Assim que ela termina de falar todo mundo levanta para ir embora o que faz uma bagunça enorme.

E eu continuo sentadinha aguardando bem plena esse povo ir embora.

Cami senta ao meu lado com o maior sorriso que ela pode dar.

- O que foi criatura? - pergunto assustada.

- Eu já estou ansiosa, vamos dormir nos mesmos quartos viu? E tem que comprar roupa, que dia podemos ir no shopping? Vou começar a fazer dieta.

- Calma Camila! Nossos pais ainda nem autorizaram e ainda falta menos de 1 mês para a viagem meu anjo. - falo segurando o rosto dela - Vem, vamos para a sala. - a puxo até a saída do auditório.

Seguimos para a sala morrendo de amores com a turminha do 6°.

Quero viajar com eles, meus novos filhos.

Pena que a escola divide.

Pena? Bagunça, gritaria, todas as salas?

É, desculpa, voei longe aqui.
Obrigada por colocar meus pés no chão

Chego na minha sala vendo que o professor ainda não chegou graças a Deus.

Me sento na mesa junto a Cami que não parava um segundo de falar nessa viagem.

Vejo um homem entrar na sala e eu tapo a boca de Camila para prestar atenção nele.

- Bom dia galera, eu sou Caio Freire e sou o agente de viagens para as escolas. Tudo o que vocês precisam saber é que vai ser uma viagem maravilhosa, apenas 3 dias tá bom? O resto vou resolver com os pais de vocês. É isso, tchau! - ele fala rápido e saí da sala.

♦ ♦ ♦

Estou na última aula de hoje e tá um saco, olho para a cara da professora Liliane - de história - com nojo.

Me viro de costas olhando para Gustavo, eu não sei como mas ele tá prestando atenção na aula dela.

Pego seu lápis rabiscando a mesa dele com qualquer coisa que vinha na minha mente.

- Guga? - Oi bb. - Você vai no baile sexta?

- Vou, aliás sua cama já tem lugar reservado. - rio negando com a cabeça m

- Você sabe que o seu melhor amigo vai chegar nesse dia e vai querer "dormir" comigo. - falo fazendo aspas com os dedos.

- Transa no baile, a cama é minha e sua. - paro para olhar ele e depois caímos na gargalhada.

Ninguém entendeu nada.

Viro para o quadro de novo copiando o que essa cobra escreveu.

Desculpa insultar vocês assim, cobrinhas.

Assim que acabo de copiar levanto a mão.

- Alguma dúvida senhorita Bittencourt? - a puta da professora fala com deboche.

- Não senhora, eu quero ir ao banheiro. - falo sabendo que ela não vai deixar, ela me odeia.

A filha do dono do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora