Should I? 그래야 하나?

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Ele não estava ali.

— Idiota! — Falei correndo até a barra de proteção do terraço, com medo do que veria lá em baixo.

Mas não vi nada.

Porém logo vi o JungKook entrar em seu carro e ir embora.

— Aish...

Peguei o celular e o liguei, mas não atendia.

Voltei ao quarto de descanso e juntei minhas coisas.

Minhas 48 horas de plantão nunca tidas antes me deu 3 dias de folga.

Voltei para o dormitório de táxi desde que pegar um ônibus quase meia-noite era o mesmo que pedir para ser abordada por algum pervertido bêbado.

Suspirei ao começar a subir as escadas do prédio. Logo segurei minhas coisas com dificuldades para que eu pudesse digitar a senha de meu quarto.

— 0901. — Pensei alto. A porta fez um bip e abriu-se. — Como senti falta desse lugar...

Falei, entrando e fechando a porta com dificuldade.

Que susto! — Soltei, junto com um praguejar.

Derrubando minhas bolsas e sacolas no chão.

Abaixei para apanhar, olhando diretamente para o chão. Mas ele veio até mim e ajudou-me.

— Está tudo bem, posso fazer isso. — Falei.
— Se estivesse tudo bem, estaria olhando em meu rosto, sim? — Disse, me fazendo parar.

Levantei meu rosto e encarei seus olhos que estavam tão vermelhos.

Eu conseguia, agora, encara-lo sem demonstrar sensações e mudanças de expressões, como se eu o tivesse superado, mas eu não havia. Eu só conseguia fingir bem.

— O que faz aqui? — Perguntei, como uma amiga pergunta algo a um amigo.

Ele afastou-se assim que levantei com as sacolas, as colocando sobre a mesinha que havia ali.

— Não foi ao terraço, então achei que havia voltado para casa. — Disse.
— Estive... Levando alguns sermões de minha professora. — Falei, rindo pelo nariz.

Sentei em minha cama e ele na da InHa, como da primeira vez em que foi ali.

— Bem... Como entrou aqui? — Perguntei, ele riu pelo nariz e isso me fez encara-lo.
— Não deveria colocar a data de seu aniversário como senha de algo. Ninguém a ensinou isso? — Disse, como um sermão. Juntei as sobrancelhas.
— Claro que sim, por isso coloquei a sua!? — Pensar isso alto não fora meu objetivo, mas isso acabou saindo. Wang JackSon havia me ensinado essa mania ruim de pensar alto. — Digo... — Levantei da cama. — Essa deve ser a senha da InHa.

Ele assentiu, com o rosto para baixo, encarando o chão.

— O que queria me falar? — Perguntei.
— Obrigado por salvar a YoungJoo e o JaeHyun. — Falou, encarando meus olhos.
— Eu... Apenas fiz meu trabalho. — Falei, olhando para baixo e segurando as lágrimas.

Eu estive me sentindo muito orgulhosa por aquilo, mas não era apenas meu trabalho. Era o trabalho de minha vida. Uma vida salvando outra. E a forma como eu insisti nela era como se eu tivesse reanimando alguém que eu amava. Como se, se eu tivesse a oportunidade naquela época, eu faria aquilo por meus pais.

— Ela não poderia deixá-lo sozinho, sim? — Falei.
— A YoungJoo foi boa comigo em alguns momentos. Mas sua obsessão por dinheiro e poder era maior que qualquer sentimento de amor. Ela não me amava realmente, por isso estava com o JaeHwan e esperava um filho dele. — O encarei rapidamente. — E você sabia sobre isso.
— Eu... — Ele riu pelo nariz por eu ainda tentar encontrar uma saída. — Ela contou-me hoje. Pediu que eu não o contasse. Como descobriu?
— Ela mesma me disse. — Falou.
— Sinto muito, JungKook. — Falei, tentando me aproximar.

Logo ele começou a chorar. O que me deixou nervosa e preocupada.
Ele parecia desamparado.

— Ya... — Sentei-me ao seu lado e rapidamente o abracei. — Ya, ya. Está tudo bem! Simplesmente aconteceu. Sinto muito que isso tenha acontecido, mas...

Ele assentiu com o rosto afogado em meu pescoço enquanto soluçava.

— Eu não estava pronto para ser pai, de qualquer forma. — Ele abraçava meu corpo cada vez mais forte.

Talvez... Apenas talvez, seu choro não demonstrava tristeza, mas alívio. Ele parecia aliviado e parecia estar livre e isso o emocionava.

— Está tudo bem, JungKook. — Falei, acariciando seus cabelos lisos e negros como a noite escura. — Poderá recomeçar novamente!

Ele assentiu e enxugou seus olhos com as costas das mãos.

Levei minha mão devagar até seu rosto, enxugando sua única lágrima que descia.

Assim minha mãe tocou sua bochecha, ele encarou meus olhos.

Seus olhos negros agora refletindo uma luz natural e saudável.

Segurou minha mão em seu rosto, delicadamente.

— Quem é você? — Disse. Eu parecia confusa.
— Kim SeRi. — Falei, após um tempo. Um sorriso de lado queria aparecer em seu rosto. — E você?
Jeon JungKook. — Enfatizou seu sobrenome.

Sorri, com meu coração à mil. Seria um recomeço, de fato.

Mas eu deveria tentar novamente?

Boss // *• JJK •*Where stories live. Discover now