— Espera, eu te conheço. — Murmuro sem acreditar que era ele. — Meu salvador era o desconhecido da praia.

Pouco tempo depois o silêncio é quebrado quando escuta barulhos de sirene ao redor. Graças a Deus o pesadelo tinha terminado pelo menos até aquele momento. Ainda me restava saber se o desconhecido corria risco de morte.

Depois que os paramédicos chegam, tudo acontece muito rápido. Observo quando colocam o desconhecido dentro da ambulância e o bandido em outra. Instintivamente sigo para o acompanhar na ambulância, mas sou impedida por um policial que diz que primeiro eu teria que ir a delegacia prestar esclarecimentos. Sou conduzida ao distrito mas próximo e lá explico tudo com riqueza de detalhes que aconteceu naquela madrugada. Cerca de 2 horas depois, sou liberada com encaminhamento para fazer corpo de delito e formalizar a queixa contra o homem que tentou me violentar.

Deixo a delegacia e só um pensamento me vinha a mente procurar o desconhecido que tinha me salvando. Pensei se deveria ligar para meu pai e contar tudo que aconteceu, mas desisto ao imaginar que ele faria de tudo para me trancar em casa até que o caso fosse esquecido. Decidi ligar para Maya e contei tudo a ela e de imediato tive sua ajuda. Eu ainda estava traumatizada, não sabia o que fazer ou como agir e Maya foi crucial nesse momento. Ela me ajudou a encontrar o homem que tinha me salvado e antes mesmo de fazer qualquer outra coisa, fui saber notícias dele, que tinha dado entrada no hospital público que ficava do outro lado da cidade.

Cheguei ao hospital juntamente com Maya algumas horas depois e descobri que meu salvador estava sedado aguardando a vez para ser operado e retirar o projetil. Fiquei revoltada com tamanho descaso e no  mesmo instante arrumei tudo para que ele fosse transferido para um hospital particular e fizesse a cirurgia o mais rápido possível. Agora eu estava em casa me preparando para voltar ao hospital e acompanhar de perto o quadro clínico do homem que me salvou. Eu só queria que ele ficasse bem e não mediria esforços para isso.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Pisco os olhos por diversas vezes e não consigo focar em nada, sinto como se tivesse acordado de um sono profundo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pisco os olhos por diversas vezes e não consigo focar em nada, sinto como se tivesse acordado de um sono profundo. Fecho os olhos novamente e preparo minha visão para claridade que toma de imediato meu quarto. Segundos depois consigo abrir os olhos e vejo cortina e paredes brancas ao redor da cama. Tento me levantar, entretanto não consigo, pois sou atingido por uma dor latente no ombro esquerdo. Encaro o ferimento que está enfaixado até a extensão do braço e acesso preso ao meu pulso. Forço minha mente para lembrar o que tinha acontecido para estar no hospital e a realidade não demora a me atingir em cheio.

Predestinados/Relançamento❤️Onde histórias criam vida. Descubra agora