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Quando a campainha tocou dei um pulo do sofá com o coração nas mãos. Respira Lis. Pensa que é apenas um fim-de-semana normal com o André. Nada de especial. Só que os teus pais desta vez não estão em casa, gritou o meu consciente. Quando convidei o André a passar estes dois dias em minha casa, os olhos dele até brilharam de contentamento. Claro que sim, ele é homem e acho que até se acendeu um cartaz brilhante na mente dele. Não combinamos nada sobre o que se passaria nestes dois dias mas acho que estava subentendido. Daí o meu nervosismo. Era a minha primeira vez. E a dele também. Já ouvi histórias mirabolantes e incrivelmente horríveis de coisas que ocorrem na primeira vez. Sei de antemão que vai doer mas será uma dor suportável. Até tenho um bom nível de tolerância à dor mas será que vou ser boa o suficiente?

Sei lá, ele não tem base de comparação mas pode ser tão mau que nunca mais vai querer repetir comigo. Também já ouvi histórias de pessoas que não são compatíveis sexualmente. Será que pode ser o nosso caso?

A campainha tocou novamente fazendo-me levantar de vez o sofá. Acalma-te Lis. Abri a porta e encontrei um André com um enorme sorriso e praticamente desmaiei no momento. Ele pode ser menos perfeito? Fiz-lhe sinal para entrar e engoli em seco ao vê-lo com um saco de viagem. Isto estava mesmo a acontecer.

- O meu pai manda dizer que tem várias armas em casa e pode fazer-te desaparecer sem deixar rasto. Isto se lhe contar que alguma coisa correu mal nestes dois dias. – Deixei-o passar e ele nem se demonstrou nada preocupado com a pequena ameaça do meu pai.

- Eu vou tratar de ti como uma verdadeira princesa por isso não tenho com que me preocupar. – Confiava nele a cem por cento e acreditei plenamente nas suas palavras.

Encomendámos pizza para o jantar e podia notar todas as suas tentativas bem sucedidas para ficar menos ansiosa. Nunca falamos em voz alta o que iria muito provavelmente se passar mas sinceramente nem era preciso. Ele era o rapaz por quem estava incrivelmente apaixonada. Eu amava-o.



Amo-te.

Foi o que tentei mostrar-lhe ao beija-lo. As palavras estavam difíceis de sair pela minha boca e não conhecia outra maneira de lhe mostrar os meus sentimentos. O meu corpo ganhava vida à medida que as mãos dele percorriam o meu corpo. Sentia-me cada vez mais conectada a ele a cada segundo que passava. Os lábios dele deixaram os meus trançando uma trilha de beijos ao longo do meu pescoço e deixando leves mordidas em alguns lugares. O moreno sorriu contra a minha pele arrepiada ao encontrar o meu ponto sensível levando-me a suspirar.

Precisava de lhe tocar.

As minhas mãos encontraram os cabelos do moreno enquanto continuava a descer sobre a minha pele com beijos. Tudo estava a incendiar-se dentro de mim. Queria mais. Precisava de mais. Curvei um pouco as costas quando senti a mão dele querer encontrar o fecho do soutien. Quando me apercebi já nada cobria o meu peito principalmente quando os seus dedos tocaram em ambos. Voltou a beijar-me desta vez mais urgentemente como se precisássemos um do outro para respirar. A última peça de roupa foi tirada enquanto me beijava e tentei fazer o mesmo com os bóxeres dele. Quando finalmente consegui o moreno afastou-se um pouco fazendo-me abrir os olhos.

Amor.

Era isso que via no olhar dele. No fundo da alma.

Uni novamente os nossos lábios e só os deixei quando finalmente nos tínhamos tornado num só. Prazer foi tomando conta do meu corpo e tudo o que se podia ouvir eram as nossas respirações ofegantes e os gemidos involuntários.

André | André SilvaWhere stories live. Discover now