Just 그냥

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— Eu realmente errei com você, muito. Principalmente por ter te escondido tantas coisas. — Disse e então me entregou um papel que estava em seu bolso das calças. — Mas também me escondeu algo.
— O que é isso? — Perguntei, ele fez sinal que eu abrisse.

Paciente: Kim SeRi, 20
Entrada no hospital: 06 de Agosto de 2017
Resultado do exame:

- Anêmica;

Sintomas apresentados:

- fraqueza;
- sonolência;
- manchas na pele, sinais de pele sensível; palidez;
- imunidade baixa;
- desmaio;

* paciente deverá retornar ao consultório médico de endereço apresentado no verso do envelope o mais rápido possível.

— Onde pegou isso? — Perguntei, dobrando a folha, devagar.

O que eu mais tinha medo que acontecesse comigo, estava acontecendo.

— A InHa pediu que eu a pedisse. — Disse, parecia tão abatido quanto eu. — Você realmente nem mesmo quis me dizer o que era, ela pegou, mas não quis ver. Apenas me deu.
— Não conte a ela. — Pedi.
— Não contarei. — Disse rapidamente, o encarei. Ele parecia estar falando sério. — Não vou contar.

Se a InHa souber, ficará se sentindo culpada. Não quero interferir tanto assim em sua vida.

— Por que não queria ver? — Ele perguntou.
— Porque eu estava com medo disso. Eu realmente não queria... — As lágrimas começaram a descer.
— Não é sua culpa, SeRi. — Ele disse, se aproximando, mas logo se afastando.

Ele ia me abraçar, mas não veio.

Isso me fez cada vez mais triste, caminhei devagar até ele e o abracei.

Após algum tempo, hesitando, sinto suas mãos me tocarem.

Uma em minha cabeça, outra em minhas costas.

— Prometa-me que irá se cuidar daqui para frente. — Ele disse, apenas assenti.

Como eu faria isso, tendo acabado de reservar o dinheiro do resto do mês para minha tia? Eu daria um jeito, eu sempre dava, sim?

Após eu me acalmar e deitar-me na cama, ele sentou-se ao meu lado, perto de minha cabeça. Acariciando meus fios de cabelo.

— Amanhã te levarei ao médico, sim? — Disse.
— Estarei viajando nos próximos 3 dias, não poderei ir. — Falei. Ele assentiu, devagar. — Irei quando voltar.
— O quão estressada ficou por minha culpa? — Perguntou. — Digo... Depois que apareceu ao meu lado na cerimônia, muita gente criou ideias sobre você. Foi tranquilo na faculdade?
— Eu não consegui tantos problemas, na verdade. — Falei.

Na verdade, sim, tive. Na empresa principalmente.

As pessoas falavam sobre a gente e me jogavam comentários, perguntando se eu estaria junto com o JungKook ou o JiMin, e que provavelmente, por meu cargo ter subido assim tão rapidamente que o dos outros, eu teria algo sim com o JiMin.

Isso não me fez tão estressada, mas no início me foi constrangedor.

— Me desculpe se interferi em sua vida.

Falou, deitando-se e olhando suas unhas.

— Eu... — Afastei um tanto para que ele pudesse deitar completamente, ficamos encarando o teto. — Nunca acreditei tanto em um Universo que pudesse me ajudar em algum momento. Algo ao acaso, acidental. Mas... De repente... Minha vida se formou nisso. Acreditar que portas abertas eram sinais dum Universo que conspira ao meu favor. — Ri.
— Por que está rindo?
— Fora besteira essa crença. Ele nem ao menos importa-se tanto assim. — Dei de ombros.
— Eu acho que ele deve ter ajudado, certamente. — Disse. — Um tempo atrás, conheci alguém. Para mim essa pessoa era nada mais nada menos que uma pessoa normal. A conheci acidentalmente, após me fazer um grande favor. Ela acabou não sendo a pessoa que eu pensei que seria para mim, fora bem mais que isso. Então eu acho que o Universo não está ao nosso favor de qualquer forma.
— Na verdade, acho que o Universo tem ciúmes de nós. — O fiz rir. — Não seguimos suas vontades, ou teríamos acertado tanto.
— Acha que teríamos acertado? — Ele me olhou, sorrindo. — Não considera certos erros, acertos?
— Como pode considerar um erro, um acerto? — Ri e o encarei. Meu sorriso desapareceu, eu havia esquecido o quanto o olhar do JungKook era puro e inocente.
— Se eu tivesse a dito que eu estava sendo perseguido constantemente. Antes de tudo o que aconteceu... Ficaria ao meu lado de qualquer forma? — Ele perguntou.

Pensando bem, eu não me dava bem com a classe alta antigamente, problemas pessoais. Tendo então esse tipo de pensamento e ele chegar a me falar sobre isso, eu fugiria e preferiria não o ver mais, assim como já fiz.

Balancei a cabeça em negação.

— Se eu contar tudo agora, não será bom. — Ele disse. — Por isso quero que confie em mim, pois sei o que faço.
— Deve focar na empresa, JungKook. — Falei.
— Eu não conseguiria de qualquer forma. — Falou, tirando os fios de cabelos de meu rosto.
— Seu pai...
— Eu sou o CEO agora. — Bastou dizer. Ele quem mandava, então? — E mais algo... Nunca, em hipótese alguma, acredite ou fale que a SoMi está certa.

Apenas assenti.

Fora natural, mas infeliz aquela noite.
Não passamos de uma boa troca de olhares e a companhia do outro durante toda a noite, sem mais nem menos.

Apenas isso.

E isso não era o que queríamos.

N/A: so pra avisar que, não ta taoooo perto assim, mas ja ja ta chegandoo fim da fic viu. Realmente espero que vocês não enjoem dela ate la kakakaka

Boss // *• JJK •*Where stories live. Discover now