Boss // *• JJK •*

Cruel&Evil 잔인하고사악한

*conteúdo maduro*

Tentei levantar-me da banheira, mas de alguma forma eu estava envergonhada.

O quanto eu havia mudado e o quanto ele havia mudado era algo notável.

Me escondi ainda mais na banheira, ele apenas olhava em meus olhos e apenas neles. Como da primeira vez que nos vimos, quando ele nem ousava olhar para além de meus olhos.

Seu olhar baixou para o chão, se manteve calado.

— JungKook. — Baixei meu olhar. — Por que estou aqui?
— Porque agiu como uma idiota. Porque... — Ele levantou da cadeira e colocou as mãos na cabeça, suspirando. — Por que foi beber, SeRi?
— Porque... Eu quis?! – Dei de ombros, como se fosse obvio. — O que tem a ver com minha vida, agora?

Ele me encarou e assentiu.

— Realmente... Não tenho nada a ver. — Falou.
— Você vai ser pai, JungKook! — Apertei meus olhos, juntei as sobrancelhas, não querendo que minhas lágrimas descessem. — Você vai ser pai e não me contou.
— É realmente esse o problema? Eu não a ter contado? — Bufou.
— Não foi apenas o fato de não ter me contado, mas o fato de ter sido capaz de engravidar a YoungJoo. — Joguei, impulsivamente.
— Acha que eu quis? — Perguntou, baixo.
— Não foi forçado a fazer sexo com ela, isso tenho certeza! — O provoquei.
— Acha que quis isso? — Voltou a perguntar, em tom alto.

Me mantive calada, olhando para a frente.

— Tenho que ir embora! — Falei, o encarando.
— São 4 da manhã, boa sorte. — Falou, encostando-se no balcão.

Olhei para todos os lugares a procura de uma toalha e minhas roupas, nem mesmo um sinal delas.

Ele bufou e saiu do banheiro.

Continuei a olhar pelo banheiro quando ele voltou com uma toalha branca em suas mãos e um roupão da mesma cor.

— Pegue! — Falou, me entregando o roupão.

Encarei seus olhos, aqueles olhos que costumavam ser tão felizes.

JungKook agora se tornara um homem completamente e eu me perguntava se algum nuance de sua juventude sobrara nele.

Meus olhos eram chorosos e nem mesmo assim ele mostrou alguma fraqueza.

— Você é cruel, JungKook! — Falei. — Cruel e egoísta. Eu queria te odiar para sempre.
— Deveria.
— Mas por que ainda te amo? — Falei, seus olhos piscaram rapidamente.

Foi como se um brilho em seu olhar aparecesse e se ia, reluzindo, indo embora e voltando.

Segurei o roupão.

— Preciso me vestir. — Falei, baixo.

Ele suspirou.

Pensei que iria embora, quando na verdade ele abaixou-se, selando, sem hesitação, meus lábios.

— O que está fazendo? — Perguntei, em meio ao beijo.

Eu sabia, eu não iria conseguir resistir aos seus beijos, mesmo que eu quisesse, se ele continuasse.

— Não me faça mais perguntas. Faça apenas o que quer fazer! — Falou, encarando meus olhos.

Analisei seu rosto, seus lábios agora vermelhos e seus olhos extremamente negros.

Segurei em sua nuca, meus dedos enfiados em seus cabelos e o beijei.

Ele, lentamente, entrou na banheira, sua roupa totalmente molhada agora.