one-shot: a l l a b o u t u s ( scarlet & harry )

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Ok, vou fazer uma breve explicação. Esta OS começa a partir do capítulo 11 mas no POV do Harry. Basicamente quis falar um pouco da relação do Harry com a Scarlet e também contém spoilers para o que vai acontecer a seguir na Sweet Dreams. 

All About Us


Sempre achei que um namoro era apenas uma desculpa esfarrapada para duas pessoas se poderem juntar e fazerem tudo o que dois amigos íntimos não podiam. Pelo menos sem serem julgados. Assim era a minha relação com a Scar, até a Charlotte aparecer na vida do Zayn e mudar a minha opinião.

Na noite do aniversário dela fui buscá-la a casa, para depois irmos para a minha. Íamos divertir-nos e quem sabe bebermos até não podermos mais. Talvez também tivesse um pouco de sorte e as coisas corressem bem. Após ter ido buscar uma bebida, juntamo-nos ao grupo e a Scar fez a devida apresentação ao novo membro. Depois disso, eles começaram a dispersar-se e a caminharem para o meio da multidão para dançarem. Encostei-me à parede e levei o meu copo vermelho aos lábios, bebericando o conteúdo do mesmo. A bebida desceu-me pela garganta abaixo, queimando-a suavemente o que me causava uma sensação agradável. Beber não era uma ação estranha para mim, muito pelo contrário. Talvez estivesse habituado demais. Não era propriamente algo de que me pudesse orgulhar, porém os vícios não se largavam assim. Vi Charlotte a tirar o seu blazer e depois quando me olhou, sorriu, caminhando na minha direção.

- Porque não vais dançar com a Scarlet? – Olhei-a surpreso devido à sua questão.

- Ela é a aniversariante, de certeza que há imensa gente que gostava de dançar com ela. - Sorri debilmente. A súbita necessidade de a encontrar foi maior e quando a vi no lado oposto com o copo de plástico numa mão e na outra a guardar o telemóvel no bolso do casaco que ainda tinha vestido, apercebi-me que talvez não fosse má ideia.

- Não me parece que haja muita gente, Harry.

Ela provocou-me e olhei-a de esgueira, sorrindo. Então desencostei-me da parede e caminhei na sua direção. Por algum motivo, algo se remexeu dentro de mim quando os seus olhos azuis me fitaram. Apesar de a cave se encontrar plenamente às escuras, eles brilhavam.

- Scarlet. – Ela sorriu quando disse o seu nome. – Queres dançar? – Sorri-lhe e ela baixou o olhar, abanando a cabeça, não deixando que o sorriso desvanecesse.

- Claro. 

Dei-lhe a mão e ajudei-a a levantar-se. Caminhamos e antes de nos metermos entre os corpos dançantes, sorri na direção de Charlotte e apontei-lhe o piso de cima. Já que ia ficar ali sozinha, mais valia ir ter com o Zayn. Arranjamos um pequeno espaço e devido à confusão e também por aquele espaço mediano estar cheio, Scarlet veio contra mim. Amparei-a, abraçando o seu corpo esguio e ela recompôs-se, olhando para trás e protestando com a rapariga que a empurrara. A mesma olhou-a com medo e afastou-se, o que me fez rir.

- Não precisavas de ser tão violenta.

- Eu não sou violenta. – Ela resmungou, franzindo o cenho. – Ela é que tem de ter cuidado com quem decide empurrar.

- Não é que eu me tenha preocupado em apanhar-te. – Provoquei-a e o seu ar surpreso foi notável.

Dançamos durante algum tempo e podia sentir o seu perfume a invadir as minhas narinas. Não podia negar, ela sabia como me provocar e deixar-me um tanto fora de mim. Mas iria controlar-me agora, os meus instintos diziam que era o melhor, por isso segurei-a pelos ombros e olhei-a diretamente nos olhos, sorrindo depois. Pedi-lhe que aguardasse enquanto ia buscar bebidas e ela assentiu. Quando voltei, ao olhar para o canto onde o grupo se costuma reunir, verifiquei que Zayn encontrava-se lá, acompanhado por Charlotte e o grupo em si. Entrelacei os meus dedos nos finos de Scarlet e puxei-a para fora da multidão, caminhando agora até ao canto onde o grupo estava. Assim que chegamos, posicionamos atrás da Madison e da Brooke. Apercebi-me que Arianna estava a resmungar – novamente -, e Niall chegara-se à frente para falar.

- Então agora tratamos da saúde dele. – Apercebi-me que Zayn estaria a explicar o que aconteceu naquela tarde mas se bem o conhecia, com alguma distorção da realidade pelo meio.

- Eu trato do assunto. – Anunciou com um tom de voz autoritário. – Agora, onde é que está a Scarlet? – Ela soltou a minha mão e enveredou pelo meio delas as duas. Ele aproximou-se dela e abraçou-a. – Parabéns. – Todos lhe desejaram o mesmo.

- Mas antes de irmos festejar, façamos um brinde. – Falei, erguendo o copo. – À Scarlet, por ela ser uma das pessoas mais fantásticas que alguma vez conheci e por nunca me deixar sozinho, mesmo quando teve oportunidades para isso. – Coloquei o meu braço em torno do seu pescoço, repousando a minha mão no seu ombro. Após ela receber as prendas, fomos dançar todos juntos durante algumas horas.

Após algum tempo, notei que começava a ficar tarde e talvez fosse a altura para mandar os conhecidos embora e ficar apenas o grupo para cantar os parabéns à Scarlet, possivelmente antes da meia-noite. A música parou e apesar de a maioria se estarem a ir embora, muitos paravam para lhe desejar um feliz aniversário. Ao menos isso. A cave encontrava-se numa desarrumação total e depois de todos saírem, seguimos o mesmo caminho, instalando-nos na sala. Pedi-lhes para aguardarem enquanto me encaminhei para a cozinha, retirei o bolo do frigorífico, acendi as velas com o isqueiro que mantinha sempre no bolso dos jeans, pegando numa faca e depois peguei na base do bolo, carregando-o até à sala. O ar surpreso de Scarlet fez-me sorrir e comecei por cantar os parabéns. Todos seguiram no momento seguinte e quando terminamos, surgiu uma ronda de aplausos. Ela bufou as velas e aproximei-me dela.

- Pede um desejo. – Ela olhou-me carinhosamente e sorriu.

- Feito. Quem sabe não se realiza esta noite.

O meu olhar prendeu-se no seu e o meu sorriso desvaneceu. Scarlet apercebeu-se do pequeno momento e desviou o olhar do meu, pegando na faca, cortando a primeira fatia de bolo e colocou-a no prato que a Madison lhe deu, enquanto a Brooke distribuía os copos vermelhos que sobraram. Ela entregou-me um prato com uma fatia e agradeci-lhe.

- Qual foi o teu desejo? – Louis questionou.

- Não posso dizer. – Ela riu-se e depois olhou para mim.

- Se ela disser não se realiza. – Brooke protestou confiante do que dizia. – Não digas querida, guarda-o para ti, vai acabar por se realizar.

- Espero que sim. - Após todos terminarmos, Charlotte falou.

- Está a ficar tarde, acho que devia ir para casa. – Todos suspiraram em desagrado.

- Mas ainda é cedo. – Foi a vez de Liam anunciar, olhando para o relógio que usava no pulso.

- Se ela tem de ir, não a vamos manter aqui. – Zayn falou. - Eu vou levar a Charlotte e depois volto. 

Ele anunciou e olhei-o confuso. Depois de eles falarem, chegaram à conclusão que seria melhor eu levá-la e deixar Zayn ficar a repousar. E ele bem precisava devido ao que aconteceu com o cobarde do Isaac. Antes de sairmos, Charlotte pediu-me que aguardasse enquanto ia ao piso de cima buscar o seu blazer e entretanto despedi-me do resto do grupo. Quando ela voltou, saímos e caminhamos até ao carro. Quando liguei o motor, o ar quente começou a correr e o ambiente tornou-se ameno e confortável. Já sabia o caminho para casa para dela e depois de arrancar, sorri.

- Porque estás a sorrir? – Ela questionou
.
- Nada de especial. Apenas nunca vi o Zayn tão... feliz.

- O que queres dizer com isso? – Ela pareceu confusa.

- Quero dizer que tu o fazes agir de outra maneira contigo. Diferente.

- Isso é bom?

- Suponho que sim. – Sorri novamente e voltei a depositar os olhos nas ruas vazias e silenciosas. O caminho até casa dela foi feito em silêncio e depois quando chegamos à entrada, parei a alguns metros de distância.

- Obrigada por me trazeres. – Sorriu.

- Charlotte... - Chamei enquanto ela depositava a mão no manípulo da porta. – Tenho a agradecer-te por me "abrires os olhos." – Imitei o gesto das aspas e ela sorriu, porém sem realmente saber o motivo. – Eu não queria arrastar a Scarlet para a minha vida, não queria que ela saísse magoada em alguma confusão minha.

- Harry...

- Tu viste o que aconteceu com o Zayn e com o Isaac. – Disse-lhe com um tom de voz firme. – Eu disse-te que se querias estar com o Zayn, terias de te habituar a isso. A nossa vida é basicamente isto, metemo-nos em problemas e por vezes são eles que nos encontram. Apercebi-me, que mesmo depois do que aconteceu, tu não te afastaste do Zayn como qualquer outra pessoa faria. E também por me fazeres entender que eu quero a Scarlet e nunca deixaria que ninguém lhe tocasse num fio de cabelo. Por isso, obrigado.

- Não tens de agradecer. – Ela murmurou. – Se é isso que queres, vai em frente. – Sorri e assenti. – Mais uma vez, obrigada por me trazeres.

- Boa noite. 

Após arrancar novamente, matutei nas palavras que dissera a Charlotte. A nossa relação – se é que lhe podia chamar isso -, sempre fora com altos e baixos. A realidade? Ela deixava-me louco, mas não lhe podia demonstrar isso. Ela apegar-se-ia a mim e depois quando tivesse que partir em negócios ou fôssemos chantageados, eles iriam ameaçar-nos com as pessoas que mais amávamos. Eu não a poderia pôr nessa situação, nunca. Talvez a ideia de a ter apenas para mim a qualquer hora do dia já me tenha cruzado a mente, porém as consequências continuavam a gritar mais alto. Deveria ir a casa dela e quem sabe, resolver isto? Abanei a cabeça negativamente, afastando o pensamento da minha mente, o quão ridículo seria aparecer à porta dela apenas para discutir uma relação que não existia. Concentrei-me nas ruas escuras e a luta entre Zayn e o Isaac desta tarde fez-me aperceber que ele protegia a Charlotte a todo o custo. Virei na curva à esquerda desenfreadamente e apressei-me até chegar a casa. Buzinei e Scarlet saiu passado alguns segundos. Ela entrou no carro e afagou os ombros.

- Não entendo como é que não tens frio. – Ela respirou arduamente como se ainda estivesse a habituar à diferença de temperatura.

- Sou demasiado quente para ter frio. – Scar riu-se ironicamente e apreciei a sua gargalhada. Arranquei novamente e fiz um trajeto para a sua casa. Não era muito longe, apenas a algumas ruas de distância. Assim que chegamos, Scar pegou na sua clutch e apertou o casaco até ao topo.

- Boa noite Harry. 

Sorriu quando ela me afagou o ombro. Vi-a a aproximar-se e senti os seus lábios colados à minha bochecha. Ela afastou-se e depois abriu a porta do carro, saindo. Fechou a porta e a mesma bateu com força. Enquanto ela procurava pelas chaves de casa dentro da pequena mala, fiquei a observá-la para ter a certeza que entrava em casa em segurança e depois de entrar, decidi não ligar o motor do carro. Se é isso que queres, vai em frente.

Abri a porta do carro confiante e caminhei pela entrada bem arranjada, até chegar à sua porta. Sem hesitar, toquei à campainha e vi que demorou um pouco a atender a porta. Uma brecha da porta foi aberta e verifiquei que o trinque se encontrava posto. Ela removeu-o e depois abriu a porta, totalmente.

- Esqueceste-te de alguma coisa? – Ela questionou confusa.

- Por acaso, até me esqueci. 

Fechei a porta com força e segurei-lhe os pulsos, encostando o meu corpo ao dela e empurrando-a contra a parede mais próxima. Elevei os seus braços de maneira a que pudesse colar os meus lábios nos seus, dominando. O espaço entre nós reduziu-se ao nada e Scarlet removeu um dos seus braços, abraçando o meu pescoço, entrelaçando os dedos nos meus cabelos rebeldemente encaracolados. Beijava-me fogosamente, a sua língua brincava com a minha enquanto eu a mordia. Um gemido soou da garganta dela e isso deu-me a luz verde para continuar. As minhas mãos percorreram o seu corpo desajeitadamente, enquanto as suas ainda se encontravam presas no meu cabelo, aprofundando o beijo. Senti o seu corpo quente em contacto com as minhas mãos geladas e ela retraiu-se um pouco, porém rapidamente se habitou ao toque das mesmas e desci-as em direção às suas ancas. Puxei as suas pernas para cima e as mesmas envolveram-se na minha cintura. Larguei os seus lábios e lambi o seu maxilar, descendo para o pescoço, deixando pequenos chupões por onde a minha língua vagueava. Scarlet soltava suspiros abafados e as suas mãos incentivavam-me a continuar. Conhecia a sua casa de uma ponta a outra e sabia que o seu quarto era ao fundo do corredor. Ela saltou da minha cintura para o chão, enquanto andava para trás sem largar os seus lábios. Abriu a porta do quarto para trás e caminhamos, até ela cair de costas na cama. Sorri-lhe e deitei-me em cima dela gentilmente, beijando os seus lábios novamente. As suas mãos percorreram o meu corpo e depois depositaram-se no fundo das minhas costas, enquanto tentava puxar a minha t-shirt para cima. Afastei-me e retirei-a, enquanto ela repetiu o acto e removeu a sua, atirando-a para o chão. Voltei a beijá-la fogosamente, mordendo o seu pescoço enquanto ela se arqueava, soltando pequenos gemidos de prazer.

- Harry, Harry... - Ela suspirou o meu nome ofegantemente e parei para a olhar.

- Scar... Desculpa. – Como se me tivesse apercebido do que tinha acabado de fazer, abri os lábios para falar, mas ela interrompeu-me.

- Não tens de te desculpar. Se eu não quisesse isto não estaríamos aqui com certeza. – Deu uma risada e olhei-a.

- Qual foi o teu desejo de aniversário? – Senti a súbita necessidade de saber. Ela apenas me olhou.

- Honestamente? Que ganhasses coragem para estares comigo. Mas o meu desejo realizou-se e a valer. 

Sorri abertamente e levei os meus lábios ao seu pescoço novamente, enquanto as suas unhas arranhavam as minhas costas. Ela retirou as suas calças rapidamente e repeti o ato, retirando também as meias e o calçado. Restou apenas a nossa roupa interior e voltei a colar os nossos corpos. A sua respiração errática deixava-me completamente louco, mas controlar-me-ia. Larguei o seu pescoço onde começava a notar pequenas manchas vermelhas e distribui beijos no seu peito, enquanto Scar se arqueava para lhe remover o sutiã. Admirei-a e sorri-lhe carinhosamente. Não podia evitar sentir o volume que se formara dentro dos meus boxers e levei os meus lábios, ao seu mamilo sugando e mordendo. Ela soltava suspiros longos e embrenhou os seus dedos nos meus cachos, incentivando-me a continuar. Abriu as pernas e entrelaçou-as na minha cintura, enquanto se balançava para frente e para trás, levando-me à loucura. Voltei aos seus lábios e mordi o inferior com força. Scar agarrou os lençóis, quando me afastei e retirei o que restava da sua roupa interior, atirando-a para um canto do quarto. Beijei o interior das suas coxas e depois embrenhei na sua intimidade com a língua. Então os gemidos soaram cada vez mais altos, enquanto ela se movimentava cheia de prazer. O facto de ser eu a satisfazê-la fez-me sorrir, porque ela era minha agora e apenas minha. Soltou um pequeno grito de satisfação e aproximei-me dela novamente, acariciando a ponta do seu nariz. Beijei os seus lábios carinhosamente e ela ajudou-me a retirar os meus boxers depois. Abriu a gaveta da mesinha de cabeceira que se encontrava ao seu lado, exibindo o pequeno pacote de plástico. Sorri-lhe enquanto ela o abriu e depois colocou-o. Posicionei-me no meio das suas pernas e penetrei-a suavemente. Colei os nossos corpos, enquanto a beijava e reprimia os nossos gemidos. À medida que acelerava, os gemidos soavam de ambos e Scarlet arranhou as minhas costas novamente, gritando pelo meu nome. Quando senti que ambos estávamos a chegar ao orgasmo, a velocidade aumentou e ambos suspiramos em satisfação quando o mesmo chegou. Caí na cama ao seu lado e depois Scar sorriu. Ela encolheu-se no meu peito e suspirou.

- Desculpa se fui bruto. – Acabei por dizer após alguns minutos em silêncio.

- Não foste. – Ela elevou-se para me fitar e o seu sorriso desvaneceu. – Foi perfeito. 

- Ótimo. – Disse-lhe com meio sorriso. – Porque agora és minha. 

Ela sorriu e beijou-me carinhosamente. Depois voltei a puxá-la para ela se deitar sobre o meu peito. Suspirei em satisfação e sorri. 

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