Capítulo 14 - Bem vinda ao México

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Aprender a andar sozinha é torturante, as quedas tornam difícil e extinguem a coragem. Uma muleta emocional, era disso que precisava? Porque achava a mulher do espelho impotente demais pra reagir, sem alguma ajuda.

Mentira. Eu sou a minha própria fortaleza, e no fundo do convencional sei disso.

– Ei, a reserva é pra hoje em. – A voz grave de trás da porta alerta. – Já estamos ancorados, princesa.

– Estou indo.

O vestido longo verde oliva agarra minha cintura no estilo sereia como pede o mar, contém uma abertura dos pés até as coxas em cada perna, transformando numa peça leve e sexy, no rosto uso batom vermelho, apenas por me dar sensação de poder, da qual tanto abdiquei. O banho de sol tonalizou minha pele, posso dizer que gostei do tom dourado, na maioria das vezes a qual o sol me pegou, descasquei feito cobra, dessa vez ele me deu a melanina certa, o resultado diante do espelho parece bom.

Ao abrir a porta, meu queixo cai, no sentido figurado. Você já teve um homem vestido com uma bermuda de linho escura, tênis branco, camisa azul marinho dobrada até os cotovelos desenhando os sinais dos músculos delineados, três botões abertos da gola não fazem suspense do bíceps bem torneados por baixo dela? Sinto a boca salivar, repenso meus conceitos sobe ser uma ninfomaníaca, com seu olhar passeando lentamente por cada centímetro do meu corpo.

– Quantas mulheres quer matar hoje vestido assim? – Penso em alta voz.

– Talvez uma, se não der certo duas, ou três... – Brinca, e continua sua análise corporal.

– Homem você é mesmo insaciável, vai causar uma destruição em massa.

– E você vai causar uma ejaculação precoce, provavelmente em mim. – Encaro-o desacreditada, cada palavra que sai daquela boca esperta é responsável por um tipo de frisson diferente.

– Thor!

– Layla – desfruta meu nome em sua boca.

– A reserva é pra hoje?

– Você aprende fácil princesa, vamos?

– Vamos, estou morrendo aos poucos sem burrito na boca. – O sorriso dele dessa vez é singular, perdido numa piada interna.

– Calma, estou apreciando a vista.

– Vou te abandonar. – Caminho até a porta, sem escutar suas passadas, paro para encará-lo, sua visão está pousada na parte traseira do vestido verde oliva.

– Thor você está mesmo olhando minha bunda?

– Eu disse que estava apreciando a visão. – Levanta vestindo seu sorriso imoral o braço grande envolve meu pescoço pousando no ombro. E caminhamos sem pressa.

A noite está exclusivamente bonita hoje, estrelas marcavam presença, mais nada ofuscava o brilho da lua cheia. Assim como dentro de mim, Thor tomava espaço, ganhava morada, contudo, o inquilino mesmo sem querer, continuava a subsidiá-lo.

O restaurante enchia os olhos. Localizado em uma ilha particular, as luzes espalhadas lembravam balões no céu, uma pista de dança feita de pilares de madeira rodeado por orquídeas das mais varias cores por onde caminhamos lado a lado, desfrutando do perfume suave.

Os mais diversos tons, prestigiavam o lugar. Cantores vestido de branco com chapeis de palha composto por abas enormes, denominado mexicano e seus violões vieram nos cumprimentar logo que entramos no cercado florido cantando alegremente:

Que bela dama da noite, trazes querido, sorte tem em ser o noivo dela. – Tocando no violão ritmado uma canção feita pra mim com espontaneidade.

Meu Limite - QUEBRADOS 1Where stories live. Discover now