Someone 누군가

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A manhã chegou, me levantei cedo. JungKook continuava a dormir profundamente como se não dormisse por meses.

Tomei um banho e vesti minhas roupas para viajar.

— JungKook! — O balancei, a fim de acorda-lo.

Ele se espreguiçou na cama e logo em seguida me abraçou, ainda inconsciente.

— Ya! — Falei, ele continuava a me segurar forte. Ri pela situação. — Não faça isso!

Consegui finalmente me soltar, pronta para acorda-lo novamente. Ele já estava acordado.

— Preciso ir, JungKook! — Falei, após pigarrear. Ele sentou- se.
— Para onde vai? — Ele não teve a chance de perguntar o lugar antes.
— JeJu, devo ver minha tia. — Franzi os lábios e ele assentiu, facilmente.

Realmente achei que ele fosse falar algo, mas apenas deixou, como se a partir disso fosse me deixando ir aos poucos. De certa forma, eu não gostei disso, mas era melhor assim também.

— Tome cuidado, então. — Falou e ri pelo nariz.
— Bem... Não é como se algo fosse acontecer numa casa antiga numa ilha longe daqui. — O olhei, ele sorriu amarelo. — Sim?
— Por que terá que ir? — Ele perguntou, após se segurar tanto para não perguntar-me.
— Ela está doente, precisando de ajuda psicológica e financeira. — Falei. — Ela me criou por um tempo, quando meus pais...
— Seus pais morreram, não foi? — Ele disse.

Me veio na cabeça naquele momento que eu ainda não havia dito ao JungKook sobre meus pais, parece que eu quem mais escondia-lhe as coisas por fim.

— É... — Ri pelo nariz e baixei a cabeça. Voltei a levanta-la. — Ela sempre foi boa comigo, paciente. Precisei sair de JeJu e voltar à Seoul, a fim de morar com minha avó.
— Então, saiu de casa? — Perguntou, baixo.
— É... Seus filhos mais velhos, meio-irmãos de minha mãe, achou que eu não poderia mais ficar com ela após a escola, mandaram-na a uma casa de repouso e nunca mais a vi.

Ele assentiu, ele realmente não sabia o que dizer. Percebi que havia sido muito dura com ele antes, quando ele não me falou tanto sobre sua vida. Eu realmente não me sentiria bem se ele falasse algo desde que, de certa forma, ele não sabia como eu me sentia realmente.

Me perdoe. Quis dizer, mas apenas o olhei assim.

— Te levarei até o aeroporto, então. — Levantou-se finalmente.

Se espreguiçou, seus cabelos bagunçados atraentemente.

— Tudo bem... — Aceitei.

Saímos em direção ao aeroporto. Qualquer música tocava no rádio, seus dedos no volante batiam ao som da música.

De sua garganta, o som cantarolado começara a sair.

Eu esperava ouvir isso novamente em tanto tempo. Era caloroso e tranquilo, como ele.

Chegando ao aeroporto, preferi que ele não entrasse comigo.

— InCheon é um grande aeroporto, não seria bom se você entrasse. — Ele entendeu.
— Tome cuidado, por favor. — Ele disse, por fim, antes que eu saísse do carro.
— Você também. — Falei, olhando para trás e então fechando a porta.

Nos entreolhamos por uma última vez, ambos sabíamos o que queríamos e o que doía em nós, mas nenhum tinha coragem de fazer o que queríamos.

Segurei minha única mala e o dei as costas, após isso, ele se foi.



— ahjumma! — A chamei assim que cheguei.

Boss // *• JJK •*Where stories live. Discover now