamente e com uma última inspiração, ela abriu suas mãos e os escombros sobre si foram lançados para longe, batendo contra as escadarias e tudo que mais havia em seu caminho, fazendo com que algumas dos pedaços da construção se desfizessem em poeira.

      Elizabeth então olhou para sua barriga, onde a grande lâmina ainda estava cravada ardente em magia dentro de si. Ela então posicionou suas mãos sobre a arma, e fechando os olhos usou de sua magia para retirá-la.

— * Quod si vitro demolior! — e questão de instantes, a magia dela fora sendo projetada para a espada m seu corpo, enlaçando-a como uma corda a se enrolar sobre sua estrutura, e logo a mesma começara a vibrar coeducando por a pequena vibração, até que veio a se tornar intensa. Elizabeth sentia a dor em si aumentar de acordo com que a vibração aumentava, mas então a espada se partiu, explodiu em estilhaços de vidros desfazendo-se no ar em seguida. Elizabeth soltou o ar em uma lufada forte e rápida já livre da lâmina embora tivesse um longo corte que varava seu abdômem acabando em suas costas. Mas lentamente sua carne começou a se refazer como se linhas estivessem sendo costurada e seu corte e logo o fechando.

      Alninaram esperava sua magia corromper os últimos centímetros do portal quando olhara para trás e vira Elizabeth de pé novamente emanando magia de sua pele e livre a lâmina que estava cravada em si a poucos instantes atrás. Ela olhou novamente aflita para o portal e seu últimos centímetros de existência e pôde se sentir mais aliviada ao vê-lo sumir por completo, deixando apenas a imagem do tempo tempestuoso lá fora. Ela se permitiu respirar melhor e desfazer o círculo de magia que havia ao seu redor, finalmente virando-se para encarar novamente sua inimiga de longa data. No entanto, ao virar-se tudo que encontrara fora o vazio, e o som da agua da forte chuva a cair como uma pequena cascata ao chão do mármore quase invisível aquela altura. Ela varreu o ambiente alarmada, já ciente de que estava a mercê do ataque de Elizabeth que poderia vir de qualquer lugar, a qualquer instante, e que no mínimo sinal de descuido de sua parte, poderia lhe custar sua vida.

Meu Imortal - A Maldição De ViktorWhere stories live. Discover now