Passo no 2° ano para ver se tem algo de bom e não tem nada mas vou atrás de Guga que entra.

Ele fala com os meninos e eu me junto a Pedro passando a mão pelo cabelo dele só para o irritar.

O mesmo odeia que eu faça isso.

Sinto mãos sobre meus ombros e me viro vendo Gabriel sorrindo que nem um palhaço, medonho.

Eu já cortei mil vezes a conversa mas esse menino não se toca.

- Passo na tua casa às 15:00 para a reunião do trabalho. - ele fala para Pedro e sai.

- Jura que ele vai lá para casa? - bufo de raiva quando vejo Pedro assentir.

Saio da sala deles e vou para a minha, quando abro a porta a própria se bate em dois corpos que estavam atrás da mesma.

Eduarda e Davi, essa menina não cansa não?

Reviro os olhos e mando dedo para ela que começou a gritar histericamente.

O sinal toca e eu me sento pegando os materiais de geografia e abrindo na página do exercício.

14:48

- Não sabe bater na porta?

Meu sono da beleza é interrompido por Gabriel que simplesmente não sabe bater na merda da porta.

- Tô procurando o banheiro. - ele fala com a cara mais cínica desse mundo.

Até parece que ele não foi no banheiro da última vez, levanto da minha cama e vou até ele.

- Vai logo no meu e não mexe em nada!

Espero uns minutinhos e ele sai sorrindo, que moleque estranho. O mesmo se senta na cadeira da escrivaninha olhando para mim.

Olho para ele sem entender nada e me sento na minha cama esperando que o mesmo saia do meu quarto.

Ele se aproxima aos poucos até estar encima de mim tentando me beijar, mais é cada uma que me aparece.

- Seu pirralho tarado, dá o fora daqui! - falo me esquivando.

Só que o mesmo continua até ser tirado de cima de mim do nada, respiro fundo me acalmando e olho meu "herói".

Acontece que parece que eu sou a Meredith de Grey's Anatomy, só atraio desgraça na minha vida.

- Olha aqui seu punheteiro desgraçado, eu vou fingir que não vi você tentando beijar minha filha! - papai fala quase enforcando Gabriel.

- Pai, solta esse idiota, ele só estava zoando não é? - o mesmo assente com medo.

Meu pai finge que acredita e solta o mané que sai avoado do meu quarto, agradeço a papai e desço com mesmo.

Entrego os papéis para ele autorizar que eu modele junto a Slywear e uma caneta.

- Você está bem mesmo? - ele pergunta e eu assinto - Não quer que eu der uma surra no mlk? Eu quebro ele todinho e peço para os menores pegarem ele.

- Pai, ele é só um menino, não sabe o que faz.

- Se eu pegar ele encima de tu novamente eu quebro as pernas dele.

- Vish, as pernas de quem? - ouço a voz de Bernado e me viro assustada.

Mas como é que ele tinha entrado aqui em casa?

Papai olha para mim e eu nego com o dedo, sabemos como Bê é meio estressadinho.

Ouvimos um grito na cozinha e corremos até lá, parecia que alguém estava morrendo.

Mas é só a Luana rindo com os meninos e o namorado, não sei como Pedrinho aguenta essa escandalosa.

- Oi meninos, oi Pedro. - falo com todos mas só abraço meu cunhado.

Vejo a troca de olhares entre Gabriel e Bê, e não gostando muito pergunto se alguém está com fome.

Papai sai me deixando a sós com aquela cambada toda, os expulso da cozinha e peço para que Bernado fique.

Assim que nossos olhares se encontram pulo em seu colo o beijando.

Sinto ele me colocar na bancada e intercalar as mãos entre minha bunda e cintura.

Somos interrompidos por pigarros, três para ser mais exata, a pessoa não pode nem mais beijar agora.

- O que você quer agora? - falo meio desconcertada por Bernado estar beijando meu pescoço.

- Seu irmão pediu para você adiantar. - Gabriel fala entre dentes.

- Tá, já vou. - peço licença para o bonitinho e desço da bancada pegando a pipoqueira elétrica.

Me contorço enquanto lavo minhas mãos porque Bernado não para de me beijar e de ficar me encochando.

- Tá no cio é desgraça? - pergunto a ele que morde meu pescoço.

- Claro, eu sou um gato! Miau, gatinha. - ele fala e eu me acabo de rir.

- Não creio que você falou isso.

Ainda rindo faço a pipoca e quando termino coloco em baldinhos para os meninos.

Com sua ajuda consigo levar os baldinhos de vez, deixo na mão de todos e ainda volto na cozinha para pegar um refrigerante.

Só isso me deu uma canseira.

Paro no início da escada e chamo Pedro.

- Qualquer coisa estou lá encima mas não me incomoda, ok? - ele assente e vira o rosto de novo para a TV.

Parece um viciado.

Subo as escadas quase caindo por causa de Bê que não parava nem por um segundo.

Jogo o controle na mão dele enquanto fecho a porta. Me deito na cama colocando minha cabeça sobre seu colo, recebendo um cafuné muito gostoso.

Continua...
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Oii amoras! Feliz Corpus Christi 👼 para quem comemora.

A filha do dono do morroWhere stories live. Discover now