Capítulo VII - Em apuros

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Boa leitura :D

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          As pernas de Kristen estavam trêmulas. Seu coração por sua vez embalavam em um ritmo alarmante. Os três homens lhe cercavam perigosos, olhares e feições maliciosas, sorrisos sujos e amarelados.

— Por favor, deixem-me ir! — Kristen falou trêmula. Maldições, ela estava tremendo de medo.

— Tu só vais quando acertamos nossas contas, meretriz! Achaste que eu estava morto, hã? — ela não respondeu mas a cada palavra vinda daquele lhe faziam estremecer — Achas mesmo que sou tão fraco a ponto de morrer por uma adaga insignificante? Ou por uma garrafada? Ah, sejamos honestos, essa não fora a primeira vez que uma meretriz metida a beata me golpeia com um garrafa.

— Eu sei que está com seu ego ferido, mas tem de entender que tu me atacaste, não eu a ti. Mas, ainda assim eu peço que me desculpe por aquele infortúnio. Sabes bem que não fora eu que lançara tal adaga em ti — ela tentou defender-se. Ela precisava sair dali, correr e despitá-los. O perigo eminente parecia apitar agudamente em sua cabeça causando-lhe um mal estar agoniante.

— Mas fora por tua causa, maldita! — ele gritou exaltando-se e dando um passo a frente enquanto apontava acusador em sua direção. Ela estremeceu ao som daquela voz que parecia tão irritada.

— Por favor, deixe-me ir. Posso pagar-te e me deixas em paz, o que achas? — a essa hora ela já nem sabia como ainda conseguia falar coisas coerentes. Seus pensamentos estavam a mil igualmente os batimentos de seu coração.

— Achas mesmo que teu dinheiro pagará a minha honra? — ele vociferou — Tu me fizeste parecer fraco quando desmaiei com aquela adaga maldita em minhas costas! Achas que teu dinheiro pagaria isso?! — ela não respondera pois estava assustada demais para debater algo que fizesse sentindo. Ela estava cercada por três brutamontes com o dobro de seu tamanho e nada do que havia dito até agora pareceu acalmar aquele que a xingava sem parar. O perigo estava bem a sua frente com um largo sorriso assustador.

— Por favor, vamos deixar tal episódio para trás, peço perdão por tua honra ferida, mas me agrediste daquele dia! Tu mereceu tal fim! — no momento seguinte ela arregalou os próprios olhos. Como pudera falar tais palavras? Como pudera somente atiçar a raiva daquele o qual ela deveria amansá-lo para que deixe-a partir? Por que não calou-se? Oh céus, agora sim ela estava perdida.

— Ainda tens coragem de abrir tua boca para zombar de mim? Ainda ousas usar de valentia em tuas palavras? Meretriz tola! — ele riu em escárnio, ela deu um passo para trás — Além de vadia és cega? Ou és somente burra mesmo? Não vês que estás cercada por três homens e ainda ousas abrir tua boca para desafiar-me de tal modo?

— Perdão, eu não quis zombar de tua honra, perdão eu não quis falar com estas palavras. Por favor, perdoe-me e deixe-me ir — ela falara trêmula. Seu pedido era uma súplica mal disfarçada que ela rezava aos Deuses para que fosse ouvida. Maldita boca que não calava-se!

— Acertemos nossas contas e então tu parte — ele abriu um sorriso sujo — Aliás, tu não partirás. Pelo menos não andando — ele riu maldoso, os dois outros homens acompanharam o riso daquele ser repugnante. Kristen sentiu as pernas tremerem, seus pêlos eriçaram e sua voz ficou presa na garganta. Ela tinha de sair o quanto antes dali.

Seu coração pulsava tão forte que parecia que a qualquer momento romperia seu peito e saltaria para fora. O suor frio que se instalara em sua testa se formava mais rapidamente e ela jurava que se estendesse suas mãos elas tremeriam tanto que seria comparada a uma velha anciã doente.

Meu Imortal - A Maldição De ViktorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora