Send Me An Angel

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Olaaaaaaar, manas!

Bem, sinceramente eu nem sei que notas fazer para o capítulo de hoje, acho que ele dispensa qualquer comentário ou aviso prévio. Só desejo que vocês não segurem as emoções e escutem as duas músicas do capítulo, É SÉRIO, a emoção triplica.

Bueno, nos vemos no final.


...

ALMA (s.f) GÊMEA (adj.);

"É quem respira o seu silêncio e se encanta com sua voz. É quem tem o timbre do seu peito na ponta da mão. Não é alguém "feito para você", é alguém que "faz você querer o melhor de si". Ainda imperfeito, ainda errado, mas feliz. Nesta vida e em todas as outras."


Algumas horas antes...

Mesmo sem que Camila tivesse se dado conta, sua mão antes mesmo de seus olhos abrirem-se, correu o frio e macio lençol sobre a parte vazia do colchão ao seu lado.

Vazio. Sim, o colchão, ao seu lado, vazio.

Seus olhos automaticamente abriram-se para visualizar um quarto já iluminado pelos falsos raios de sol que certamente de nada aqueciam o dia absurdamente frio que se fazia lá fora. Sua nudez contribuiu para que o frio lhe atingisse com mais intensidade. Nem seus cabelos que caiam como uma castanha cascata de fios ondulados e lisos pareciam aquecer suas costas ou seu pescoço. Bocejou, preocupando-se com a hora, franzindo a testa quando seu corpo cansado protestou pelos movimentos que havia executado ao longo da madrugada, principalmente seu pulso direito.

Onde estava Lauren? Para onde ela havia ido àquela hora da manhã?

Afastou a franja dos olhos, levantando-se, notando pela primeira vez depois de seu breve momento de procura que o pequeno banheiro da habitação não estava vazio.

Concentrando-se, vestindo seu roupão e abraçando a si mesma para proteger-se do frio, podia perceber claramente que havia vozes no banheiro. Baixas com toda certeza, mas havia. Aproximou-se, com suas mãos prestes a alcançar a maçaneta quando esta virou-se, abrindo a porta, permitindo que saísse dali uma Lauren já vestida, os cabelos arrumados, maquiada, perfumada e falando em seu celular.

De imediato, Lauren deixou de caminhar ou executar qualquer movimento. Seus olhos tão maravilhosos tornaram-se levemente entristecidos e envergonhados.

Lauren logo cuidou disso, sorrindo levemente para Camila que simplesmente não conseguiu deixar de mirá-la. Permaneceram frente à frente, caladas.

- Eu sei, Normani. - Lauren respondeu ao celular - Me desculpe por não ter ligado antes, eu entendo sua preocupação. Estou ligando agora...

Pronto. Aquilo bastou para que Camila entendesse a ligação no banheiro, o baixo tom de voz e o ofuscamento do brilho e da beleza daqueles olhos verdes ao mirá-la ali, acordada, quando isto não deveria ter acontecido antes que ela desligasse o celular.

- Eu entendo a complexidade do que você me fala, Mani. Não, não há com o que se preocupar, eu estou bem, Camila também está bem.

Camila não se moveu e Lauren também não. A advogada também não se moveu e nem deixou de mirá-la, captando, absorvendo, notando cada detalhe que aquele rosto poderia transmitir ou tentar omitir.

- Eu também sinto saudades. - Camila engoliu a saliva. - Faça esta viagem com a sua mãe, sim? Não se preocupe com a casa ou comigo, pode ser que eu demore mais do que o previsto, temos mais pistas, mais alguns contatos, o círculo está se fechando. - A mão de Camila subiu desde a barriga de Lauren até seus seios justos pelo sutiã, parando sobre seu coração que batia acelerado. Extremamente acelerado para a sua expressão calma e compenetrada. - Você sabe de onde pegar dinheiro. Pegue o que precisar, fique em Londres quanto tempo precisar. E então quando você voltar nós resolveremos o que fazer quanto a isto e outra série de coisas... Sim, eu ligarei, ligarei amanhã para saber como foi a viagem. Mande meus sentimentos para a sua mãe, diga que enviei um grande abraço... Eu também, Mani, eu também... Fique bem, cuide-se... Sim, eu também, até breve...

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