Capítulo 15 - Mentiras

1.4K 239 190
                                    


"Se o vento hoje sopra a seu favor,  eu não guardarei rancor, acho que sei perder e não será a primeira vez, hoje é você amanhã será quem for, for" 

♥♠

♥♠

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

A hora chegou.

Transformando o jogo, na estória dessa noite.

Não é como estar sozinha numa encruzilhada, tem gosto de casa, lar, morada, contar o turbilhão armazenado em mim foi o passo mais largo que dei, como doeu, como quis correr, a voz falhava se negando a sair, então ele arrancou a minha própria dor e segurou com suas mãos.

Pensei que iria morrer rápido! Funciona assim, quanto mais tempo gasta vivenciando sofrimento, mais penoso é na hora de arrancá-lo, se iguala a remover uma parte vital do seu corpo. Contudo o gosto das amarras sendo soltas, acompanhadas da brisa fria daquela noite clareada apenas pela avantajada lua banhando se no mar, resplandecendo sobre nós sua luz.

Ou eu a mato, ou a dor vai fazer, é um caminho sem volta, andar na contramão com alerta ligado, jamais salvou a vida de alguém.

– Estou com você Layla, você precisa me contar qual o motivo de estar assim? Qual poder da sua mãe sobre você? As crises de pânicos? Vamos lutar contra isso juntos? – Batia os dentes numa constância um frio súbito misturado ao medo e coragem guerrilhavam feio no meu interior.

– Estou no escuro há tanto tempo, – sorrio sem humor – você me achará desprezível quando terminar a estória, mesmo assim saiba que cada momento do qual você me deu eu vou guardar pra sempre, não posso mais esconder essa mentira, não de você – olho suplicante – me perdoe. – Cruzo as pernas uma por cima da outra, virando para lateral do seu corpo, repete meu gesto.

– Conte...

– Sou uma golpista! – Nega com a cabeça, desacreditando.

– Não! Não mesmo, você não é, sinto o cheiro delas há quilômetros de distância. Acredite com o tempo nós aprendemos a reconhecer uma pessoa que só tem interesse em dinheiro bem fácil – ele procurava motivos pra me safar, mas interrompi:

– Meu relacionamento com Rafael foi armado, desde o primeiro dia.

A íris perdida, o semblante caído, o topázio apagado aumentam o desejo de acabar de uma vez por todas com essa farsa.

– Conheci Austin quanto tinha quinze anos, foi tudo premeditado, Luiza sabia sobre sua personalidade, havia conversado com Mariah no clube... – Uma lágrima fina escorre nostálgica lembro-me do nosso primeiro dia, os pelinhos finos da barba, os fios louros dos cabelos desgrenhados ao vento, sorriso travesso, as covinhas, tudo no anjo foi convidativo... – Eu faria exatamente como planejado, só que daí vi os olhos tristes daquele menino, baixei a guarda, as regras do jogo estão quebradas, aguentei as consequências, sofri dia e noite por viver uma vida a qual não construí, já não sei quando exatamente aconteceu, mas eu me apaixonei, se tivesse as seguido, Rafael ainda estaria do meu lado, Luiza avisou, perderia se não fizesse como ela mandava, não conquistaria Austin sem sua ajuda. Mais que a mim, Thor, eu o amei, mais que a mim, mesmo assim deixei ir... – As cascatas escorriam, eu não freei, deixei desnudado o sentimento.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora