Predestinados/Relançamento❤️

Capítulo 7

— Detalhe! Não se prenda a detalhes, querida prima. — Conclui correndo olhar por todo salão por cima dos ombros à procura de alguém.

— Vai quebrar o pescoço se continuar dando essa girada de 360° grau. — Comento segurando o riso. — Está procurando, Maya? Ela ainda não chegou. — Concluí.

— Sim, ela está demorando. — Assume. — Achei que já estaria aqui.

— Não deve demorar, falei com ela a poucas horas já estava se arrumando. — Sorri com a falta de paciência do meu primo. — A propósito, o que ela resolveu sobre a proposta de Pablo Osório?  — Se existia alguém que saberia me responder essa pergunta com exatidão era Ryan.

— Não vai aceitar! — Responde com cara de poucos amigos. — Pablo Osório só inventou essa proposta para se aproximar de Maya. — Além disso, tivemos uma tórrida noite de amor e Maya confessou seu amor por mim, combinamos que ela sempre acatará meus conselhos e decisões. É muito amor envolvido. — Ryan, diz erguendo uma sobrancelha convencido.

— Como é que é? — Maya, toca o ombro de Ryan nos interrompendo subitamente. — Está tendo algum tipo de alucinação? — Conclui com ambas as mãos na cintura.

— Já se esqueceu da promessa, Princesa? Depois da nossa noite de sexo selvagem que tivemos a luz do luar. — Ryan diz estreitando os olhos, mordendo o lábio inferior de maneira engraçada.

Eu solto uma gargalhada alta sem me importar com as pessoas ao meu redor.

— Não seja mentiroso! A única coisa que conversamos ontem é que não aceitaria a campainha dos espanhóis unicamente por conta de Joaquim. — Maya diz incisiva. — Pelo fato de querer que seja uma ordem dele e não uma proposta por reconhecimento ao meu trabalho.

— Isso me chama de mentiroso! Me xinga, me pisa, maltrata! Depois que se aproveitou desse corpinho.

Quando Maya estava prestes a responder, meu pai, Roger e Gonzalez se aproximam.

— Boa noite. — Meu pai cumprimenta entre dentes. — Jade e Ryan venham comigo, preciso que conheçam os irmãos MC Alvim.

— Maya Campos também, pois ela faz parte da diretoria. — Ryan faz questão de lembrar demonstrando proteção a Maya.

— Sim, com certeza! — Joaquim concorda a contra gosto. Era nítido que meu pai fazia questão de excluí Maya sempre que tinha oportunidade.

— Não se preocupem se não é nada referente a área que me compete na empresa, não tenho porque ser apresentada a ninguém. — Maya diz de cabeça erguida. —  Com licença, Pablo Osório está me chamando logo ali, vou cumprimenta-lo. — Concluí pegando uma taça de champanhe e se afastando de nós, deixando Ryan irritado.

Meu pai, como sempre, visando relações interpessoais e futuros contratos, circula entre os convidados cumprimentando um a um. A certa altura eu já estava cansada de toda aquelas pessoas vazias que só visam seus próprios interesses. 1 hora depois ele sobe ao palco e faz uma espécie de discurso agradecendo ao grupo de espanhóis, todos os colaboradores da Cerâmica Albuquerque e por último expõe o desejo que a parceria entre as duas empresas perdure por muitos anos.

Por volta das 2 horas da manhã percebi que já tinha cumprido todo protocolo e que minha presença não era mais necessária. Então, não perdi tempo e sai a francesa. Os únicos que me despedi foram Maya e Ryan com a promessa de avisar assim que chegassem em casa. Deixo o salão e vou até o estacionamento, libero a saída do meu carro e logo estou dirigindo em direção a minha casa. A chuva estava castigando a madrugada e várias ruas que davam acesso a Copacabana estavam com grandes bolsões de água. O que deixava a madrugada ainda mais fria e vazia. Assim que chegou a estrada principal que dava acesso ao calção de copacabana sinto um solavanco em seguida meu carro vai perdendo velocidade.