Meu Limite - QUEBRADOS 1

Capítulo 42 - Refém do seu amor

– Podemos conversar em particular?

– Pelo amor de Deus cale essa bo...

– Julia arruma suas coisas e vá embora da minha casa agora! – Thor eleva seu tom e a mulher está vidrada no seu próprio mundo cria cenas para não escutar e começa a rir.

– Quando você voltar ao seu juízo normal, conversaremos Tito.

Dá as costas e sai pisando duro.

– Vou resolver isso com ela e tentar entender o que está acontecendo Thor e iremos embora. Layla desculpe.

Roberto segue os passos da mulher irritada.

Estamos tão longe um do outro, mas posso sentir o frio que emana do seu corpo.

– Thor me desculpe por causar tudo isso.

– Tudo bem princesa, a culpa não é sua pare de carregá-la.

– Queria que tudo fosse simples, pudéssemos ser nós dois.

– E vai ser amor, vai ser!

– Eu preciso de um tempo, pra pensar em tudo que está acontecendo longe daqui. Vou entrar em contrato com uma psiquiatra que pode me ajudar com tudo que passei, quero me curar para estar inteira pra um relacionamento com o homem que eu amo.

– Nem consigo imaginar um dia longe de você...

– Nem eu, e é por isso mesmo! Necessito deixar tudo em ordem primeiro na minha cabeça. Lembra quando me disse na nossa pequena viagem que talvez um psicólogo pudesse me ajudar?

– Lembro.

– Então vou procurar um e vou consertar todas as ignições quebradas, por você, por Luana, pelo bebê e por mim. Agora eu tenho por quem lutar. Quero ser inteira, não me basta a metade, não mais.

– Você está fazendo a sua escolha Layla, não posso te impedir... posso?

– Não... ninguém pode.

– Só me resta te deixar ir!

– Não estamos terminando, estou apenas deixando sua hospitalidade, sabíamos que seria temporário meu tempo aqui.

– Mas não precisa ser, posso cuidar de você e do bebê, posso dar um jeito em tudo. Luana terá um bom lugar para ficar e aqui te darei toda segurança e conforto do mundo.

– Não duvido que você faça até o impossível por mim meu bem, estou fazendo isso também. Não vê?

– Só vejo querer partir... vamos resolver as coisas no nosso tempo.

– Tempo é o que não temos!

– Lógico que não, você está cortando ao meio indo embora daqui.

Sua revolta é transmitida pela careta de desgosto. Aproximo-me tocando sua face com a palma da mão. Admirando o rosto que facilmente aprendi a amar.

– Se eu te pedir um tempo, não para nós, apenas pra mim você me daria?

Seu rosto se move de um lado para o outro em negação, passa a língua pelos lábios, respira fundo, faz de tudo para não soltar a lágrima presa no topázio. Mas falha. Thor Telles, você deveria ter entendido que não havia espaço para outro amor além do seu em meu peito, mas resolveu fazer tudo errado.

– Como posso te perder, agora que a tenho? Diga? Vou acordar todos os dias sem te ter aqui? Sem o teu cheiro em mim? Não quero uma vida que não tenha você é difícil de entender?

Ambas as suas mãos prendem meu rosto junto ao seu, nossas testas se unem costumeiras a se encontrar.

– Grandão...