Eu não queria sofrer ao confessar meus sentimentos para um homem que tinha outra mulher na cabeça, ser meramente uma diversão na vida dele enquanto sofria por outra. Ryan, não tinha esquecido a ex noiva ninguém esquece outra pessoa assim  Até porque no dia do seu casamento eu sou testemunha de como ele ficou mal por ter sido abandonado, era nítido que ele a amava. Eu o encontrei caindo de bêbado em um bar depois de muito procurar nos lugares que ele frequentava, levei para casa e cuidei com todo o meu amor que já havia no meu coração. Nesse mesmo dia rolou nosso primeiro beijo. Entretanto, estava tão fragilizado e bêbado que no outro dia nem mesmo lembrou o que tinha rolado entre nós dois e seguimos como se nada tivesse acontecido. A partir daquele dia decidi agir de forma diferente. Conforme nossa relação se estreitou, eu fingia indiferença e assim era até hoje. Não pretendia criar expectativas além disso. Fora alguns traços de personalidade que me irritavam profundamente nele.
Ryan, era possessivo e demasiadamente ciumento, o que me incomodava e sempre acabava em discussão entre nós.

Sou interrompida pelo telefone que toca em cima da mesa despertando-me dos pensamentos.

— Alô, pode falar, Rebeca? — Indago a minha secretária.

— Dona Maya, O senhor Pablo Osório está  aqui solicitando falar com você.

— O que ele quer? — Questiono estranhando a visita.

— Não sei, dona Maya. Somente pediu para ser anunciado.

— Ok, tudo bem! Pode deixar entrar.

Esse espanhol achava que eu não tinha percebido suas intenções. Seus olhares, galanteios e uma aproximação um tanto forçada para o meu gosto. Inclusive inventou contratar meus serviços para assumir o marketing das peças adquiridas por eles. O que vinha me trazendo uma tremenda dor de cabeça e discussões intermináveis com Joaquim, que achava que poderia me obrigar a aceitar tal coisa visando o bom relacionamento entre ele e o grupo de espanhóis e com Ryan que era exatamente o oposto. Morria de ciúmes e não queria me ver envolvida nessa campanha de jeito nenhum. O que eles não sabiam era que estava pra nascer alguém que me obrigasse a fazer algo que eu não quero nessa vida. A decisão final sempre será minha e eu decidiria se aceitaria ou não.

— Olá, senhorita, Campos. — Cumprimentou-me assim que abriu a porta da minha sala. — Percebeu que estou falando fluentemente sua língua? Daqui a pouco poderei vim de férias ao Brasil. — Sorriu, abrindo os últimos botões do elegante terno que vestia. — Posso me sentar?

— Claro que sim! — Indiquei a cadeira na minha frente. — Em que posso ajudar, senhor Osório? — Mantive a diplomacia.

— Nada de formalidades, para você sou apenas Pablo. — Ele encarou-me sedutor.

— Ok, Pablo!

— Quero te convidar para almoçar pessoalmente, já que todas as vezes que chamei por intermédios você nunca consegue um tempo para me acompanhar.

Lancei-lhe um sorriso amarelo completamente sem jeito e tento pensar rápido em uma maneira de me livrar do convite do espanhol.

— Infelizmente tenho muito trabalho acumulado, impossível eu deixar a empresa nesse momento. No entanto, se não se incomodar, poderíamos almoçar aqui mesmo no refeitório da empresa. O que acha?

— Me contento com essa opção se me prometer que antes de eu voltar para Espanha vai me acompanhar para jantar ?

— Tudo bem, promessa feita! — Digo satisfeita que pelo menos por hoje tinha me livrado das investidas do espanhol.

Ao menos, contava que sim.

Algum tempo depois caminhamos lado a lado rumo ao refeitório e acabo torcendo para que Ryan não nos visse almoçando juntos. Do jeito que era ogro, acabaria cometendo alguma gafe com o espanhol e nos expondo sem necessidades. Minutos depois sentamos frente a frente, degustando o almoço e um papo agradável sobre as belezas e cultura do seu país acabou surgindo entre nós. Mas em todo momento fazia questão de manter uma distância segura dele. Não que ele fosse má companhia ou tivesse tentado algo que me desrespeitasse, pelo contrário, era bastante galanteador e agradável. Entretanto, sabia que seu único interesse no Brasil era o trabalho e um pouco de diversão que poderia ter depois disso. Como eu estava longe de servir de distração para alguém, acabei por fugir das suas investidas.

Ele como todas vezes tenta me convencer a aceitar a proposta de assumir a campanha de marketing da próxima linha adquirida por eles de louças na Espanha. Eu agradeço educadamente e nego mais uma vez. Ele enfim parece se dar por vencido, resolvendo assim encerar falar de assuntos de trabalho. Então, acabo ouvindo suas histórias e me divertindo com suas aventuras em Madri. Algum tempo depois ele diz:

— Bom, acho que terminamos. —  Ele lançou-me um olhar bem humorado para nossos pratos vazios na mesa.

— Pois é, o papo estava tão agradável que nem senti. — Acompanho seu olhar. — Mas infelizmente o dever me chama.

Faço menção de me levantar quando numa fração de segundos sou impedida por ele.

— Esqueceu do mais gostoso?
Estreitou os olhos de forma sedutora. — A sobremesa. — Completa oferecendo-me uma piscadela, pegando em minha mão por cima da mesa.

— Obrigado, mas ela não é chegada a doces.
— Uma voz já conhecida por mim diz ecoando por meus ouvidos fazendo-me estremecer por dentro.

Era Ryan, agora sim aquele almoço não terminaria nada bem.

Essa foi a apresentação de Maya Campos

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Essa foi a apresentação de Maya Campos. E uma palinha do nosso casal ogro. Maya e Ryan chegaram com tudo em Destino próximo livro da trilogia. Muitos de vcs já conhecem, mas garanto que o livro dela e de Ryan está ficando ainda mais quente e muito melhor que o primeiro.

Aguardem!!

Bjs da Su 😘🙏

Predestinados/Relançamento❤️Where stories live. Discover now