» Never 못 «

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— SeRi-ya! — Ele chamou.

Olhei para trás, vendo-o, ele parecia tão esbelto.

Seus cabelos castanhos voavam contra o vento, por serem tão finos.

Ele sorriu, seus lábios finos traçando uma linha rosada contornando seu sorriso.

Meu coração acelerou quando ele começou a andar em minha direção.

— SeRi-ya! — Ele disse, comecei a andar ao seu encontro.

— SeRi-ya! — A voz alta da InHa invadiu meus ouvidos.

Me sentei rapidamente na cama. Soando frio.

— O... Que aconteceu com você? — Ela me olhou, sentada na cama. — Enfim... Seu chefe, quer dizer... Ex-chefe... Provavelmente seu futuro chefe novamente, ligou. Disse que precisava de você na empresa às 14:00!
— Como? — Me levantei num pulo.

Corri até o banheiro e agradeci à todos e qualquer força divina superior à mim. E cogitei a possibilidade que finalmente o Universo havia conspirado à meu favor.

— Ainda são 8:00 da manhã, SeRi! — Ela disse, rindo. Ela estava tão feliz quanto eu.

Meu coração se tranquilizou um tanto por eu pensar estar atrasada, antes.

Voltei a deitar na cama, ao lado dela. Suspirei e ela, deitada ao meu lado, também.

— SeRi-ya! — Ela disse e respondi com um "hm" sonolento. — Quem, de verdade, é esse JungKook?
— Eu já disse, encontrei-o na porcaria da loja ontem. — Falei com meus olhos quase fechados.
— E por que você... o chamava enquanto dormia? — Ela disse.

Abri meus olhos rapidamente e me sentei na cama.

— Você está brincando, certo? — Ri. Voltei a deitar. — Até em meus bons sonhos ele vem me infernizar.
— Não parecia que ele te infernizava.

Ela riu. Cerrei os olhos e escolhi não perguntar mais sobre.

Me deitei de bruços, apoiada nos cotovelos.

Enterrei meus dedos nos cabelos, os puxando para trás.

— Estou indo tomar café, você vai? — Ela perguntou.
— Estou sem fome. — Falei.

Ela assentiu e saiu.

Para falar a verdade, eu estava faminta.

Meu salário era apenas para pagar minha faculdade, uma refeição por dia, alguma coisa ou outra por mês e enfim, o resto, iria para minha conta, para outros fins futuros.

Levantei-me e me vesti.

Eu caminhava todas as manhãs.

Para quê? Bem... Tenho certeza que não para emagrecer.

Mas creio que para aliviar o estresse, ver novos rostos e conhecer mais do meu próprio campus universitário.

Peguei uma garrafa d'água e sai.

Comecei a correr por perto do meu dormitório.

Logo já estava perto das salas de aula, então... Fora da universidade.

Eu nunca havia ido tão longe como naquele momento.

Mas vários "nunca"s aconteceram em menos de 24 horas e eu nunca imaginei que isso pudesse acontecer.

Quando já estava cansada, resolvi voltar.

No caminho, um carro negro familiar estava parado em frente ao café em que eu havia ido ontem.

Revirei os olhos, mas não contive a vontade de caminhar até lá e checar.

Admito, ele me deixou curiosa.

Parei atrás do carro, tentando observar dentro do café e logo o vi sozinho.

Estava num canto, onde ninguém poderia o ver se realmente não quisessem o ver.

Eu queria saber o motivo dele tanto se esconder.

Talvez ele tivesse fobia à multidão.

Eu não sabia, não sabia de nada.

E essa era a questão.

Minha dívida fora paga por alguém que eu nem sabia o sobrenome direito.

Pensei em ir até lá, em retirar todas as minhas dúvidas.

Enquanto eu pensava, ao voltar meu olhar para ele, ele já havia me visto.

Xinguei alto, possivelmente alguma ahjumma ali perto havia ouvido, o que me fez receber um olhar de desprezo. Sorri sem graça e quando voltei meu olhar para ele, ele vinha em minha direção.

Me distanciei do carro devagar.

Ouvi uma buzina longe e então olhei para onde vinha o som, uma moto vinha em minha direção.

Fechei os olhos, esperando sentir o impacto da moto contra mim.

A única coisa que consegui sentir foi alguém me puxando pela cintura e meu corpo se chocando contra algo ou alguém.

— Você está bem? — Alguém pergunta.

Abri os olhos e então vi que o cara que dirigia a moto, perguntava.

Assenti devagar, ainda com meu rosto contra o corpo de alguém.

Conclui e tive a certeza que era alguém quando sua mão veio até minha cabeça e acariciou-a.

— Ela vai ficar bem. — Ele disse.

Meu coração acelerou naquele momento.

Aquela voz... Eu sabia quem era o dono dela.

Eu não sabia o porquê meu coração ribombava.

O susto, o nervosismo, a timidez.

Ou... Não queria pensar numa outra possibilidade além dessas.

Me afastei devagar.

Logo o vi, a quem eu já tinha certeza que seria antes.

— Você está bem? — Ele perguntou olhando em meus olhos.

Apenas assenti e seu olhar se tornou tão puro, algo que eu nunca teria pensado em ver antes, vindo dele.

N/A:  eu preferi refazer o cap 3, o que eu havia postado antes. Percebi que merecia um negocio melhor, entao aqui ta!

Também nao ta tao longo, não quero que fique cansativo pra voces.

Boss // *• JJK •*Where stories live. Discover now